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06/08/2003 - 10h16

Sites vendem remédio livremente pela internet

DUDA SALVATO
da Folha de S.Paulo

Comprar remédios pela internet se tornou uma tarefa cada vez mais fácil. No exterior, o acesso a medicamentos é simples. Não há controle de órgãos do governo e não se exige receita médica.

Mundialmente, há centenas de estabelecimentos que comercializam diversos medicamentos, controlados ou não. Proporcionalmente, também estão crescendo os riscos na compra desses itens, uma vez que, do lado de quem vende, há sempre aqueles que querem se beneficiar do negócio. Sem nenhuma fiscalização, alguns sites em operação vendem toda sorte de remédios, incluindo alguns para doenças incuráveis.

Se a página da rede for norte-americana, o FDA (Food and Drug Administration: www.fda.gov), órgão que controla a liberação e a venda de remédios nos Estados Unidos, oferece algumas dicas. O usuário deve sempre checar no site www.nabp.net (National Association of Boards of Pharmacy) se a farmácia on-line é um estabelecimento registrado.

Evite a compra no estabelecimento caso não seja mencionado o nome de um farmacêutico profissional que possa responder a suas dúvidas pela rede. Não acredite em propagandas que prometam milagres. E o mais importante, não compre, em hipótese alguma, em sites que ofereçam sem receita remédios controlados ou que comercializem drogas sem a aprovação do FDA.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária: www.anvisa.gov.br) diz que, para um remédio entrar legalmente no Brasil, são necessárias a apresentação de receita médica, a nota fiscal e o pagamento de impostos no momento do recebimento do produto. Como a lei que regula o comércio de medicamentos é de 1973, a venda pela rede não pode ser fiscalizada de maneira totalmente satisfatória.

Uma resolução visando especificamente a regulamentação do comércio pela internet encontra-se em fase de consulta pública e deve ser aprovada até o final do ano. Contudo pouco deve mudar em relação a sites internacionais, pois ficam de fora das leis do país.

Apesar dos esforços em controlar a entrada de medicamentos no Brasil, não é difícil encontrar sites ao redor do mundo que despachem os mais diversos remédios controlados, sem esclarecer que essa transação está sujeita às regras locais.

Economia

Os custos dos remédios vindos de fora ficam muito acima do preço nacional. Por exemplo, uma caixa de Zyban -usado em tratamentos antitabagistas- custa no site da Inhouse Pharmacy (www.inhousepharmacy.com) US$ 133 (R$ 399). Comprado na página da Farmácia em Casa (www.fec.com.br), o mesmo produto sai por R$ 127,18, ou seja, cerca de um terço do preço.

Contudo a venda on-line já começou a gerar brigas maiores justamente por interesses econômicos entre Canadá e Estados Unidos. No Canadá, os preços de remédios são controlados pelo Sistema Nacional de Saúde. Nos EUA, quem dita o preço é o mercado. Isso faz com que os preços de alguns remédios sejam até 50% mais baixos no Canadá.

Com as farmácias on-line, a procura por causa dessa diferença aumentou. Alguns dos grandes laboratórios dos Estados Unidos estão limitando suas vendas a estabelecimentos virtuais canadenses. Esse corte no suprimento dos remédios está causando problemas, pois os clientes esperam por mais de três semanas para receber um medicamento.

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