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19/01/2007 - 23h01

Polícia prende três suspeitos do assassinato de jornalista turco

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da Efe, em Istambul
da Folha Online

A polícia turca deteve três suspeitos do assassinato do jornalista armênio Hrant Dink, morto hoje a tiros na Turquia, informou nesta sexta-feira a agência de notícias estatal Anadolu, com base em declarações do governador de Istambul, Muammar Huler.

Dink, de 53 anos, editor de uma revista armeno-turco, era conhecido por seu compromisso a favor da minoria armênia no país. Sua morte foi recebida com grande indignação na Europa e nos Estados Unidos.

Murad Sezer/AP
Hrant Dink, 53, morto a tiros em frente a sede de jornal na Turquia
Hrant Dink, 53, morto a tiros em frente a sede de jornal na Turquia
Esta noite, em Ancara (capital da Turquia) e Istambul, milhares de pessoas saíram às ruas em protesto contra o crime.

Seguindo a convocação da redação da revista "Agos", da qual o jornalista assassinado era chefe, assim como dos sindicatos e de grupos de defesa dos direitos humanos, cerca de 2.000 pessoas se manifestaram em Istambul. Em Ancara, os manifestantes chegavam a 700.

Durante a manifestação, a multidão gritava "Somos todos Hrant Dink, somos todos armênios" e "pela irmandade dos povos". Alguns levavam fotos do jornalista assassinado.

Dink, que era cidadão turco e tinha ascendência armênia, havia sido levado à corte em diversas ocasiões por falar sobre mortes de armênios em massa por turcos no início do século 20. Ele havia sido ameaçado em diversas ocasiões por nacionalistas turcos, que o consideravam "traidor".

O jornalista foi morto com dois tiros na cabeça.

Fehmi Koru, colunista do jornal "Yeni Safak", disse que o assassinato de Dink pode desestabilizar a Turquia. "Sua morte é uma grande perda para o país", afirmou Koru.

Mortes de jornalistas

O ano de 2006 foi o mais mortífero da história para os jornalistas: 94 profissionais morreram no exercício de sua atividade,o que representa um aumento de 38%, graças em parte às vítimas no conflito no Iraque.

O cálculo foi feito pelos promotores da Campanha por um Emblema de Imprensa (PEC, na sigla em inglês), que publicaram hoje um relatório no qual indicam que 48 jornalistas morreram no Iraque em 2006, o dobro do registrado no ano passado.

Pelo menos 103 profissionais morreram no Iraque desde abril de 2003, o que transforma o conflito no país no mais sangrento da história para os jornalistas, segundo a ONG, com sede em Genebra.

Além do Iraque, morreram oito jornalistas no México, quatro na Rússia, Sri Lanka e Filipinas, três no Paquistão e Colômbia, dois na China, Índia, Angola e Líbano, e um no Equador, Venezuela, Somália, República Democrática do Congo, Sudão e Brasil.

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