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20/01/2007
-
10h36
da Folha Online
Milhares de pessoas se reuniram neste sábado para a sétima conferência anticapitalista anual do Fórum Social Mundial, que em 2007 é realizada em Nairóbi, capital do Quênia. Os organizadores estimaram em 80 mil o número de participantes desta edição do evento.
Para os manifestantes, o fórum é uma oportunidade de trocar informações e contatos com outros ativistas, além de protestar contra políticas globais que, segundo eles, são prejudiciais para os mais pobres.
De acordo com um comunicado publicado no site da conferência, o Fórum Social Mundial deste ano será uma chance de demonstrar "a África e sua história persistente de luta contra a dominação estrangeira, colonialismo e neocolonialismo".
O fórum começou hoje com milhares de manifestantes que marcharam da comunidade de Kibera até o centro de Nairóbi. Cerca de um terço da população de Nairóbi --cerca de 700 mil pessoas-- vive apertada na pequena favela de Kibera, com pouco acesso à água corrente e outros serviços básicos.O evento vai durar até a próxima quinta-feira (25).
O ex-presidente da Zâmbia Kenneth Kaunda participou da marcha, dizendo à multidão: "nós temos que lutar contra a pobreza juntos".
Protestos
A marcha inicial do fórum já foi carregada de protestos. Vários manifestantes levavam placas com fotos do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ao lado das palavras "o terrorista número um do mundo". Outros levavam cartazes que diziam "um outro mundo é possível", e ainda outros carregavam sinais com a frase "mulheres não são propriedades"
O Fórum Social Mundial teve sua primeira edição no Brasil, em 2001, e coincide a cada ano com o Fórum Econômico Mundial --um encontro bastante diferente voltado para líderes de negócios e comércio internacional em Davos, na Suíça.
Outros países que já receberam o Fórum Social Mundial são a Índia e a Venezuela.
Entre os eventos planejados para a conferência, estão um debate sobre saúde pública mediado pela vencedora do prêmio Nobel Wangari Maathai, do Quênia; um festival para as crianças de rua de Nairóbi, muitas das quais ficaram órfãs após seus pais morrerem de Aids; e uma maratona.
Desde sua criação em 2001, por iniciativa de ONGs brasileiras e estrangeiras, o fórum tornou-se uma espécie de "palco" para a discussão de alternativas ao modelo econômico que foi implantado ao longo dos anos 90 na América Latina.
Apesar das críticas de que o fórum até hoje não produziu uma agenda consistente de alternativas econômicas ao modelo econômico vigente, por exemplo, no continente americano, a capacidade de "atração" do evento se tornou inegável: se a primeira edição (2001) reuniu pouco mais de 15 mil cadastradas, a última (2005) teve 155 mil cadastrados, distribuídos por 6.782 organizações de 151 países.
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Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Fórum Social Mundial
Fórum Social Mundial começa hoje em Nairóbi, Quênia
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Milhares de pessoas se reuniram neste sábado para a sétima conferência anticapitalista anual do Fórum Social Mundial, que em 2007 é realizada em Nairóbi, capital do Quênia. Os organizadores estimaram em 80 mil o número de participantes desta edição do evento.
Karel Prinsloo/AP |
Participantes internacionais participam de marcha de abertura do FSM em Nairóbi, Quênia |
De acordo com um comunicado publicado no site da conferência, o Fórum Social Mundial deste ano será uma chance de demonstrar "a África e sua história persistente de luta contra a dominação estrangeira, colonialismo e neocolonialismo".
O fórum começou hoje com milhares de manifestantes que marcharam da comunidade de Kibera até o centro de Nairóbi. Cerca de um terço da população de Nairóbi --cerca de 700 mil pessoas-- vive apertada na pequena favela de Kibera, com pouco acesso à água corrente e outros serviços básicos.O evento vai durar até a próxima quinta-feira (25).
O ex-presidente da Zâmbia Kenneth Kaunda participou da marcha, dizendo à multidão: "nós temos que lutar contra a pobreza juntos".
Protestos
A marcha inicial do fórum já foi carregada de protestos. Vários manifestantes levavam placas com fotos do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ao lado das palavras "o terrorista número um do mundo". Outros levavam cartazes que diziam "um outro mundo é possível", e ainda outros carregavam sinais com a frase "mulheres não são propriedades"
O Fórum Social Mundial teve sua primeira edição no Brasil, em 2001, e coincide a cada ano com o Fórum Econômico Mundial --um encontro bastante diferente voltado para líderes de negócios e comércio internacional em Davos, na Suíça.
Outros países que já receberam o Fórum Social Mundial são a Índia e a Venezuela.
Entre os eventos planejados para a conferência, estão um debate sobre saúde pública mediado pela vencedora do prêmio Nobel Wangari Maathai, do Quênia; um festival para as crianças de rua de Nairóbi, muitas das quais ficaram órfãs após seus pais morrerem de Aids; e uma maratona.
Desde sua criação em 2001, por iniciativa de ONGs brasileiras e estrangeiras, o fórum tornou-se uma espécie de "palco" para a discussão de alternativas ao modelo econômico que foi implantado ao longo dos anos 90 na América Latina.
Apesar das críticas de que o fórum até hoje não produziu uma agenda consistente de alternativas econômicas ao modelo econômico vigente, por exemplo, no continente americano, a capacidade de "atração" do evento se tornou inegável: se a primeira edição (2001) reuniu pouco mais de 15 mil cadastradas, a última (2005) teve 155 mil cadastrados, distribuídos por 6.782 organizações de 151 países.
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