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08/03/2007
-
08h57
da Folha Online
As 35 nações do Conselho de Governadores da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) aprovaram nesta quinta-feira a suspensão de 23 programas de assistência técnica nuclear ao Irã.
A medida faz parte das sanções da ONU (Organização das Nações Unidas) impostas ao país persa por causa de seu programa de enriquecimento de urânio.
A decisão, recomendada pelo chefe da AIEA, Mohamed ElBaradei, foi por consenso e era esperada. Mesmo membros da agência que costumam apoiar o Irã concordaram com ela. "Não ouvi ninguém expressar insatisfação" com as recomendações de ElBaradei, disse Ramzy Ezzeidin Ramzy, representante do Egito, antes da decisão.
Na quarta-feira, países europeus que fazem parte do conselho da AIEA pediram que o Irã aceitasse dar uma pausa em suas atividades nucleares, oferecendo em troca a suspensão das sanções impostas pelo Conselho de Segurança (CS) da ONU ao país.
Agora os cinco membros permanentes do CS discutem sanções adicionais, em resposta à desobediência do Irã a uma resolução do conselho de dezembro de 2006, que exigia que Teerã deixasse essas atividades até 21 de fevereiro.
Medidas podem incluir proibição a viagens, uma lista maior de pessoas e companhias sujeitas ao congelamento de bens e restrições comerciais.
O Irã alega que está em seu direito para desenvolver o programa de enriquecimento de urânio e que seu programa nuclear tem fins exclusivamente pacíficos. Urânio enriquecido pode ser utilizado tanto para a construção de armas nucleares como para a produção de combustível para abastecer plataformas nucleares e eletricidade.
O CS, porém, pede o fim dessas atividades por temer que o Irã produza armas nucleares.
Em quatro anos de investigações, inspetores da AIEA não conseguiram comprovar se as intenções do Irã são de fato apenas civis. O país se recusa a permitir que a agência monitore a planta nuclear de Natanz, onde acontece o enriquecimento de urânio.
Com Associated Press
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As 35 nações do Conselho de Governadores da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) aprovaram nesta quinta-feira a suspensão de 23 programas de assistência técnica nuclear ao Irã.
A medida faz parte das sanções da ONU (Organização das Nações Unidas) impostas ao país persa por causa de seu programa de enriquecimento de urânio.
A decisão, recomendada pelo chefe da AIEA, Mohamed ElBaradei, foi por consenso e era esperada. Mesmo membros da agência que costumam apoiar o Irã concordaram com ela. "Não ouvi ninguém expressar insatisfação" com as recomendações de ElBaradei, disse Ramzy Ezzeidin Ramzy, representante do Egito, antes da decisão.
Na quarta-feira, países europeus que fazem parte do conselho da AIEA pediram que o Irã aceitasse dar uma pausa em suas atividades nucleares, oferecendo em troca a suspensão das sanções impostas pelo Conselho de Segurança (CS) da ONU ao país.
Agora os cinco membros permanentes do CS discutem sanções adicionais, em resposta à desobediência do Irã a uma resolução do conselho de dezembro de 2006, que exigia que Teerã deixasse essas atividades até 21 de fevereiro.
Medidas podem incluir proibição a viagens, uma lista maior de pessoas e companhias sujeitas ao congelamento de bens e restrições comerciais.
O Irã alega que está em seu direito para desenvolver o programa de enriquecimento de urânio e que seu programa nuclear tem fins exclusivamente pacíficos. Urânio enriquecido pode ser utilizado tanto para a construção de armas nucleares como para a produção de combustível para abastecer plataformas nucleares e eletricidade.
O CS, porém, pede o fim dessas atividades por temer que o Irã produza armas nucleares.
Em quatro anos de investigações, inspetores da AIEA não conseguiram comprovar se as intenções do Irã são de fato apenas civis. O país se recusa a permitir que a agência monitore a planta nuclear de Natanz, onde acontece o enriquecimento de urânio.
Com Associated Press
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