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09/03/2007
-
16h18
ANDREA MURTA
da Folha Online
Mahmoud Ahmadinejad foi eleito presidente do Irã na 9ª eleição presidencial iraniana, em 24 de junho de 2005, aos 48 anos. Ele venceu a eleição com mais de 17 mil entre os cerca de 27.500 votos contabilizados na ocasião.
Quarto dos sete filhos de um trabalhador da indústria do ferro, Ahmadinejad se posicionou na campanha política que o levou ao poder como um homem simples, e sua plataforma populista conquistou votos entre a parcela dos eleitores preocupada com o desemprego e a economia.
Ao assumir o cargo, Ahmadinejad se tornou o primeiro presidente não-clérigo do Irã em 24 anos. Antes de assumir a Presidência, ele foi prefeito de Teerã (2003-2005) e governador geral da Província de Ardebil (1993-1997).
Ultraconservador, costuma gerar polêmica com suas críticas aos EUA e a Israel, que já manifestou publicamente em diversas ocasiões. Ele causou a condenação de vários países do mundo ao afirmar que Israel deveria ser "riscado do mapa". Também já se referiu ao Holocausto [que vitimou cerca de 6 milhões de judeus na época do nazismo] como "um mito".
Durante a guerra entre o Irã e o Iraque (1980-1988), que deixou 1,7 milhão de mortos, Ahmadinejad se voluntariou nas forças especiais da Guarda Revolucionária Islâmica, onde chegou a ser oficial sênior da Brigada Especial.
Durante sua participação na Guarda Revolucionária, ele foi acusado pelos Estados Unidos de planejar inúmeros assassinatos, como o do líder curdo iraniano Abdorrahman Qassemlou (morto em Viena em 1989).
Ele também é acusado de planejar atentados, como o que tentou sem sucesso tirar a vida do escritor Salman Rushdie. O presidente é acusado ainda de envolvimento no ataque à Embaixada americana em Teerã, em 1979. Ele nega.
Biografia
Ahmadinejad nasceu em 1956, na vila de Aradan (cidade de Garmsar), e se mudou com a família para Teerã quando ainda tinha apenas um ano. Ele é casado e tem três filhos.
Seu envolvimento com a política começou quando ele ainda era estudante na Universidade de Ciência e Tecnologia de Teerã, onde se formou em engenharia civil.
De acordo com sua biografia publicada no site oficial do governo iraniano, Ahmadinejad freqüentava reuniões religiosas e políticas mesmo antes da Revolução Islâmica, em 1979, que derrubou o governo do xá Rheza Pahlevi (aliado dos EUA) e deu o poder ao aiatolá Ruhollah Khomeini, que seria o líder máximo do país até sua morte, em 1989.
Após a revolução, ainda segundo seu site oficial, o presidente foi um dos membros fundadores da Associação Islâmica de Estudantes na Universidade de Ciência e Tecnologia de Teerã, onde foi ainda professor de engenharia.
Ahmadinejad tornou-se também membro da facção conservadora da Agência para Fortalecimento da Unidade (OSU, na sigla em inglês) entre universidades e seminários teológicos. A OSU foi estabelecida pelo aiatolá Mohammad Beheshti, um dos principais colaboradores do aiatolá Khomeini, que dirigiu o país após a revolução.
Ahmadinejad também já trabalhou em jornalismo e foi diretor-gerente do jornal iraniano "Hamshahri". Antes de governar a Província de Ardebil, Ahmadinejad foi conselheiro cultural do Ministério da Cultura e Educação Superior do Irã. Em 1997, na mesma universidade onde se formou, o presidente adquiriu o PhD em engenharia de transportes e planejamento.
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Líder iraniano causa polêmica com críticas a EUA e Israel
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Mahmoud Ahmadinejad foi eleito presidente do Irã na 9ª eleição presidencial iraniana, em 24 de junho de 2005, aos 48 anos. Ele venceu a eleição com mais de 17 mil entre os cerca de 27.500 votos contabilizados na ocasião.
Quarto dos sete filhos de um trabalhador da indústria do ferro, Ahmadinejad se posicionou na campanha política que o levou ao poder como um homem simples, e sua plataforma populista conquistou votos entre a parcela dos eleitores preocupada com o desemprego e a economia.
3.jan.2007/Efe |
Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, causa polêmica |
Ultraconservador, costuma gerar polêmica com suas críticas aos EUA e a Israel, que já manifestou publicamente em diversas ocasiões. Ele causou a condenação de vários países do mundo ao afirmar que Israel deveria ser "riscado do mapa". Também já se referiu ao Holocausto [que vitimou cerca de 6 milhões de judeus na época do nazismo] como "um mito".
Durante a guerra entre o Irã e o Iraque (1980-1988), que deixou 1,7 milhão de mortos, Ahmadinejad se voluntariou nas forças especiais da Guarda Revolucionária Islâmica, onde chegou a ser oficial sênior da Brigada Especial.
Durante sua participação na Guarda Revolucionária, ele foi acusado pelos Estados Unidos de planejar inúmeros assassinatos, como o do líder curdo iraniano Abdorrahman Qassemlou (morto em Viena em 1989).
Ele também é acusado de planejar atentados, como o que tentou sem sucesso tirar a vida do escritor Salman Rushdie. O presidente é acusado ainda de envolvimento no ataque à Embaixada americana em Teerã, em 1979. Ele nega.
Biografia
Ahmadinejad nasceu em 1956, na vila de Aradan (cidade de Garmsar), e se mudou com a família para Teerã quando ainda tinha apenas um ano. Ele é casado e tem três filhos.
Seu envolvimento com a política começou quando ele ainda era estudante na Universidade de Ciência e Tecnologia de Teerã, onde se formou em engenharia civil.
De acordo com sua biografia publicada no site oficial do governo iraniano, Ahmadinejad freqüentava reuniões religiosas e políticas mesmo antes da Revolução Islâmica, em 1979, que derrubou o governo do xá Rheza Pahlevi (aliado dos EUA) e deu o poder ao aiatolá Ruhollah Khomeini, que seria o líder máximo do país até sua morte, em 1989.
Após a revolução, ainda segundo seu site oficial, o presidente foi um dos membros fundadores da Associação Islâmica de Estudantes na Universidade de Ciência e Tecnologia de Teerã, onde foi ainda professor de engenharia.
Ahmadinejad tornou-se também membro da facção conservadora da Agência para Fortalecimento da Unidade (OSU, na sigla em inglês) entre universidades e seminários teológicos. A OSU foi estabelecida pelo aiatolá Mohammad Beheshti, um dos principais colaboradores do aiatolá Khomeini, que dirigiu o país após a revolução.
Ahmadinejad também já trabalhou em jornalismo e foi diretor-gerente do jornal iraniano "Hamshahri". Antes de governar a Província de Ardebil, Ahmadinejad foi conselheiro cultural do Ministério da Cultura e Educação Superior do Irã. Em 1997, na mesma universidade onde se formou, o presidente adquiriu o PhD em engenharia de transportes e planejamento.
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