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12/03/2007 - 13h53

Bush chega tarde à América Latina, diz jornal

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da Ansa, em Washington

O presidente norte-americano, George W. Bush, fez bem em visitar a América Latina e sua pauta é correta, mas a viagem veio tarde, afirmou nesta segunda-feira um colunista do jornal americano "Washington Post".

Segundo Fareed Zakaria, editor da edição internacional da revista Newsweek, Bush "visitou os países certos". Ele enfatizou "o apoio dos Estados Unidos aos governos democráticos, à abertura dos mercados e à justiça social, algo que nunca tinha sido feito antes e que deve causar úlceras em alguns de seus simpatizantes da ala de direita".

Mas Zakaria afirmou que a viagem do presidente acontece em um momento em que "quase não tem espaço para manobra", pois é "profundamente impopular" na região e, além disso, tem apenas 22 meses de governo pela frente.

Bush visitou na semana passada o Brasil e o Uruguai e ontem ficou na Colômbia por sete horas. Hoje, o presidente norte-americano está na Guatemala e, na terça-feira, visita o México, último país de sua viagem pela América Latina.

O colunista do "Post" afirma que, quando Bush tinha capital político, nos anos 2001, 2002 e 2003, ignorou a América Latina e se concentrou na invasão do Iraque, "prejudicando seriamente o prestígio e a influência dos Estados Unidos".

Críticas

Zakaria também criticou os dois homens que Bush escolheu para dirigir sua política na América Latina no início do governo, Roger Noriega e Otto Reich, que "desgastaram as boas relações colhidas pelos Estados Unidos nas décadas anteriores".

Ele lembrou que Noriega e Reich interferiram em vários processos eleitorais da região, "apoiando e se opondo a vários candidatos em El Salvador, Nicarágua, Bolívia e, claro, Venezuela".

O colunista elogiou a secretária de Estado, Condoleezza Rice, que no ano passado designou o moderado Thomas Shannon para cuidar da região e proibiu qualquer tipo de interferência nos processos internos.

Zakaria também destacou as tentativas de Bush de trabalhar com o biodiesel do Brasil, mas advertiu que, se os Estados Unidos não suspenderem as barreiras ao etanol brasileiro, esta política "será pura retórica".

Também se referiu ao México neste mesmo sentido, lembrando que o país vizinho é o principal fornecedor de mão-de-obra barata ao mercado norte-americano. Segundo ele, os Estados Unidos não terão uma boa relação com o México enquanto não realizar uma reforma das leis de imigração.

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