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12/03/2007
-
21h21
da Folha Online
Violentas manifestações marcaram a passagem do presidente americano, George W. Bush, nesta segunda-feira na Guatemala. A visita do presidente americano terminou com vários feridos e pelo menos 15 crianças intoxicadas por bombas de gás lacrimogêneo, assim como três detidos.
A virulência das manifestações aumentou com a chegada de Bush ao Palácio Nacional da Cultura, no centro histórico da capital, para cumprir a segunda parte de seu programa oficial previsto para hoje.
"Bush assassino", gritavam os manifestantes, estudantes e membros de organizações populares e camponesas --em sua maioria, de rosto coberto-- a 150 m de distância da entrada do Palácio, quando chegou a caravana de 30 veículos com o presidente dos EUA.
"Fora, Bush!", dizia um cartaz, no qual o "S" de Bush foi transformado em uma cruz gamada, símbolo do nazismo.
Centenas de policiais de choque usando escudos, cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo se esforçavam para conter os cerca de 500 ativistas que tentavam romper a barreira de proteção ao redor do Palácio da Cultura.
Os manifestantes, que começaram o protesto já no início da manhã, jogavam pedaços de pau, garrafas e todo tipo de objeto contra as forças de segurança. Alguns homens estavam armados de facas.
Agenda
A primeira atividade da agenda de Bush na Guatemala foi a visita a uma escola da localidade de Santa Cruz de Balanya, no departamento de Chimaltenango (oeste da capital), transformada durante cinco dias pelo Exército americano em um ambulatório de campanha, onde são tratados os problemas de saúde de uma população indígena sem recursos.
Depois, o presidente americano visitou uma cooperativa de lavradores maias, que exportam sua produção agrícola para os Estados Unidos graças a um tratado de livre comércio (TLC). Um passeio pelas ruínas maias de Iximché, perto de Tecpan, finalizou o percurso de Bush pela cultura popular local.
Sua visita à Guatemala, penúltima etapa de sua viagem latino-americana (que terminará nesta terça-feira no México) coincidiu com o agravamento da política migratória nos EUA. Esta mudança foi bastante sentida pelos guatemaltecos, fortemente dependentes das remessas enviadas por seu familiares que vivem nos EUA. Desde o início do ano, mais de 2.500 pessoas foram deportadas. Em 2006, foram 18 mil.
O presidente Oscar Berger, que junto com sua mulher, Wendy, acompanhou o presidente e a primeira-dama Laura Bush ao longo do dia, manifestou sua preocupação com o endurecimento da repressão americana contra os trabalhadores clandestinos, o que tem levado a um aumento das deportações.
Bush lhe garantiu que está trabalhando em uma reforma migratória integral com o Congresso americano, visando a encontrar uma solução para os 13 milhões de imigrantes ilegais que vivem nos EUA.
O presidente americano também tratou da produção de cana-de-açúcar na Guatemala, segundo produtor da América Latina e quinto do mundo. Bush negociou a fabricação etanol com a intenção de conseguir reduzir sua dependência de petróleo, em particular venezuelano.
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Violentos protestos marcam visita de Bush à Guatemala
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Violentas manifestações marcaram a passagem do presidente americano, George W. Bush, nesta segunda-feira na Guatemala. A visita do presidente americano terminou com vários feridos e pelo menos 15 crianças intoxicadas por bombas de gás lacrimogêneo, assim como três detidos.
A virulência das manifestações aumentou com a chegada de Bush ao Palácio Nacional da Cultura, no centro histórico da capital, para cumprir a segunda parte de seu programa oficial previsto para hoje.
"Bush assassino", gritavam os manifestantes, estudantes e membros de organizações populares e camponesas --em sua maioria, de rosto coberto-- a 150 m de distância da entrada do Palácio, quando chegou a caravana de 30 veículos com o presidente dos EUA.
"Fora, Bush!", dizia um cartaz, no qual o "S" de Bush foi transformado em uma cruz gamada, símbolo do nazismo.
Centenas de policiais de choque usando escudos, cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo se esforçavam para conter os cerca de 500 ativistas que tentavam romper a barreira de proteção ao redor do Palácio da Cultura.
Os manifestantes, que começaram o protesto já no início da manhã, jogavam pedaços de pau, garrafas e todo tipo de objeto contra as forças de segurança. Alguns homens estavam armados de facas.
Agenda
A primeira atividade da agenda de Bush na Guatemala foi a visita a uma escola da localidade de Santa Cruz de Balanya, no departamento de Chimaltenango (oeste da capital), transformada durante cinco dias pelo Exército americano em um ambulatório de campanha, onde são tratados os problemas de saúde de uma população indígena sem recursos.
Pablo Martinez Monsivais/AP |
George W. Bush segura cenoura durante visita a lavradores maias na Guatemala |
Sua visita à Guatemala, penúltima etapa de sua viagem latino-americana (que terminará nesta terça-feira no México) coincidiu com o agravamento da política migratória nos EUA. Esta mudança foi bastante sentida pelos guatemaltecos, fortemente dependentes das remessas enviadas por seu familiares que vivem nos EUA. Desde o início do ano, mais de 2.500 pessoas foram deportadas. Em 2006, foram 18 mil.
O presidente Oscar Berger, que junto com sua mulher, Wendy, acompanhou o presidente e a primeira-dama Laura Bush ao longo do dia, manifestou sua preocupação com o endurecimento da repressão americana contra os trabalhadores clandestinos, o que tem levado a um aumento das deportações.
Bush lhe garantiu que está trabalhando em uma reforma migratória integral com o Congresso americano, visando a encontrar uma solução para os 13 milhões de imigrantes ilegais que vivem nos EUA.
O presidente americano também tratou da produção de cana-de-açúcar na Guatemala, segundo produtor da América Latina e quinto do mundo. Bush negociou a fabricação etanol com a intenção de conseguir reduzir sua dependência de petróleo, em particular venezuelano.
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