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14/03/2007
-
15h35
da Folha Online
O Senado dos Estados Unidos iniciou nesta quarta-feira um debate formal sobre a guerra no Iraque que poderá levar à aprovação, nesta Casa, da retirada das tropas americanas do país árabe até março de 2008. A medida que propõe o prazo de cerca de 12 meses para a volta dos soldados em combate no Iraque para os EUA foi divulgada na última semana, e imediatamente levou a Casa Branca a ameaçar vetar a proposta.
O início do debate formal foi possível graças a uma votação na Casa que aprovou por 89 votos a nove a discussão da medida. A proposta foi apresentada pela maioria democrata no Senado e prevê que a retirada das tropas americanas seria iniciada em quatro meses. A previsão da remoção completa dos soldados dos EUA do Iraque até março do próximo ano não é uma exigência absoluta, mas uma forte sugestão do texto.
Apesar da votação, a maioria dos republicanos são contrários à lei, e espera-se que a medida não alcance os 60 votos necessários para sua aprovação. O Senado tem cem membros, e a bancada de oposição ao governo tem 51 membros.
Apesar do provável fracasso da medida, a discussão da lei impõe mais um golpe contra o presidente George W. Bush e sua estratégia cada vez mais impopular para a guerra do Iraque. Bush se recusa a fixar um prazo para a retirada das tropas.
"Esta é a mensagem que o povo americano deu ao Congresso em novembro de 2006 [últimas eleições legislativas, quando os democratas conquistaram o controle de ambas as Casas após 12 anos], e esta é a mensagem que devemos enviar ao presidente Bush", disse o líder da maioria no Senado, Harry Reid.
Para a Casa Branca, a resolução "viola a autoridade constitucional do presidente como comandante-em-chefe das Forças Armadas ao impor um prazo artificial para a retirada das tropas americanas do Iraque, sem levar em consideração as condições do combate e as conseqüências da derrota".
Violência
A discussão sobre a retirada das tropas chega em um dia em que ataques suicidas mataram ao menos dez pessoas no nordeste do Iraque.
A explosão ocorreu pouco antes do meio-dia, quando o mercado estava lotado de compradores, em Tuz Khormato, 210 km ao norte de Bagdá e a 55 km ao sul de Kirkuk, cidade rica em petróleo.
A violência tem aumentado no norte do país, devido, acredita-se, a rebeldes em fuga da incursão de segurança que as tropas americanas e iraquianas estão realizando na capital iraquiana.
Em janeiro, o presidente Bush autorizou o envio de mais 21.500 soldados americanos para lutarem no Iraque, como parte de uma estratégia para tomar e manter o controle sobre regiões de insurgência em Bagdá e outros pontos do país.
No oeste de Bagdá, um suicida em um carro atingiu um posto de checagem no bairro sunita de Yarmouk, matando dois civis e ferindo outros dois, informou a polícia.
Talabani
Também nesta quarta-feira, o presidente iraquiano, Jalal Talabani, 73, deixou o hospital onde estava internado na Jordânia para voltar ao Iraque, após mais de duas semanas de tratamento.
Talabani foi internado no Centro Médico Rei Hussein, em Amã, em 25 de fevereiro. Ele teve um colapso no norte do Iraque, devido à exaustão e desidratação provocadas por infecções no pulmão.
O presidente estava em sua cidade natal, Sulaimaniyah. Estava inconsciente quando foi levado a um hospital local, mas depois foi levado em um vôo para a Jordânia, na mesma noite.
Talabani deixou o centro médico em um comboio de carros da embaixada iraquiana, com escolta da polícia jordaniana, e seguiu para o aeroporto de Amã. Saad al Hayyani, embaixador do Iraque na Jordânia, disse que o presidente seria levado diretamente para Sulaimaniyah.
Em uma entrevista à rede de TV da Associated Press em 1 de março, Talabani havia dito que voltaria para casa para trabalhar em um Iraque "novo, livre, democrático e unido".
Com Associated Press e agências internacionais
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O Senado dos Estados Unidos iniciou nesta quarta-feira um debate formal sobre a guerra no Iraque que poderá levar à aprovação, nesta Casa, da retirada das tropas americanas do país árabe até março de 2008. A medida que propõe o prazo de cerca de 12 meses para a volta dos soldados em combate no Iraque para os EUA foi divulgada na última semana, e imediatamente levou a Casa Branca a ameaçar vetar a proposta.
O início do debate formal foi possível graças a uma votação na Casa que aprovou por 89 votos a nove a discussão da medida. A proposta foi apresentada pela maioria democrata no Senado e prevê que a retirada das tropas americanas seria iniciada em quatro meses. A previsão da remoção completa dos soldados dos EUA do Iraque até março do próximo ano não é uma exigência absoluta, mas uma forte sugestão do texto.
Asaad Mouhsin/AP |
Mulher passa ao lado de carro destruído em ataque suicida que matou 2 em Bagdá |
Apesar do provável fracasso da medida, a discussão da lei impõe mais um golpe contra o presidente George W. Bush e sua estratégia cada vez mais impopular para a guerra do Iraque. Bush se recusa a fixar um prazo para a retirada das tropas.
"Esta é a mensagem que o povo americano deu ao Congresso em novembro de 2006 [últimas eleições legislativas, quando os democratas conquistaram o controle de ambas as Casas após 12 anos], e esta é a mensagem que devemos enviar ao presidente Bush", disse o líder da maioria no Senado, Harry Reid.
Para a Casa Branca, a resolução "viola a autoridade constitucional do presidente como comandante-em-chefe das Forças Armadas ao impor um prazo artificial para a retirada das tropas americanas do Iraque, sem levar em consideração as condições do combate e as conseqüências da derrota".
Violência
A discussão sobre a retirada das tropas chega em um dia em que ataques suicidas mataram ao menos dez pessoas no nordeste do Iraque.
A explosão ocorreu pouco antes do meio-dia, quando o mercado estava lotado de compradores, em Tuz Khormato, 210 km ao norte de Bagdá e a 55 km ao sul de Kirkuk, cidade rica em petróleo.
A violência tem aumentado no norte do país, devido, acredita-se, a rebeldes em fuga da incursão de segurança que as tropas americanas e iraquianas estão realizando na capital iraquiana.
Em janeiro, o presidente Bush autorizou o envio de mais 21.500 soldados americanos para lutarem no Iraque, como parte de uma estratégia para tomar e manter o controle sobre regiões de insurgência em Bagdá e outros pontos do país.
No oeste de Bagdá, um suicida em um carro atingiu um posto de checagem no bairro sunita de Yarmouk, matando dois civis e ferindo outros dois, informou a polícia.
Talabani
Também nesta quarta-feira, o presidente iraquiano, Jalal Talabani, 73, deixou o hospital onde estava internado na Jordânia para voltar ao Iraque, após mais de duas semanas de tratamento.
Talabani foi internado no Centro Médico Rei Hussein, em Amã, em 25 de fevereiro. Ele teve um colapso no norte do Iraque, devido à exaustão e desidratação provocadas por infecções no pulmão.
O presidente estava em sua cidade natal, Sulaimaniyah. Estava inconsciente quando foi levado a um hospital local, mas depois foi levado em um vôo para a Jordânia, na mesma noite.
Talabani deixou o centro médico em um comboio de carros da embaixada iraquiana, com escolta da polícia jordaniana, e seguiu para o aeroporto de Amã. Saad al Hayyani, embaixador do Iraque na Jordânia, disse que o presidente seria levado diretamente para Sulaimaniyah.
Em uma entrevista à rede de TV da Associated Press em 1 de março, Talabani havia dito que voltaria para casa para trabalhar em um Iraque "novo, livre, democrático e unido".
Com Associated Press e agências internacionais
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