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18/03/2007 - 16h38

Explosão em mercado mata ao menos seis pessoas em Bagdá

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da Folha Online

Apesar do plano de segurança que as tropas americanas e iraquianas realizam em Bagdá desde 14 de fevereiro, um novo atentado vitimou civis na capital iraquiana neste domingo.

Ao menos seis pessoas morreram e 30 ficaram feridas com a explosão de um carro-bomba em um mercado de um bairro xiita de Bagdá, informaram os serviços de segurança.

AP
Imagem de TV mostra veículo militar americano em chamas em um bairro no leste de Bagdá
Imagem de TV mostra veículo militar americano em chamas em um bairro no leste de Bagdá
O veículo explodiu na tarde deste domingo no mercado Challal, no bairro xiita de Shaab (nordeste), que fica ao lado da Cidade de Sadr, um bastião xiita.

O atentado ocorreu em um local movimentado, e o registro de vítimas poderá aumentar, disseram as fontes de segurança.

Outras cinco pessoas morreram neste domingo em episódios de violência na capital.

Também neste domingo, o Exército americano anunciou que sete soldados foram mortos em três atentados ocorridos neste sábado na capital, em Diyala e em Al Anbar, e um outro morreu acidentalmente em Tikrit.

Ataque com cloro

Os últimos ataques aconteceram em meio a um ambiente de preocupação crescente, dois dias após a explosão de três caminhões-bomba carregados com cloro que mataram duas pessoas e intoxicaram 350 pessoas na sexta-feira (16) em Fallujah e Ramadi (oeste).

"Esperamos outros ataques com cloro como este. Não é fácil impedi-los", reconheceu neste domingo o porta-voz do governo iraquiano, Ali al Dabbagh.

Os ataques ocorreram no momento em que os americanos e as forças de ordem iraquianas realizam uma operação de segurança em Bagdá, com a participação de 90 mil homens.

O plano consiste principalmente em implantar postos policiais iraquianos e americanos na cidade e em aumentar o controle para evitar os seqüestros e o transporte de explosivos.

As forças de ordem vigiam também as regiões vizinhas, principalmente as Províncias de Diyala, uma província mista instável, e de Al Anbar, principal foco de insurreição sunita.

Segundo o governo iraquiano e o Exército americano, a violência diminuiu desde o início da operação, no dia 14 de fevereiro. Eles anunciaram neste domingo a prisão de 33 "supostos terroristas" durante as incursões.

No entanto, os americanos pagam um preço pesado pela intensificação da repressão aos terroristas.

As mortes de soldados no sábado elevam para 3.220 o número de militares americanos mortos desde a invasão do Iraque em março de 2003, segundo contagem da agência France Presse elaborado a partir de dados do Pentágono.

Tortura

A polícia iraquiana encontrou neste domingo nove corpos decapitados de policias perto da cidade de Ramadi, 110 km a oeste de Bagdá, região com forte presença de militantes da rede terrorista Al Qaeda, segundo a polícia. Os corpos tinham as mãos amarradas e traziam sinais de tortura.

Outros dois corpos de pessoas torturadas foram encontrados neste sábado em Mahmudiya, a cerca de 30 km de Bagdá.

Avaliação

Em Washington, o secretário de Defesa americano, Robert Gates, considerou neste domingo que é cedo demais para avaliar o impacto do reforço de tropas americanas no Iraque com o objetivo de conter a violência nesse país.

A postura prudente foi manifestada por Gates no momento em que dezenas de milhares de pessoas protestam neste final de semana contra a guerra, em Washington e em Nova York.

"Creio que é cedo demais [para medir os resultados]; o general Petraeus, que dirige as forças no Iraque, disse que provavelmente não se saberá antes do verão se tivemos êxito ou se fracassamos", declarou Gates em entrevista à rede de TV ABC.

"Os iraquianos respeitam seus compromissos [com os EUA]", acrescentou o secretário de Defesa, afirmando que eles forneceram as tropas que haviam prometido.

"Acho que até este momento as coisas vão bem", resumiu Gates.

Com agências internacionais

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