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24/03/2007
-
11h28
da France Presse
da Folha Online
O "relançamento" da União Européia (UE) pode ser ameaçado se o bloco esquecer suas raízes cristãs, disse neste sábado o papa Bento 16 que convocou os dirigentes a "não esquecer a identidade dos povos, constituída por um conjunto de valores que o cristianismo ajudou a criar".
A UE abre hoje as comemorações do 50 anos do Tratado de Roma, que originou o Mercado Comum Europeu e foi o embrião do bloco europeu.
"Não se pode pensar em construir uma verdadeira casa comum européia deixando de lado a própria identidade dos povos do nosso continente (...), uma identidade histórica, cultural e moral (...), constituída por um conjunto de valores que o cristianismo ajudou a criar", disse o papa em um ato no Vaticano no qual o Pontífice recebeu bispos europeus por ocasião do 50 aniversário do Tratado de Roma.
O cristianismo "adquiriu não apenas um papel histórico", mas também "de fundador", acrescentou Bento 16.
"Estes valores, que representam a alma do continente, devem se manter na Europa do terceiro milênio como fermento de civilidade", disse o papa.
O Vaticano tem insistido nos últimos anos, sem sucesso, para que a nova Constituição Européia acolha, entre seus princípios fundamentais, os valores cristãos.
Aniversário
Em 25 de março de 1957, seis países da Europa Ocidental (França, Alemanha, Luxemburgo, Itália, Bélgica e Holanda) assinaram em Roma o tratado que criava a Comunidade Econômica Européia (CEE), símbolo de uma cooperação reforçada entre os signatários e embrião da atual UE.
Meio século depois, a UE uniu velhos inimigos franco-germanos a toda a Europa e conseguiu se impor como modelo para outras regiões do mundo, concretizando idéias revolucionárias como a criação de uma moeda única (o euro) e a livre circulação de cidadãos.
As celebrações estão previstas para começarem na tarde de hoje com um concerta da Orquestra Filarmônica de Berlim, seguida por um jantar de gala no Palácio Bellevue com a presença dos 27 líderes da UE.
No domingo, ocorrerá a única sessão oficial de trabalho prevista para as comemorações. Preparado secretamente pela Alemanha, um texto que recordará os sucessos e os desafios futuros do bloco será divulgado no encontro. Entre os temas tratados está a ampliação e a reforma constitucional europeus.
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O "relançamento" da União Européia (UE) pode ser ameaçado se o bloco esquecer suas raízes cristãs, disse neste sábado o papa Bento 16 que convocou os dirigentes a "não esquecer a identidade dos povos, constituída por um conjunto de valores que o cristianismo ajudou a criar".
A UE abre hoje as comemorações do 50 anos do Tratado de Roma, que originou o Mercado Comum Europeu e foi o embrião do bloco europeu.
"Não se pode pensar em construir uma verdadeira casa comum européia deixando de lado a própria identidade dos povos do nosso continente (...), uma identidade histórica, cultural e moral (...), constituída por um conjunto de valores que o cristianismo ajudou a criar", disse o papa em um ato no Vaticano no qual o Pontífice recebeu bispos europeus por ocasião do 50 aniversário do Tratado de Roma.
O cristianismo "adquiriu não apenas um papel histórico", mas também "de fundador", acrescentou Bento 16.
"Estes valores, que representam a alma do continente, devem se manter na Europa do terceiro milênio como fermento de civilidade", disse o papa.
O Vaticano tem insistido nos últimos anos, sem sucesso, para que a nova Constituição Européia acolha, entre seus princípios fundamentais, os valores cristãos.
Aniversário
Em 25 de março de 1957, seis países da Europa Ocidental (França, Alemanha, Luxemburgo, Itália, Bélgica e Holanda) assinaram em Roma o tratado que criava a Comunidade Econômica Européia (CEE), símbolo de uma cooperação reforçada entre os signatários e embrião da atual UE.
Meio século depois, a UE uniu velhos inimigos franco-germanos a toda a Europa e conseguiu se impor como modelo para outras regiões do mundo, concretizando idéias revolucionárias como a criação de uma moeda única (o euro) e a livre circulação de cidadãos.
As celebrações estão previstas para começarem na tarde de hoje com um concerta da Orquestra Filarmônica de Berlim, seguida por um jantar de gala no Palácio Bellevue com a presença dos 27 líderes da UE.
No domingo, ocorrerá a única sessão oficial de trabalho prevista para as comemorações. Preparado secretamente pela Alemanha, um texto que recordará os sucessos e os desafios futuros do bloco será divulgado no encontro. Entre os temas tratados está a ampliação e a reforma constitucional europeus.
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