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25/03/2007
-
14h25
da Folha Online
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e a secretária de Estados dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, discutiram neste domingo formas de envolverem países árabes moderados nos esforços de paz israelo-palestinos, segundo assistentes de Abbas.
A proposta de paz voltada para os árabes ainda está em seus estágios iniciais, mas inclui a idéia de apontar um comitê especial para a questão na Cúpula Árabe da Arábia Saudita, que será realizada na próxima semana.
O grupo, que poderia ser presidido pela Arábia Saudita, lideraria esforços para reavivar uma iniciativa de paz árabe de 2002 que pede a retirada israelense de todas as áreas ocupadas pela guerra de 1967, incluindo a Cisjordânia, Gaza e a parte leste de Jerusalém, em troca do reconhecimento árabe a Israel.
Rice está no Oriente Médio para promover as negociações sobre a paz local. Em sua quarta visita à região em quatro meses, Rice manteve nos últimos dias longos diálogos com os ministros das Relações Exteriores e com os chefes de inteligência do Egito, Arábia Saudita, Jordânia e Emirados Árabes Unidos.
Comitê
O comitê árabe, de acordo com a proposta da secretária de Estado dos EUA, poderá trabalhar ao lado do Quarteto para o Oriente Médio (grupo mediador formado por EUA, União Européia, ONU e Rússia), assim como discutir a questão com palestinos e israelenses. "Seria uma forma de guarda-chuva político", comparou um assistente de Abbas.
A princípio, a reação israelense foi positiva. A porta-voz do governo israelense, Miri Eisin, disse que o país poderá reconhecer este papel árabe. "O premiê israelense disse no passado que o envolvimento dos países árabes moderados é uma idéia positiva e um fator estabilizador na região", afirmou.
Em uma entrevista coletiva concedida ao lado de Abbas hoje, Rice reafirmou a necessidade de o novo governo palestino de coalizão, formado em fevereiro pelo Hamas, partido do premiê palestino Ismail Haniyeh, e pelo Fatah, grupo de Abbas, aceitar acordos prévios de paz no Oriente Médio.
A afirmação foi um claro aviso ao Hamas, movimento islâmico palestino que lidera o Parlamento local e se recusa a reconhecer Israel e renunciar à violência. Desde que o Hamas subiu ao poder, um bloqueio financeiro internacional foi imposto à ANP, aprofundando a crise palestina.
A formação do governo de coalizão, uma das exigências para o fim do bloqueio, ainda não foi suficiente para apaziguar a crise, já que a maior parte da comunidade internacional ainda não aceitou negociar com o Hamas nem recomeçar o envio de fundos para os palestinos.
Com agências internacionais
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Condoleezza Rice e presidente da ANP discutem plano de paz árabe
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O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e a secretária de Estados dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, discutiram neste domingo formas de envolverem países árabes moderados nos esforços de paz israelo-palestinos, segundo assistentes de Abbas.
A proposta de paz voltada para os árabes ainda está em seus estágios iniciais, mas inclui a idéia de apontar um comitê especial para a questão na Cúpula Árabe da Arábia Saudita, que será realizada na próxima semana.
O grupo, que poderia ser presidido pela Arábia Saudita, lideraria esforços para reavivar uma iniciativa de paz árabe de 2002 que pede a retirada israelense de todas as áreas ocupadas pela guerra de 1967, incluindo a Cisjordânia, Gaza e a parte leste de Jerusalém, em troca do reconhecimento árabe a Israel.
Rice está no Oriente Médio para promover as negociações sobre a paz local. Em sua quarta visita à região em quatro meses, Rice manteve nos últimos dias longos diálogos com os ministros das Relações Exteriores e com os chefes de inteligência do Egito, Arábia Saudita, Jordânia e Emirados Árabes Unidos.
Comitê
O comitê árabe, de acordo com a proposta da secretária de Estado dos EUA, poderá trabalhar ao lado do Quarteto para o Oriente Médio (grupo mediador formado por EUA, União Européia, ONU e Rússia), assim como discutir a questão com palestinos e israelenses. "Seria uma forma de guarda-chuva político", comparou um assistente de Abbas.
A princípio, a reação israelense foi positiva. A porta-voz do governo israelense, Miri Eisin, disse que o país poderá reconhecer este papel árabe. "O premiê israelense disse no passado que o envolvimento dos países árabes moderados é uma idéia positiva e um fator estabilizador na região", afirmou.
Em uma entrevista coletiva concedida ao lado de Abbas hoje, Rice reafirmou a necessidade de o novo governo palestino de coalizão, formado em fevereiro pelo Hamas, partido do premiê palestino Ismail Haniyeh, e pelo Fatah, grupo de Abbas, aceitar acordos prévios de paz no Oriente Médio.
A afirmação foi um claro aviso ao Hamas, movimento islâmico palestino que lidera o Parlamento local e se recusa a reconhecer Israel e renunciar à violência. Desde que o Hamas subiu ao poder, um bloqueio financeiro internacional foi imposto à ANP, aprofundando a crise palestina.
A formação do governo de coalizão, uma das exigências para o fim do bloqueio, ainda não foi suficiente para apaziguar a crise, já que a maior parte da comunidade internacional ainda não aceitou negociar com o Hamas nem recomeçar o envio de fundos para os palestinos.
Com agências internacionais
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