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27/03/2007 - 16h55

Entenda a crise entre o Irã e o Reino Unido

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da Folha Online

Na sexta-feira (23), forças iranianas detiveram 15 marinheiros britânicos no golfo Pérsico, em um episódio que causou tensão diplomática entre Irã e Reino Unido e pode agravar a crise em torno do programa nuclear iraniano. No sábado (24), o Conselho de Segurança da ONU aprovou sanções adicionais contra Teerã.

Entenda a crise envolvendo o Irã e o Reino Unido:

22 de março: A Marinha do Irã inicia mais de uma semana de jogos de guerra no golfo Pérsico, usando submarinos e pequenas embarcações com lançadores de mísseis. A TV iraniana diz os exercícios realizados pelas forças navais iranianas visam mostrar "poder de defesa para proteger o golfo Pérsico". Os exercícios devem durar até 30 de março.

23 de março: O Ministério da Defesa do Reino Unido anuncia que o Irã capturou 15 marinheiros britânicos que supostamente estariam realizando inspeções de rotina em águas territoriais iraquianas do golfo Pérsico. O incidente é similar ao ocorrido em 2004, quando Teerã deteve durante três dias oito militares britânicos acusados de entrarem de forma ilegal em águas territoriais iranianas na mesma região. Na época, o Reino Unido negou a invasão.

-- A ministra britânica de Relações Exteriores, Margaret Beckett, exige uma explicação do governo do Irã pela captura dos 15 marinheiros. O premiê britânico, Tony Blair, diz estar acompanhando de perto o caso. Os Estados Unidos manifestam seu apoio à posição britânica, e também exigem a libertação imediata dos militares.

-- O ministro iraniano das Relações Exteriores, Manucher Mottaki, afirma que o grupo britânico detidos no golfo Pérsico estava em águas iranianas, e não em águas territoriais do Iraque, como alegou o Reino Unido. O Ministério iraniano informa ainda à TV iraniana que não é a primeira vez que marines britânicos violam a fronteira das águas iranianas, o que levou os guardas do Irã a detê-los para interrogatório.

24 de março: A Presidência rotativa alemã da União Européia (UE) exige do Irã a imediata libertação dos 15 militares britânicos. Os detidos são levados para Teerã, onde teriam supostamente confessado a 'violação' das águas iranianas, o que o Irã classifica de 'agressão clara'. O Reino Unido volta a pressionar pela libertação do grupo de marinheiros.

-- Os 15 membros do Conselho de Segurança (CS) da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovam por unanimidade novas sanções ao Irã pela manutenção de seu programa nuclear. O pacote de sanções, que tem como objetivo coibir o enriquecimento de urânio do Irã, foca a exportação de armas, as ações do banco estatal Sepah e o comando de elite da Guarda Revolucionária do país. O Chanceler iraniano, Manuchehr Mottaki, diz que a resolução é "ilegal, desnecessária e injustificável".

25 de março: Em um aumento da tensão entre o Reino Unido e o Irã, o premiê britânico, Tony Blair, exige a libertação dos marinheiros de seu país detidos em Teerã e classificou o impasse de "situação muito séria". Enquanto isso, o Irã afirma que dará uma resposta oficial à resolução da ONU e diz que limitará sua cooperação com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).

26 de março: O ministro iraquiano de Relações Exteriores, Hoshiyar Zebari, pede que o Irã liberte o grupo de marinheiros. Teerã afirma que eles "estão bem" e passam por interrogatório. O país também nega a intenção de trocar o grupo por cinco iranianos detidos no norte do Iraque. Forças americanas no Iraque detiveram recentemente cinco iranianos em um escritório em Irbil, a capital da região autônoma do Curdistão, no Iraque. Os iranianos são acusados de fornecer armas e dinheiro a insurgentes que atuam no país.

27 de março: O premiê do Reino Unido, Tony Blair, diz esperar que o impasse com o Irã seja resolvido de forma diplomática, mas disse estar preparado para entrar em uma "nova fase". Em uma demonstração de força, a Marinha dos EUA faz exercícios militares no golfo Pérsico, com o uso de navios, porta-aviões e aeronaves militares.

Com agências internacionais

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