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27/03/2007
-
20h37
da Efe
Os chefes de Estado e de governo dos países-membros da Liga Árabe iniciarão nesta quarta-feira sua 19ª cúpula em Riad com foco na paz com Israel. A reunião, no entanto, será ofuscada pelas crises no Líbano e no Iraque e pela polêmica envolvendo os planos nucleares iranianos.
A cúpula terá a presença de duas delegações diferentes do Líbano devido à crise política no país. Uma delas será liderada pelo presidente libanês, Émile Lahoud, considerado pró-Síria pela maioria parlamentar em seu país; a outra delegação acompanha o primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, acusado de ser pró-ocidental pela oposição, liderada pelo pró-iraniano Hizbollah.
Ao chegar, Siniora fez um novo pedido para que os "irmãos" árabes ajudem a "fortalecer a unidade e a soberania do Líbano".
Segundo fontes sauditas, os dirigentes árabes tentarão reduzir as diferenças entre os dois líderes libaneses durante a cúpula. A reunião será a primeira cúpula da Liga Árabe que Riad sedia desde 1976, quando seis líderes árabes reuniram-se na Arábia Saudita para conversar sobre como colocar fim à guerra civil libanesa (1975-1990).
Iraque
O presidente iraquiano, o curdo Jalal Talabani, destacou a necessidade de "os irmãos compreenderem a situação no Iraque e se solidarizarem com seu governo para combater o terrorismo".
Talabani referiu-se à ausência de um papel árabe firme e claro nos esforços para restabelecer a segurança em seu país, castigado pelos incessantes atentados com bombas e por um conflito sectário entre sunitas e xiitas que custou a vida de dezenas de milhares de pessoas.
Espera-se que 16 dos 22 países-membros da Liga Árabe, inclusive representantes da Autoridade Nacional Palestina (ANP), participem da conferência. Os presidentes da Síria, Bashar al Assad; do Egito, Hosni Mubarak; da Argélia, Abdelaziz Bouteflika; e dos Emirados Árabes, xeque Khalifa Bin Zaid al Nahyan, já chegaram a Riad.
Também já estão na capital saudita os reis da Jordânia, Abdullah 2º, e do Bahrein, Hamad Bin Issa al Khalifa, assim como o emir do Kuait, xeque Sabah al Ahmad Al Sabah. Além deles, chegaram o presidente do Iraque, Jalal Talabani; do Sudão, Omar al Bashir; e da ANP, Mahmoud Abbas.
A Líbia boicotará a cúpula, cumprindo assim a declaração feita no início deste mês, no Cairo, pelo ministro de Exteriores líbio, Abdel Rahman Chalgham, que disse que Trípoli não estaria presente "porque os árabes não chegam a um acordo entre si".
Plano de paz
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o alto representante para Política Externa e Segurança da União Européia (UE), Javier Solana, estão em Riad para apoiar o plano de paz árabe para o Oriente Médio, apresentado pela Arábia Saudita e aprovado pela primeira vez na cúpula árabe de 2002, em Beirute.
Esse plano, que a Liga Árabe quer revitalizar na reunião de Riad, oferece, em linhas gerais, o reconhecimento explícito árabe a Israel em troca de sua retirada dos territórios árabes que ocupou na guerra de 1967 e do reconhecimento de um Estado palestino que teria Jerusalém Oriental como capital.
Os ministros de Exteriores da Liga Árabe aprovaram mais uma vez essa iniciativa durante a reunião preparatória da cúpula, realizada nesta terça-feira, e pediram que Israel aceite e que os EUA intensifiquem seus esforços para retomar as negociações de paz.
No entanto, rejeitaram emendar a proposta no que se refere ao "direito de retorno" dos refugiados e ao status final de Jerusalém Oriental, como vários responsáveis israelenses exigem.
Está prevista a participação do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, entre outros vários convidados de países europeus, asiáticos e africanos.
As autoridades sauditas mobilizaram um esquema de segurança sem precedentes em Riad, principalmente no aeroporto e nas principais praças e avenidas da capital, onde há centenas de policiais e soldados das forças de elite.
Para evitar problemas de trânsito e de segurança, o governo saudita declarou feriado em 28 e 29 de março, dias da reunião.
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Cúpula da Liga Árabe foca paz com Israel em meio às divergências
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Os chefes de Estado e de governo dos países-membros da Liga Árabe iniciarão nesta quarta-feira sua 19ª cúpula em Riad com foco na paz com Israel. A reunião, no entanto, será ofuscada pelas crises no Líbano e no Iraque e pela polêmica envolvendo os planos nucleares iranianos.
A cúpula terá a presença de duas delegações diferentes do Líbano devido à crise política no país. Uma delas será liderada pelo presidente libanês, Émile Lahoud, considerado pró-Síria pela maioria parlamentar em seu país; a outra delegação acompanha o primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, acusado de ser pró-ocidental pela oposição, liderada pelo pró-iraniano Hizbollah.
Ao chegar, Siniora fez um novo pedido para que os "irmãos" árabes ajudem a "fortalecer a unidade e a soberania do Líbano".
Segundo fontes sauditas, os dirigentes árabes tentarão reduzir as diferenças entre os dois líderes libaneses durante a cúpula. A reunião será a primeira cúpula da Liga Árabe que Riad sedia desde 1976, quando seis líderes árabes reuniram-se na Arábia Saudita para conversar sobre como colocar fim à guerra civil libanesa (1975-1990).
Iraque
O presidente iraquiano, o curdo Jalal Talabani, destacou a necessidade de "os irmãos compreenderem a situação no Iraque e se solidarizarem com seu governo para combater o terrorismo".
Talabani referiu-se à ausência de um papel árabe firme e claro nos esforços para restabelecer a segurança em seu país, castigado pelos incessantes atentados com bombas e por um conflito sectário entre sunitas e xiitas que custou a vida de dezenas de milhares de pessoas.
Espera-se que 16 dos 22 países-membros da Liga Árabe, inclusive representantes da Autoridade Nacional Palestina (ANP), participem da conferência. Os presidentes da Síria, Bashar al Assad; do Egito, Hosni Mubarak; da Argélia, Abdelaziz Bouteflika; e dos Emirados Árabes, xeque Khalifa Bin Zaid al Nahyan, já chegaram a Riad.
Também já estão na capital saudita os reis da Jordânia, Abdullah 2º, e do Bahrein, Hamad Bin Issa al Khalifa, assim como o emir do Kuait, xeque Sabah al Ahmad Al Sabah. Além deles, chegaram o presidente do Iraque, Jalal Talabani; do Sudão, Omar al Bashir; e da ANP, Mahmoud Abbas.
A Líbia boicotará a cúpula, cumprindo assim a declaração feita no início deste mês, no Cairo, pelo ministro de Exteriores líbio, Abdel Rahman Chalgham, que disse que Trípoli não estaria presente "porque os árabes não chegam a um acordo entre si".
Plano de paz
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o alto representante para Política Externa e Segurança da União Européia (UE), Javier Solana, estão em Riad para apoiar o plano de paz árabe para o Oriente Médio, apresentado pela Arábia Saudita e aprovado pela primeira vez na cúpula árabe de 2002, em Beirute.
Esse plano, que a Liga Árabe quer revitalizar na reunião de Riad, oferece, em linhas gerais, o reconhecimento explícito árabe a Israel em troca de sua retirada dos territórios árabes que ocupou na guerra de 1967 e do reconhecimento de um Estado palestino que teria Jerusalém Oriental como capital.
Os ministros de Exteriores da Liga Árabe aprovaram mais uma vez essa iniciativa durante a reunião preparatória da cúpula, realizada nesta terça-feira, e pediram que Israel aceite e que os EUA intensifiquem seus esforços para retomar as negociações de paz.
No entanto, rejeitaram emendar a proposta no que se refere ao "direito de retorno" dos refugiados e ao status final de Jerusalém Oriental, como vários responsáveis israelenses exigem.
Está prevista a participação do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, entre outros vários convidados de países europeus, asiáticos e africanos.
As autoridades sauditas mobilizaram um esquema de segurança sem precedentes em Riad, principalmente no aeroporto e nas principais praças e avenidas da capital, onde há centenas de policiais e soldados das forças de elite.
Para evitar problemas de trânsito e de segurança, o governo saudita declarou feriado em 28 e 29 de março, dias da reunião.
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