Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
20/04/2007 - 08h48

Coréia do Norte reitera compromisso com desarmamento nuclear

Publicidade

da Folha Online

A Coréia do Norte reiterou nesta sexta-feira seu compromisso com o fim de seu programa nuclear, prometendo fechar seu principal reator, Yongbyon, e convidar formalmente os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para uma visita às suas instalações assim que os US$ 25 milhões congelados em Macau sejam liberados.

O chefe norte-coreano para as questões nucleares, Ri Je Son, enviou uma mensagem para a AIEA e disse que Pyongyang continua comprometido com o acordo selado entre seis partes em 13 de fevereiro, segundo a KCNA, agência de notícias oficial da Coréia do Norte.

Um pacto fechado em 13 de fevereiro deste ano entre as duas Coréias, a China, o Japão, a Rússia e os Estados Unidos, dava um prazo de 60 dias para o fechamento da usina. Em troca, os países enviariam ajuda econômica e energética à Coréia do Norte.

No último sábado (14), a Coréia do Norte descumpriu o prazo para o fechamento devido ao atraso na liberação dos fundos retidos no Banco Delta Asia (BDA), em Macau.

Os Estados Unidos e o BDA afirmaram anteriormente que os recursos haviam sido desbloqueados. Mas Pyongyang ainda não pode retirar os fundos, por razões desconhecidas.

Ri afirmou nesta sexta-feira que seu país e o banco de Macau estavam enfrentando "dificuldades" nas negociações para resolver a questão, sem fornecer mais detalhes.

Segundo ele, citado pela agência KCNA, a Coréia do Norte está pronta para convidar a AIEA a enviar seus inspetores "assim que a liberação dos fundos for confirmada" e para discutir "a suspensão das operações em Yongbyon e o monitoramento das atividades".

Os Estados Unidos congelaram os fundos em 2005, depois de acusações de que o BDA estaria envolvido em atividades financeiras ilegais, como lavagem de dinheiro e outros crimes.

Os recursos, que ficaram bloqueados por 19 meses, paralisaram o processo de desnuclearização.

A Coréia do Norte expulsou os representantes da agência nuclear da ONU em 2002, logo no início do impasse em torno do programa nuclear norte-coreano.

Em 9 de outubro de 2006, após quatro anos de negociações fracassadas, o país realizou seu primeiro teste nuclear.

Coréia do Sul

Em Pyongyang, autoridades sul-coreanas discutiram o fornecimento de alimentos ao Norte durante discussões econômicas entre os dois países.

As conversas, que começaram na quarta-feira (18) e durarão até este sábado, visam discutir um pedido de envio de 400 mil toneladas de arroz para a Coréia do Norte. Seul pretende utilizar a questão para tentar persuadir Pyongyang a cumprir com o acordo nuclear.

O negociador-chefe da delegação sul-coreana levantou a questão nuclear na abertura do diálogo nesta quinta-feira, causando indignação entre os representantes norte-coreanos.

Nesta sexta-feira, a Coréia do Sul lamentou o abandono do diálogo pelo lado de Pyongyang e os dois países retomaram as conversa. "Tivemos um diálogo sincero hoje", afirmou Kim Jung-tae, representante sul-coreano. "Discutimos todos os assuntos que estavam pendentes".

Desde fevereiro, Seul retomou parte do envio de mantimentos para Pyongyang, que estava suspenso desde o teste nuclear norte-coreano de outubro de 2006.

Com agências internacionais

Leia mais
  • Coréia do Norte ganha tempo em programa nuclear, mas continua sob pressão
  • Coréia do Norte descumpre prazo para fechamento de reator nuclear
  • Coréia do Norte promete fechar reator nuclear após receber fundos
  • Coréia do Norte permitirá retorno de inspeções da ONU, dizem EUA
  • Após desbloqueio, EUA pressionam Coréia do Norte a cumprir prazo

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre Macau
  • Leia cobertura completa sobre a crise da Coréia do Norte
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página