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28/04/2007
-
15h24
da Efe, em Paris
Faltando oito dias para o duelo com o conservador Nicolas Sarkozy pela Presidência da França, a candidata socialista, Ségolène Royal, protagonizou hoje diante das câmaras um debate acirrado com o ex-concorrente centrista, François Bayrou, de cujo eleitorado procura apoio.
Foi a primeira vez na história da 5ª República francesa que um candidato do segundo turno da corrida pelo Palácio do Eliseu discutiu com um concorrente eliminado na primeira rodada.
Sorridentes e, às vezes, agindo com cumplicidade, os dois mostraram idéias parecidas sobre a reforma das instituições, a renovação da política francesa e o relançamento da União Européia. Além disso, debateram o papel do Estado na economia.
Precedido por uma grande polêmica e troca de acusações entre Royal e Bayrou, de um lado, e Sarkozy, do outro, o duelo com o líder centrista permitiu à primeira mulher com chances reais de chegar ao Palácio do Eliseu treinar para o debate crucial de quarta-feira com seu oponente conservador.
No começo, Bayrou disse que não anunciaria hoje seu apoio a Royal, que, por seu lado, afirmou que não queria obter adesões num "golpe de efeito".
"Seria indecente para os que nos ouvem", disse a candidata socialista, que aprovou o "momento de modernização da vida política", acrescentando que não havia entre os dois "acordos de partidos políticos em segredo".
Desta forma, Royal respondia às afirmações do concorrente conservador, que, em visita a Valenciennes (norte) com o popular ministro de Emprego e Coesão Social, denunciou "pequenas manobras" partidárias.
Assim como havia feito ontem, Sarkozy acusou Bayrou de ser "um mau perdedor", e Royal de tentar "roubar" o segundo turno e o debate dos franceses.
"Satisfeita" com o debate com Bayrou, Royal afirmou que "num certo número de temas" ambos farão "uma parte do caminho juntos".
A socialista citou pontos comuns sobre "o Estado imparcial", a renovação da vida política, os bairros, a segurança e a educação.
Em outros temas "continuaremos falando", disse Royal, que, desde segunda, atrás de Sarkozy, dirigiu várias vezes seu discurso aos quase sete milhões de eleitores de Bayrou.
O encontro, de quase duas horas e transmitido ao vivo por um canal de TV a cabo e pela rede digital terrestre, ocorreu no hotel parisiense onde, há três dias, o líder da centrista União Democrática Francesa (UDF) havia dito que não daria indicação de voto para o dia 6 de maio.
Bayrou, no entanto, deixou claro que não votaria em Sarkozy e anunciou que criaria um novo partido, o Partido Democrata.
O centrista conseguiu continuar ocupando o cenário político com a força dos votos que obteve no domingo, os quais parecem essenciais para fazer decifir a disputa no dia 6.
Uma pesquisa do instituto de medição Ipsos divulgada hoje indica que Sarkozy vencerá o segundo turno com 52,5% dos votos, uma queda de meio ponto em relação à sondagem anterior.
Além disso, 35% dos eleitores de Bayrou votariam em Royal, 29% escolheriam o candidato conservador e 36% se absteriam ou não se pronunciaram.
Já 61% dos eleitores do ultradireitista Jean-Marie Le Pen (quarto no primeiro turno com 10,44% dos votos) apoiariam Sarkozy, enquanto 20% optariam por Royal.
Não houve surpresas no debate entre Royal e Bayrou, que manteve o nível elevado e no qual ela demonstrou sua inteligência e sua capacidade de reponder rápido às perguntas.
Assim, quando um moderador perguntou se ambos "conviveriam em um partido social-democrata", Bayrou respondeu rindo: "Você me assustou", e a candidata, numa referência ao companheiro e ao pai dos seus quatro filhos, François Hollande, líder do Partido Socialista (PS), disse: "Ele se chama François, mas não exageremos".
Quanto a assuntos europeus, Royal e Bayrou discordaram quanto ao papel do Banco Central Europeu (BCE) e sobre a proposta da candidata de um salário mínimo europeu.
Apesar disso, ambos concordaram em submeter a plebiscito um eventual texto que substitua a Constituição da UE rejeitada pelos franceses numa consulta popular em maio de 2005.
Royal acusou Bayrou de não ter lido "bem" seu "acordo presidencial" quanto ao papel do Estado na questão sócio-econômica: "Não é um pacto de estatismo, pelo contrário", disse ela.
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Faltando oito dias para o duelo com o conservador Nicolas Sarkozy pela Presidência da França, a candidata socialista, Ségolène Royal, protagonizou hoje diante das câmaras um debate acirrado com o ex-concorrente centrista, François Bayrou, de cujo eleitorado procura apoio.
Foi a primeira vez na história da 5ª República francesa que um candidato do segundo turno da corrida pelo Palácio do Eliseu discutiu com um concorrente eliminado na primeira rodada.
Sorridentes e, às vezes, agindo com cumplicidade, os dois mostraram idéias parecidas sobre a reforma das instituições, a renovação da política francesa e o relançamento da União Européia. Além disso, debateram o papel do Estado na economia.
Precedido por uma grande polêmica e troca de acusações entre Royal e Bayrou, de um lado, e Sarkozy, do outro, o duelo com o líder centrista permitiu à primeira mulher com chances reais de chegar ao Palácio do Eliseu treinar para o debate crucial de quarta-feira com seu oponente conservador.
No começo, Bayrou disse que não anunciaria hoje seu apoio a Royal, que, por seu lado, afirmou que não queria obter adesões num "golpe de efeito".
"Seria indecente para os que nos ouvem", disse a candidata socialista, que aprovou o "momento de modernização da vida política", acrescentando que não havia entre os dois "acordos de partidos políticos em segredo".
Desta forma, Royal respondia às afirmações do concorrente conservador, que, em visita a Valenciennes (norte) com o popular ministro de Emprego e Coesão Social, denunciou "pequenas manobras" partidárias.
Assim como havia feito ontem, Sarkozy acusou Bayrou de ser "um mau perdedor", e Royal de tentar "roubar" o segundo turno e o debate dos franceses.
"Satisfeita" com o debate com Bayrou, Royal afirmou que "num certo número de temas" ambos farão "uma parte do caminho juntos".
A socialista citou pontos comuns sobre "o Estado imparcial", a renovação da vida política, os bairros, a segurança e a educação.
Em outros temas "continuaremos falando", disse Royal, que, desde segunda, atrás de Sarkozy, dirigiu várias vezes seu discurso aos quase sete milhões de eleitores de Bayrou.
O encontro, de quase duas horas e transmitido ao vivo por um canal de TV a cabo e pela rede digital terrestre, ocorreu no hotel parisiense onde, há três dias, o líder da centrista União Democrática Francesa (UDF) havia dito que não daria indicação de voto para o dia 6 de maio.
Bayrou, no entanto, deixou claro que não votaria em Sarkozy e anunciou que criaria um novo partido, o Partido Democrata.
O centrista conseguiu continuar ocupando o cenário político com a força dos votos que obteve no domingo, os quais parecem essenciais para fazer decifir a disputa no dia 6.
Uma pesquisa do instituto de medição Ipsos divulgada hoje indica que Sarkozy vencerá o segundo turno com 52,5% dos votos, uma queda de meio ponto em relação à sondagem anterior.
Além disso, 35% dos eleitores de Bayrou votariam em Royal, 29% escolheriam o candidato conservador e 36% se absteriam ou não se pronunciaram.
Já 61% dos eleitores do ultradireitista Jean-Marie Le Pen (quarto no primeiro turno com 10,44% dos votos) apoiariam Sarkozy, enquanto 20% optariam por Royal.
Não houve surpresas no debate entre Royal e Bayrou, que manteve o nível elevado e no qual ela demonstrou sua inteligência e sua capacidade de reponder rápido às perguntas.
Assim, quando um moderador perguntou se ambos "conviveriam em um partido social-democrata", Bayrou respondeu rindo: "Você me assustou", e a candidata, numa referência ao companheiro e ao pai dos seus quatro filhos, François Hollande, líder do Partido Socialista (PS), disse: "Ele se chama François, mas não exageremos".
Quanto a assuntos europeus, Royal e Bayrou discordaram quanto ao papel do Banco Central Europeu (BCE) e sobre a proposta da candidata de um salário mínimo europeu.
Apesar disso, ambos concordaram em submeter a plebiscito um eventual texto que substitua a Constituição da UE rejeitada pelos franceses numa consulta popular em maio de 2005.
Royal acusou Bayrou de não ter lido "bem" seu "acordo presidencial" quanto ao papel do Estado na questão sócio-econômica: "Não é um pacto de estatismo, pelo contrário", disse ela.
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