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04/05/2007
-
10h07
da Folha Online
O candidato conservador à Presidência francesa, Nicolas Sarkozy, consolidou a liderança na disputa a dois dias da votação do segundo turno, que ocorre no próximo domingo (6).
Segundo pesquisas de intenção de voto divulgadas hoje, Sarkozy aparece com 9 pontos percentuais à frente de sua adversária, a socialista Ségolène Royal.
Dois jornais franceses publicam nesta sexta-feira pesquisas realizadas após o debate realizado na quarta-feira (2). O "Le Figaro" dá a Sarkozy 54,5% das intenções de voto, contra 45,5% da sua adversária. Segundo o "Le Parisien", a diferença é de 53% contra 47%.
Em uma última tentativa de virar a corrida, Royal adotou uma postura mais agressiva na reta final da campanha eleitoral. Nesta sexta-feira, ela alertou para o "risco" representado por uma eventual vitória de seu rival Sarkozy, que considerou como candidato "da direita dura".
Em declarações à emissora de TV RTL, ela afirmou estar convencida de que uma possível eleição de Sarkozy, no próximo domingo, trará consigo "tensões muito fortes ao país".
"É uma candidatura perigosa. Por isso peço aos eleitores que reflitam", afirmou Royal.
Como exemplo, ela lembrou que o ex-ministro do Interior "só pode ir aos bairros populares protegido por centenas de policiais". Também disse que ele está ligado "aos poderes midiáticos e financeiros", e que sua eleição representará "uma concentração de poderes".
Porta-vozes de Sarkozy rejeitaram as declarações de Royal, dizendo que elas são "inadmissíveis" e "irresponsáveis" e que, em um debate democrático, não se pode fazer impunemente "ameaças e intimidações" para tentar dissuadir eleitores de outro candidato.
Tranqüilidade
Apesar de Royal ter subido o tom, Sarkozy preferiu adotar uma postura mais comedida, e dizendo hoje que está "calmo e concentrado", e que "nada está decidido" em relação ao resultado do segundo turno, apesar de as pesquisas mais recentes apontarem a sua vitória.
Em entrevista à emissora de rádio, Sarkozy aproveitou para atacar a sua rival, que se mostrou "muito agressiva" durante o debate. Para ele, a atitude não pode ser tolerada em quem quer ser presidente da França, já que o cargo exige alguém "aberto e tolerante".
"Há uma certa esquerda que não me respeita. São pessoas que se acham donas da verdade e do sofrimento alheio", disse. Ele lembrou que no primeiro turno recebeu mais de 11 milhões de votos, ou 31,1% do total, contra 25,8% de Royal.
Na opinião do especialista Pepper Culpepper, professor da Universidade de Harvard e autor de vários livros sobre a política européia --entre eles "Changing France" [A França em Mudança]--, será difícil para os partidos de esquerda manterem uma coalizão unida caso a socialista Ségolène Royal seja derrotada.
"O Partido Socialista está em colapso, e o papel que a esquerda manterá na sociedade está indefinido", afirmou ele, por telefone, de Tóquio, à Folha Online.
Com Efe e Associated Press
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O candidato conservador à Presidência francesa, Nicolas Sarkozy, consolidou a liderança na disputa a dois dias da votação do segundo turno, que ocorre no próximo domingo (6).
Segundo pesquisas de intenção de voto divulgadas hoje, Sarkozy aparece com 9 pontos percentuais à frente de sua adversária, a socialista Ségolène Royal.
Dois jornais franceses publicam nesta sexta-feira pesquisas realizadas após o debate realizado na quarta-feira (2). O "Le Figaro" dá a Sarkozy 54,5% das intenções de voto, contra 45,5% da sua adversária. Segundo o "Le Parisien", a diferença é de 53% contra 47%.
Robert Pratta/Reuters |
O candidato conservador, Nicolas Sarkozy, consolida liderança em disputa na França |
Em declarações à emissora de TV RTL, ela afirmou estar convencida de que uma possível eleição de Sarkozy, no próximo domingo, trará consigo "tensões muito fortes ao país".
"É uma candidatura perigosa. Por isso peço aos eleitores que reflitam", afirmou Royal.
Como exemplo, ela lembrou que o ex-ministro do Interior "só pode ir aos bairros populares protegido por centenas de policiais". Também disse que ele está ligado "aos poderes midiáticos e financeiros", e que sua eleição representará "uma concentração de poderes".
Porta-vozes de Sarkozy rejeitaram as declarações de Royal, dizendo que elas são "inadmissíveis" e "irresponsáveis" e que, em um debate democrático, não se pode fazer impunemente "ameaças e intimidações" para tentar dissuadir eleitores de outro candidato.
Tranqüilidade
Apesar de Royal ter subido o tom, Sarkozy preferiu adotar uma postura mais comedida, e dizendo hoje que está "calmo e concentrado", e que "nada está decidido" em relação ao resultado do segundo turno, apesar de as pesquisas mais recentes apontarem a sua vitória.
Em entrevista à emissora de rádio, Sarkozy aproveitou para atacar a sua rival, que se mostrou "muito agressiva" durante o debate. Para ele, a atitude não pode ser tolerada em quem quer ser presidente da França, já que o cargo exige alguém "aberto e tolerante".
"Há uma certa esquerda que não me respeita. São pessoas que se acham donas da verdade e do sofrimento alheio", disse. Ele lembrou que no primeiro turno recebeu mais de 11 milhões de votos, ou 31,1% do total, contra 25,8% de Royal.
Na opinião do especialista Pepper Culpepper, professor da Universidade de Harvard e autor de vários livros sobre a política européia --entre eles "Changing France" [A França em Mudança]--, será difícil para os partidos de esquerda manterem uma coalizão unida caso a socialista Ségolène Royal seja derrotada.
"O Partido Socialista está em colapso, e o papel que a esquerda manterá na sociedade está indefinido", afirmou ele, por telefone, de Tóquio, à Folha Online.
Com Efe e Associated Press
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