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25/09/2007 - 21h42

Presidente do Irã critica Conselho de Segurança em discurso na ONU

da BBC Brasil

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, criticou nesta terça-feira as "sanções ilegais" do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) contra seu país.

Em discurso na Assembléia Geral da ONU, em Nova York, Ahmadinejad disse que o debate sobre o programa nuclear iraniano estava "fechado" e que a questão estava agora nas mãos na Agência Internacional de Energia Atômica.

Ele criticou os "arrogantes" membros permanentes do Conselho de Segurança que impõem sanções contra o Irã devido ao programa nuclear.

Ahmadinejad voltou a afirmar que o programa nuclear iraniano, que foi "politizado pelas potências imperiais", era "pacífico e transparente".

O líder iraniano também ofereceu programas educacionais para ajudar outros países membros da ONU com seus próprios projetos nucleares.

Estados Unidos e França

Antes do discurso de Ahmadinejad, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, citou o Irã na lista de regimes brutais (ao lado de Síria, Coréia do Norte e Belarus) que "negam direitos fundamentais a seus povos".

No Congresso americano, a Câmara dos Representantes aprovou um projeto de lei propondo o endurecimento das sanções contra o Irã e declarando a Guarda Revolucionária iraniana uma organização terrorista.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, também mencionou o programa nuclear do Irã, afirmando que poderia ameaçar o mundo.

Em seu discurso, Ahmadinejad também criticou a ordem mundial que se estabeleceu no pós-guerra e disse que as potências ocidentais tornaram os organismos internacionais ineficazes.

Ele disse que estava próximo o ocaso dos impérios que perderam a capacidade de liderar o mundo.

Segundo o líder iraniano, esses impérios deveriam aprender as lições da história. Caso contrário, "correm o risco de sofrer calamidades".

Ao se referir a Israel, Ahmadinejad disse que os palestinos serão libertados do que ele chamou de "regime sionista ilegal".

Kirchner

O líder iraniano também foi criticado pelo presidente da Argentina, Néstor Kirchner.

Em seu discurso na ONU, Kirchner condenou o terrorismo e criticou o Irã por não ter oferecido toda a colaboração solicitada na investigação dos atentados realizados contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em 1994.

Kirchner também expressou seu desejo de que a Interpol ratifique o pedido de captura dos suspeitos do atentado.

"Esperamos que a República Islâmica do Irã aceite e respeite a decisão da Interpol e colabore. Até hoje, lamentavelmente, não ofereceu toda a colaboração solicitada", disse Kirchner.

Comentários dos leitores
J. R. (1256) 30/01/2010 08h52
J. R. (1256) 30/01/2010 08h52
Seria até possível forçar o Irã às inspeções caso Israel também se submeta a inspeções da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) em todas as suas instalações de Dimona e militares. Assim o mundo ficaria mais tranquilo ao saber que não estão escondendo armas de destruição em massa, do mesmo modo que o Irã. Obviamente a comissão da AIEA tem que ser formada por representantes de todas as partes, não apenas os escolhidos a dedo pelos U-S-A. A paz exige sacrifício e determinação. sem opinião
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eduardo de souza (628) 24/01/2010 19h07
eduardo de souza (628) 24/01/2010 19h07
Não acredito que por em risco sua própria gente será barreira para os "adoradores do caos". A Espanha acena que esta fora dos conflitos pesados, a China só vai obeservar, outros países também terão lucidez e cairão fora. Sobrará a batata quente para aqueles que a "fornaram", e terão que arcar com seus atos, pois o que enfrentarão já derrotou outros impérios no passado. O Irã não é qualquer um não. Quem viver verá. 3 opiniões
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J. R. (1256) 20/01/2010 07h29
J. R. (1256) 20/01/2010 07h29
O assassinato do físico nuclear iraniano Masud Ali Mohammadi, engajado ao movimento nacionalista iraniano, obviamente foi obra da Cia e Mossad, pelas caracteristicas, embora neguem até o fim como sempre fazem. Com esse ataque terrorista agora deverá ocorrer uma espécie de "caça às bruxas" na Universidade de Teerã, e talvez esse seja, além de
assassinar o professor, o objetivo final da ação, que é dividir internamente o Irã. Como os U-S-A divulgaram recentemente, o que está ocorrendo de fato agora é uma aceleração do programa nuclear do Irã. Pelo andar da carruagem os U-S-A sabem que já não podem mais promover uma guerra convencional contra o Irã, pois poriam em risco suas tropas.
Agora só resta uma saída: tentar minar e derrubar o atual governo iraniano através de ações de terrorismo e sabotagem, o que parece ser algo impossível e só serviria para massacrar ainda mais a oposição. O lider religioso Khamenei fala abertamente que "Todas as partes com tendências diferentes devem se distanciar claramente dos inimigos, em particular as elites influentes, que devem também se abster de fazer comentários ambíguos", o que não deixa de ser o início do combate à influência dos U-S-A sobre a classe média iraniana, e uma nova revolução está em curso para solidificar a atual.
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