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Oposição revela planos de instalações nucleares secretas no Irã
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da Efe, em Paris
A oposição iraniana anunciou nesta quinta-feira que o regime de Teerã constrói, ao lado do complexo nuclear de Natanz, instalações subterrâneas secretas para poder realizar ali as atividades necessárias para o desenvolvimento da bomba atômica.
As obras, que começaram no final de 2006 e poderiam estar concluídas em seis meses, são realizadas 5 quilômetros ao sul de Natanz, sob uma montanha chamada Kouh Siah, de 5.000 pés de altitude, no maciço do Karkas, segundo Mehdi Abrichamchi, do Conselho Nacional da Resistência Iraniana (CNRI).
As instalações contêm dois túneis subterrâneos de 6 metros de diâmetro, aos quais se une um terceiro, que faz a ligação com Natanz, o que permite que fiquem protegidas caso este complexo seja bombardeado, afirmou Abrichamchi em entrevista coletiva em Paris.
O presidente da chamada Comissão da Paz do CNRI insistiu em que o segredo que cerca a construção do complexo --feita por dois organismos já conhecidos por sua ligação com o programa nuclear: Omran e Hara-- demonstra que este faz parte dos planos para o desenvolvimento da bomba atômica.
"A contra-espionagem do Ministério da Defesa --que é responsável pelas obras-- divulgou um comunicado a todos os guardiães da revolução que trabalham ali para ressaltar que estão totalmente proibidos de falarem do assunto", afirmou.
Ainda segundo ele, o local foi declarado área militar, e vários terrenos, incluindo plantações de frutas, foram comprados.
Quanto à finalidade, cogitou que o objetivo seria utilizar esse local secreto para enriquecer o urânio necessário para a bomba ou fabricar ogivas nucleares.
Tensões
Abrichamchi acrescentou que o novo complexo poderia servir tanto para deslocar atividades que vinham sendo realizadas em Natanz como para iniciar outras novas. Ele comentou que o CNRI já repassou as informações de que dispõe à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que acusou de manter uma política "frágil" em relação ao regime iraniano.
O representante do Movimento dos Mujahidins considerou que divulgar estes projetos do Irã pode contribuir para que o Conselho de Segurança da ONU aprove sanções contra o país, às quais o regime "é muito vulnerável".
Ao ser perguntado se as revelações não aguçariam ainda mais o clima tenso na crise do programa nuclear do Irã, Abrichamchi disse que essa "é a única possibilidade de conseguir uma solução política".
Após argumentar que o centro em construção mostra que "o regime continua seu projeto para ter a bomba atômica", lamentou "a política de permissividade, principalmente dos países europeus", que permitiu que Teerã se aproxime da arma nuclear, uma hipótese que, caso se materialize, "seria uma catástrofe para o mundo".
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assassinar o professor, o objetivo final da ação, que é dividir internamente o Irã. Como os U-S-A divulgaram recentemente, o que está ocorrendo de fato agora é uma aceleração do programa nuclear do Irã. Pelo andar da carruagem os U-S-A sabem que já não podem mais promover uma guerra convencional contra o Irã, pois poriam em risco suas tropas.
Agora só resta uma saída: tentar minar e derrubar o atual governo iraniano através de ações de terrorismo e sabotagem, o que parece ser algo impossível e só serviria para massacrar ainda mais a oposição. O lider religioso Khamenei fala abertamente que "Todas as partes com tendências diferentes devem se distanciar claramente dos inimigos, em particular as elites influentes, que devem também se abster de fazer comentários ambíguos", o que não deixa de ser o início do combate à influência dos U-S-A sobre a classe média iraniana, e uma nova revolução está em curso para solidificar a atual.
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