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Farc voltam a prometer libertação de duas reféns
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da Folha Online
A guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) voltou a dizer nesta segunda-feira que soltará a ex-candidata a vice-presidente Clara Rojas e a ex-congressista Consuelo González de Perdomo, como havia sido prometido ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez..
Em entrevista ao telejornal colombiano "Noticias Uno" o porta-voz das Farc, Raúl Reyes, ressaltou os planos de soltar as reféns, detidas há quase seis anos.
"As Farc não mudam de opinião, não mentem e nem manipulam", disse o porta-voz, o qual afirma que as duas mulheres "sob sua responsabilidade" serão entregues.
Nas respostas, datadas de 4 de janeiro, Reyes também confirmou que Emmanuel, 3, filho de Clara Rojas com um guerrilheiro, está sob a custódia do governo colombiano.
Desmilitarização
Segundo o telejornal, os rebeldes insistem que para iniciar conversas sobre a troca dos outros seqüestrados é preciso desmilitarizar Pradera e Florida, duas localidades de Valle del Cauca. O governo colombiano se nega a aceitar a imposição.
Nesta segunda, o governo colombiano disse que não aceitará novas comissões internacionais humanitárias como a que participou, no final de dezembro, da fracassada operação de entrega de três reféns, anunciou o chanceler Fernando Araújo.
"Esperamos que as Farc cumpram com sua palavra de fazer a entrega de Clara Rojas e Consuelo González. Neste caso, facilitaremos a entrega, mas sem aceitar a presença de comissões internacionais humanitárias", disse Araújo em entrevista à rádio Caracol.
O chanceler colombiano explicou que a decisão foi tomada em razão da falta de credibilidade que os delegados internacionais que foram à Colômbia deram à posição do governo do presidente Alvaro Uribe.
O grupo guerrilheiro anunciou que libertaria Gonzáles, Rojas e Emmanuel no último dia 18, como um "ato de desagravo" Chávez, que foi afastado das mediações para um acordo humanitário entre o governo colombiano e o grupo guerrilheiro.
Em nenhuma resposta, segundo a TV colombiana, as Farc explicam por que prometeram ao presidente da Venezuela que entregariam três reféns, quando pretendiam soltar apenas duas.
As Farc repetiram que Clara Rojas e Consuelo González de Perdomo ainda não foram entregues devido às intensas operações do Exército colombiano.
"Sem confiança"
Ainda nesta segunda, o governo da Colômbia afirmou que "não há confiança" para negociar com as Farc.
O ministro do Interior e Justiça colombiano, Carlos Holguín Sardi, declarou que ficou provado que "não se pode negociar nem com os enganadores nem com os mentirosos".
O ministro do Interior pediu, em entrevista à radio Caracol, que "exijam das Farc que libertem a todos os seqüestrados, porque já não há confiança para negociar com esse grupo".
"Por isso já não há mais acordos ou mais missões humanitárias para que as Farc brinquem com todos, com a comunidade internacional", declarou.
Sardi considerou que aos rebeldes do grupo guerrilheiro "já não resta nem território nem capacidade operacional, salvo alguns incidentes terroristas que venham a atender a seu afã demencial de provocar danos, e por isso não se pode ter consideração (com eles) de nenhuma natureza".
Com Efe e France Presse
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