Al Qaeda usa crianças suicidas no Iraque, diz Exército americano

A rede terrorista Al Qaeda está usando cada vez mais crianças para cometer atentados suicidas, como em dois ataques realizados na semana passada por jovens de 15 anos, disse neste domingo o contra-almirante americano Gregory Smith.

"Nem estamos certos de que um dos meninos sabia que estava com uma bomba", disse.

O militar afirmou ainda, sem dar maiores detalhes, que esses atentados foram realizados durante uma cerimônia fúnebre em Tikrit (180 km ao norte de Bagdá) e contra uma escola de Mosul (370 km também ao norte).

Segundo a policia iraquiana, 17 pessoas morreram em um atentado cometido no dia 21 de janeiro durante uma cerimônia em memória de um coronel.

"A Al Qaeda tenta inocular ódio nas crianças e criar uma cultura de violência, de ódio e de desespero. Eles mandam meninos de 15 anos em missões suicidas para semear a morte", declarou o contra-almirante.

Smith citou ainda o xeque Ahmad Abu Richa, um influente líder sunita da região de Al Anbar (oeste) que coopera com as forças americanas e iraquianas, para denunciar os atentados cometidos por jovens.

"Quando atacamos a Al Qaeda, eles fogem, se escondem e voltam com novas táticas. A única tática que agora lhes resta é cometer atentados suicidas", disse o xeque, citado por Smith.

O oficial afirmou ainda que 90% dos atentados no Iraque são feitos por combatentes estrangeiros.

Assassinato

Um ex-alto funcionário do regime ditatorial de Saddam Hussein e três membros de sua família foram degolados na noite de sábado em Bagdá, anunciaram as autoridades iraquianas.

Homens armados vestidos como civis invadiram a residência de Ahmed Ali, diretor do município de Bagdá durante o governo de Saddam Hussein, derrubado em 2003.

Os criminosos degolaram Ali, sua mulher, a filha e o filho, ambos com idades por volta de 20 anos.

A residência das vítimas fica no bairro xiita de Al Quds, zona nordeste de Bagdá.

Com France Presse