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UE concede mais R$ 1,1 bilhão à Autoridade Nacional Palestina
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da Folha Online
A União Européia (UE) anunciou nesta segunda-feira que coloca 440 milhões de euros (cerca de R$ 1,1 bilhão) à disposição da Autoridade Nacional Palestina (ANP) para ajudá-la a financiar seu programa de desenvolvimento econômico em 2008.
Os recursos, canalizados através do programa "Pegase", poderão aumentar segundo as necessidades da Autoridade Palestina e em função da contribuição dos Estados membros da UE, afirmou a Comissão Européia.
Do total de 440 milhões de euros, 250 milhões serão destinados ao orçamento da ANP, 75 milhões servirão para financiar projetos de desenvolvimento e 115 milhões serão dedicados a programas humanitários, em sua maioria na faixa de Gaza.
O anúncio da nova ajuda coincidiu com uma declaração dos líderes europeus reunidos em Bruxelas que expressou a profunda preocupação da UE com a situação na faixa de Gaza, que enfrenta um bloqueio perpetrado por Israel desde 17 de janeiro em represália aos disparos de foguetes contra o país judeu.
"O Conselho (da UE) está profundamente preocupado com os recentes acontecimentos em Gaza e com os graves distúrbios na fronteira entre Gaza e o Egito", disseram os representantes dos 27 países europeus.
A fronteira entre a faixa de Gaza e o Egito permanecia fechada, quase sem interrupção, desde junho de 2006. Porém, na última quarta-feira, ativistas palestinos abriram brechas no muro com explosivos na altura de Rafah. Desde então, mais de 700 mil de palestinos passaram para o lado egípcio para comprar alimentos, remédios e combustíveis.
As forças de segurança egípcias tentaram, na sexta-feira, retomar o controle da fronteira, fechando parcialmente os acessos, mas os ativistas voltaram a abrir novas passagens com a ajuda de escavadeiras.
Egito
O Egito anunciou nesta segunda-feira que deseja que as forças ligadas ao presidente da ANP, Mahmoud Abbas, controlem a faixa de Gaza, excluindo da proposta o grupo radical islâmico Hamas, que controla Gaza desde junho.
O ministro egípcio das Relações Exteriores, Aboul Gheit, disse em comunicado à União Européia e aos Estados Unidos que é importante que "Israel coopere com os esforços para controlar a fronteira, por meio do destacamento de forças da ANP e de monitores da UE".
"Aboul Gheit ressaltou em suas mensagens que os egípcios estão determinados a assumir gradualmente a fronteira com Gaza e levar a situação de volta ao normal", disse o porta-voz do ministério, Hossam Zaki, em um comunicado.
O Hamas --que expulsou as forças de Abbas de Gaza em junho último-- anunciou ontem que o Egito teria garantido que não estava comprometido com um acordo de 2005 que deu a Abbas o controle da segurança da área da fronteira.
Tanto Abbas quanto Khaled Meshal, líder do Hamas que vive exilado na Síria, se reunirão na próxima quarta-feira (30) com o ditador egípcio, Hosni Mubarak, no Cairo, para discutir a situação na fronteira entre a faixa de Gaza e o Egito, informaram hoje fontes palestinas.
Segundo Shaath, na reunião também será discutido o convite de Mubarak para a realização de uma conferência de reconciliação entre as facções rivais do grupo radical islâmico Hamas e do Fatah, liderada por Abbas.
É a primeira vez que Mubarak se envolve pessoalmente para reconciliar as duas facções palestinas rivais desde que, em junho, o Hamas tomou o controle da faixa de Gaza e expulsou os partidários do Fatah.
Shaath disse ainda que Abbas se encontrará com outras personalidades políticas para debater a situação na fronteira.
Com France Presse e Efe
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