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10/06/2008 - 12h06

Oposição cubana prefere que Obama ganhe eleições dos EUA

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da Efe, em Havana

A oposição interna de Cuba prefere que o próximo presidente dos Estados Unidos seja o democrata Barack Obama já que ele favorece reformas na ilha com sua política externa de diálogo aberto.

O economista Óscar Espinosa, um dos 75 opositores condenados na onda repressiva de 2003 do governo de Fidel Castro, diz que a vitória de Obama nas eleições presidenciais contra o republicano John McCain seria "muito positiva para Cuba" e garantiria "uma mudança de uma política cuja prática tem servido para manter o totalitarismo em Cuba e tem sido muito prejudicial".

"Uma atitude flexível como a de Obama pode ajudar os setores reformistas presentes no governo, no partido comunista e na sociedade cubana", afirmou Espinosa, que tem licença extra-penal por motivos de saúde.

O também dissidente Vladimiro Roca explicou que "a proposta do candidato democrata é a mais sensata", mas também a menos conveniente para o governo cubano, porque "rompe o esquema de sítio que mantém para justificar a repressão".

Para Roca, McCain, que provavelmente manteria a política de embargo a Cuba do presidente George W. Bush, ajudaria "a linha dura e o enfrentamento verbal para manter o status de que são um país sitiado pela maior potência do mundo".

Outro dissidente, Manuel Cuesta Morúa, do moderado Arco Progressista, destacou que o "discurso e a possível eleição de Obama não chegam em um bom momento porque, embora seja paradoxo, para que o governo possa realizar reformas, é necessário que McCain ganhe as eleições".

Segundo Morúa, a pressão sobre os EUA seria muito maior caso Obama ganhe as eleições, o "império perderia visibilidade para o povo cubano".

Segundo analistas consultados pela agência de notícias internacionais Efe, a perspectiva de uma mudança na política norte-americana com o novo presidente forçará Cuba a repensar sua estratégia com os Estados Unidos.

Sem descartar confrontos pontuais, como quando os candidatos forem a Miami, em reduto de exilados cubanos nos EUA, analistas concordam em dizer que o governo de Raúl Castro manterá um "perfil baixo" nos próximos meses, sem propagar acusações.

"A posição do governo diante da campanha presidencial dos EUA deve ser de perfil baixo, porque já não há discursos e não é a mesma coisa falar e escrever uma nota em um jornal", disse um dos analistas, em referência aos extintos discursos de Fidel.

Oposição, diplomatas e analistas esperam para ver a reação do atual líder cubano Raul Castro com a saída gradual de seu irmão, Fidel Castro, do governo que ditou por décadas.

Fidel

Fidel não aparece em público desde janeiro deste ano, mas escreve freqüentemente sobre as eleições norte-americanas em sua coluna "Reflexões", publicada pelos veículos governistas da ilha.

Castro criticou Obama em maio por anunciar que manteria o embargo à ilha e dizer que Cuba vivia sob uma ditadura. Contudo, ele afirmou que "do ponto de vista social e humano, é o candidato mais avançado" e que "não foi responsável pelos crimes cometidos pelos EUA contra Cuba e contra a humanidade".

Segundo suas colunas, Castro prefere a vitória de Obama porque "faria um enorme favor a seus adversários".

Fidel acusou McCain de ser um "instrumento da máfia" e chamou-o de "débil" em situações difíceis, mentiroso e defensor dos terroristas.

Comentários dos leitores
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
As "autoridades" de imigração dos eua encobriram maus-tratos a estrangeiros e falta de atendimento médico nos casos de detidos mortos na prisão nos últimos anos, denunciou o jornal "The New York Times". A informação é parte do conteúdo de documentos internos e confidenciais obtidos pela publicação e a ONG União Americana de Liberdades Civis. Ambos se acolheram a uma lei de transparência que obriga à divulgação deste tipo de informação pelo governo. Os documentos mencionam os casos de 107 estrangeiros que morreram nos centros de detenção para imigrantes desde outubro de 2003. "Certos funcionários, alguns deles ainda em postos-chave, usaram seu cargo para ocultar provas de maus-tratos, desviar a atenção da imprensa e preparar declarações públicas com desculpas, após ter obtido dados que apontavam os abusos". É mais uma da "democracia" estadounidense que vive apontando o dedo para os outros. Quanto tempo e quantas patifarias ainda faltam para que alguns reconheçam que "liberdade e democracia" são MITOS nos eua. Ali acontece todo o tipo de manipulação, tortura, conchavo, tráfico, suborno, violência, abuso, enfim, toda a sorte de patifarias. Os eua estão mergulhados no mais profundo colapso em TODOS os sentidos. Não dá mais para encobrir que eles não se diferenciam em nada de TODOS os regimes que criticam, mas, como tem o poder das armas e são totalmente influenciados pela doutrina nazi sionista racista e fascista, são os maiores e verdadeiros grandes TERRORISTAS do mundo. São os condutores das maiores mazelas nos 4 cantos e o povo estadounidense precisa recuperar o poder e realmente conseguir resgatar sua Nação. Para começar, é preciso ter presidentes de verdade e não fantoches de 2 partidos que têm os mesmos "senhores", o sionismo internacional. Vivemos um momento decisivo onde devemos apoiar a Resistência mundial e lutar para derrubar o eixo que venceu o outro eixo na 2ª guerra e construir um mundo livre voltado para o socialismo do século XXI. Não ao capitalismo e ao comunismo, duas faces da mesma moeda controladas pelos sionismo. sem opinião
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Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
A situação é periclitante, se antigamente se concedia o Nobel da Paz a quem de algum modo, plantava a paz no mundo, hoje (dada a escassez de boa fé geral) se concede o prémio a quem não faz a guerra... Como diria o sábio Maluf: "Antes de entrar queria fazer o bem, depois que entei, o máximo que conseguí foi evitar o mal"
Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
1 opinião
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honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
Considero ecelente vosso noticiario. Obrigado, aos 83 anos de mnha vida, 8 opiniões
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