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05/09/2008 - 08h01

Assessor diz que América Latina não será prioridade de McCain

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DANIEL BERGAMASCO
enviado especial da Folha de S.Paulo da St. Paul

A América Latina não é e não será uma região prioritária para a Casa Branca, disse ontem Otto Reich, consultor do candidato republicano John McCain para a região.

"Coloque-se no Salão Oval [e diga]: "Presidente, precisamos de uma ação em massa sobre a economia da América Latina." Ele vai olhar e dizer [com espanto]: OK. E Ahmadinejad [presidente do Irã]?", disse, em entrevista na sede da Convenção Republicana.

Questionado, então, se um possível governo McCain seria "mais do mesmo" para a região, Reich respondeu que será "melhor do mesmo", com estreitamento de parcerias comerciais. "Mas devo ser franco. Eu não gosto da campanha de Obama prometendo tantas coisas. Não usem essas palavras, mas não haverá um Plano Marshall", disse, referindo-se ao programa de recuperação de países europeus no pós-guerra.

Reich -que, de forte linha anticomunista, atuou no governo Ronald Reagan e foi subsecretário de Estado no governo George W. Bush- disse, contudo, que há preocupação com "países que dizem que os Estados Unidos são o mal" e citou os presidentes Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa (Equador) e Daniel Ortega (Nicarágua) como os "inimigos" na região. Quanto à transição de poder em Cuba, de Fidel Castro para o irmão Raúl, disse: "Só mudou o primeiro nome do ditador".

Sobre o Brasil, declarou que "o fato de um governo ser de esquerda não é um problema, desde que ele seja favorável à democracia".

"[Nas eleições de 2002], me pediam para interferir e não deixar Lula se tornar presidente. Eu respondia: desculpe, mas eu não voto lá." Quem pedia? "Alguns brasileiros, americanos e latino-americanos. É o que eu posso dizer."

Melhor que Obama

Reich disse também que, para a região, será pior se o democrata Barack Obama foi eleito. "Nós somos favoráveis a abrir mercados. Eles sempre foram contra. Obama é pressionado pelos sindicatos."

Após um repórter indagar se a vice de McCain, Sarah Palin, conseguiria localizar os países da América Latina no mapa, Reich disse: "Certamente melhor do que Obama. Mas veja, ela está concorrendo a vice-presidente. Eu acharia grave se um presidente não soubesse".

 

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