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26/09/2002
-
13h11
Dois dos mais influentes jornais norte-americanos, o "Washington Post" e o "New York Times", fizeram hoje uma séria advertência ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, reprovando a "politização" da crise iraquiana e as dúvidas que o presidente levantou sobre o patriotismo dos democratas.
"A manipulação cínica e irresponsável do presidente sobre a questão [iraquiana] ameaça afetar sua credibilidade", segundo o editorial do "Washington Post".
O "New York Times" se mostra igualmente agressivo e afirma no editorial que "ofender o patriotismo de qualquer pessoa é um problema, é injusto e, em última instância, antiamericano".
O debate sobre uma eventual intervenção militar dos EUA no Iraque ficou mais acirrado esta semana, quando Bush acusou o Senado (com maioria democrata de um voto) de estar "mais preocupado com os interesses particulares do que com a segurança do povo norte-americano". O líder democrata na Casa, Tom Daschle, declarou que tais afirmações eram escandalosas e exigiu que o presidente pedisse desculpas ao povo norte-americano por ter usado o debate para fins políticos.
A polêmica fica ainda maior se se considerar que os EUA estão a seis semanas de eleições legislativas parciais que influirão seriamente nas possibilidades de reeleição de Bush daqui a dois anos, além de decidirem a divisão de cadeiras no Senado já no ano que vem.
Para o "Washington Post", "a questão sobre se os Estados Unidos devem se lançar à guerra contra o Iraque deveria ser objeto de um debate amplo, prudente e sóbrio. Mas atualmente a questão é tratada unicamente como um tema político, que pode ser manipulado para se tirar o máximo de vantagens eleitorais".
Apesar de criticar duramente o presidente, o "Washington Post" não absolve os democratas por completo: acusa-os de querer aprovar rapidamente uma resolução que conceda a Bush amplos poderes para decidir o que fazer contra o Iraque simplesmente para voltar a trazer a questão econômica e os escândalos dos balanços maquiados de grandes empresas norte-americanas de volta ao centro da batalha eleitoral.
O "New York Times" também deplora a "politização" do debate e exige uma profunda discussão para "explicar ao povo norte-americano os potenciais efeitos de uma guerra".
Leia mais:
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Casa Branca nega que Bush tenha feito declarações contra democratas
Democratas acusam Bush de usar questão do Iraque com fins políticos
Bush deve pedir desculpas por usar Iraque com fins políticos, diz senador
Jornais dos EUA criticam Bush por usar crise iraquiana com fins políticos
da France Presse, em WashingtonDois dos mais influentes jornais norte-americanos, o "Washington Post" e o "New York Times", fizeram hoje uma séria advertência ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, reprovando a "politização" da crise iraquiana e as dúvidas que o presidente levantou sobre o patriotismo dos democratas.
"A manipulação cínica e irresponsável do presidente sobre a questão [iraquiana] ameaça afetar sua credibilidade", segundo o editorial do "Washington Post".
O "New York Times" se mostra igualmente agressivo e afirma no editorial que "ofender o patriotismo de qualquer pessoa é um problema, é injusto e, em última instância, antiamericano".
O debate sobre uma eventual intervenção militar dos EUA no Iraque ficou mais acirrado esta semana, quando Bush acusou o Senado (com maioria democrata de um voto) de estar "mais preocupado com os interesses particulares do que com a segurança do povo norte-americano". O líder democrata na Casa, Tom Daschle, declarou que tais afirmações eram escandalosas e exigiu que o presidente pedisse desculpas ao povo norte-americano por ter usado o debate para fins políticos.
A polêmica fica ainda maior se se considerar que os EUA estão a seis semanas de eleições legislativas parciais que influirão seriamente nas possibilidades de reeleição de Bush daqui a dois anos, além de decidirem a divisão de cadeiras no Senado já no ano que vem.
Para o "Washington Post", "a questão sobre se os Estados Unidos devem se lançar à guerra contra o Iraque deveria ser objeto de um debate amplo, prudente e sóbrio. Mas atualmente a questão é tratada unicamente como um tema político, que pode ser manipulado para se tirar o máximo de vantagens eleitorais".
Apesar de criticar duramente o presidente, o "Washington Post" não absolve os democratas por completo: acusa-os de querer aprovar rapidamente uma resolução que conceda a Bush amplos poderes para decidir o que fazer contra o Iraque simplesmente para voltar a trazer a questão econômica e os escândalos dos balanços maquiados de grandes empresas norte-americanas de volta ao centro da batalha eleitoral.
O "New York Times" também deplora a "politização" do debate e exige uma profunda discussão para "explicar ao povo norte-americano os potenciais efeitos de uma guerra".
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