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03/11/2008 - 10h19

Experiência do candidato a vice Joe Biden é um dos trunfos democratas

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CÉSAR MUÑOZ ACEBES
da Efe, em Washington

O candidato democrata à Vice-presidência dos Estados Unidos, Joseph Biden, 65, é um homem com um currículo de ouro e uma boca às vezes ágil demais. Católico, filho de um vendedor de automóveis, Biden goza de uma ligação especial com a classe trabalhadora branca, que apoiou Hillary Clinton nas primárias do partido.

Na campanha eleitoral raramente concordou com Obama, ao contrário dos candidatos que compõem a chapa republicana John McCain e Sarah Palin, que freqüentemente aparecem juntos nos comícios.

Os estrategistas democratas aproveitaram a experiência de Biden, que está no Senado desde 1973, para deixá-lo em campanha sozinho. Sua presença podia ser determinante no Estado da Pensilvânia, onde nasceu e no qual McCain colocou grande parte de suas esperanças para uma vitória do próximo dia 4 de novembro.

Seu périplo eleitoral não foi isento dos pequenos erros pelos quais é famoso. Em setembro passado, ao defender Hillary dos insultos de um eleitor, chegou a afirmar que dizer que ela teria sido uma candidata a vice melhor que ele. E, há poucos, dias predisse que uma crise internacional colocaria Obama a toda prova nos primeiros seis meses como presidente.

Seus rivais não desperdiçaram a oportunidade. "O senador Biden garantiu que se o senador Obama for eleito, teremos uma crise internacional que porá a toda prova o novo presidente", disse em um comício McCain, assinalando que o país não precisa de um presidente "que incite um teste".

Mesmo com esses episódios, Biden passou pela campanha sem chamar atenção da imprensa nacional. Nas cidades em que passou, ganhou foco por combater com furor as posturas de McCain sem perder o sorriso contra o senador, a quem chama de "amigo".

Passado

A vida pessoal de Biden, uma coisa muito importante para os americanos, é uma história de dedicação e perseverança. Sua mulher e sua filha mais velha morreram em um acidente causado por um motorista bêbado, em dezembro de 1972, pouco após sua eleição para o Senado pelo estado de Delaware, mas ele não se afogou na amargura e se apoiou nos outros dois filhos do casal.

Em seu único debate com Palin, no qual ela falou reiteradamente sobre seu papel de mãe de cinco filhos, mostrando que entende das preocupações das pessoas comuns, Biden não "mordeu a língua". "Sei o que é ser um pai solitário. Minha mulher e minha filha morreram, e meus dois filhos ficaram gravemente feridos, e entendo o que sente um pai quando se pergunta se seu filho crescerá bem", afirmou, enquanto continha as lágrimas.

Combina essa experiência próxima aos eleitores com uma reputação no Senado como um dos legisladores mais entendidos nos assuntos internacionais, adquirida como presidente do comitê de Relações Exteriores.

Tentou a Presidência duas vezes, a primeira a 1988 e a segunda este mesmo ano, embora nunca tenha passado dos primeiros movimentos das primárias de seu partido. Durante sua primeira tentativa descobriu-se que plagiou um discurso, uma mancha em seu currículo que o persegue desde então. Nesta segunda vez protagonizou alguns atritos com Obama, a quem criticou por sua falta de experiência.

Biden ainda votou a favor de dar ao presidente George W. Bush autorização legislativa para invadir o Iraque, enquanto Obama usou sua rejeição desde o princípio à guerra como prova de que o bom julgamento não depende de estar há muito tempo no Senado. Apesar destas diferenças, Obama abraçou Biden, que também é um especialista em assuntos constitucionais e dá aulas de direito em Delaware.

O senador se casou de novo em 1977 e tem outra filha, Ashley, uma assistente social. Em 1988 sofreu dois aneurismas que quase o mataram, mas se recuperou. Hoje, Biden aparenta ser a imagem e a voz da experiência de um Obama que confessou, que se for presidente, terá em Biden um de seus principais assessores em política externa.

Comentários dos leitores
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
As "autoridades" de imigração dos eua encobriram maus-tratos a estrangeiros e falta de atendimento médico nos casos de detidos mortos na prisão nos últimos anos, denunciou o jornal "The New York Times". A informação é parte do conteúdo de documentos internos e confidenciais obtidos pela publicação e a ONG União Americana de Liberdades Civis. Ambos se acolheram a uma lei de transparência que obriga à divulgação deste tipo de informação pelo governo. Os documentos mencionam os casos de 107 estrangeiros que morreram nos centros de detenção para imigrantes desde outubro de 2003. "Certos funcionários, alguns deles ainda em postos-chave, usaram seu cargo para ocultar provas de maus-tratos, desviar a atenção da imprensa e preparar declarações públicas com desculpas, após ter obtido dados que apontavam os abusos". É mais uma da "democracia" estadounidense que vive apontando o dedo para os outros. Quanto tempo e quantas patifarias ainda faltam para que alguns reconheçam que "liberdade e democracia" são MITOS nos eua. Ali acontece todo o tipo de manipulação, tortura, conchavo, tráfico, suborno, violência, abuso, enfim, toda a sorte de patifarias. Os eua estão mergulhados no mais profundo colapso em TODOS os sentidos. Não dá mais para encobrir que eles não se diferenciam em nada de TODOS os regimes que criticam, mas, como tem o poder das armas e são totalmente influenciados pela doutrina nazi sionista racista e fascista, são os maiores e verdadeiros grandes TERRORISTAS do mundo. São os condutores das maiores mazelas nos 4 cantos e o povo estadounidense precisa recuperar o poder e realmente conseguir resgatar sua Nação. Para começar, é preciso ter presidentes de verdade e não fantoches de 2 partidos que têm os mesmos "senhores", o sionismo internacional. Vivemos um momento decisivo onde devemos apoiar a Resistência mundial e lutar para derrubar o eixo que venceu o outro eixo na 2ª guerra e construir um mundo livre voltado para o socialismo do século XXI. Não ao capitalismo e ao comunismo, duas faces da mesma moeda controladas pelos sionismo. sem opinião
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Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
A situação é periclitante, se antigamente se concedia o Nobel da Paz a quem de algum modo, plantava a paz no mundo, hoje (dada a escassez de boa fé geral) se concede o prémio a quem não faz a guerra... Como diria o sábio Maluf: "Antes de entrar queria fazer o bem, depois que entei, o máximo que conseguí foi evitar o mal"
Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
1 opinião
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honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
Considero ecelente vosso noticiario. Obrigado, aos 83 anos de mnha vida, 8 opiniões
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