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Chefe de segurança israelense diz que Hamas reduziu condições para cessar-fogo
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da Folha Online
O chefe do Shin Bet, os serviços de segurança interior, Yuval Diskin, afirmou neste domingo, em reunião do gabinete de segurança israelense, que o movimento islâmico radical Hamas reduziu suas condições para um cessar-fogo na faixa de Gaza, nove dias depois das Forças de Defesa israelenses iniciarem, uma grande ofensiva militar contra o grupo, que deixa ao menos 460 mortos e cerca de 2.350 feridos.
"Há sinais de que o Hamas reduziu suas exigências em relação às condições de um cessar-fogo", disse Diskin, citado pelo "Haaretz", sem especificar quais condições o Hamas abriu mão.
O Hamas, que tomou o controle da faixa de Gaza em 2007, exige que Israel derrube o bloqueio à região e abra todas as passagens. Israel não se mostrou disposto a ceder às exigências e afirmou que só negociará um cessar-fogo com garantias efetivas de que o Hamas interromperá o lançamento der foguetes contra seu território.
Segundo Israel, a ofensiva é uma resposta à violação --e lançamento de foguetes-- do Hamas da trégua de seis meses assinada com Israel e que acabou oficialmente no último dia 19. Desde o início dos bombardeios israelenses, o Hamas intensificou o lançamento de foguetes sobre o sul de Israel, em ataques que mataram quatro pessoas.
Segundo Diskin, a ofensiva militar de Israel na faixa de Gaza, que foi ampliada neste sábado (3) com a invasão do Exército na região, causou danos sem precedentes à infraestrutura e ao pessoal do Hamas.
Hamas "foi atingido como nunca antes", disse, acrescentando que os principais líderes do Hamas estão escondidos em hospitais de Gaza, onde "se disfarçam de médicos e enfermeiras".
"Muitos oficiais do Hamas estão escondidos em mesquitas de Gaza, esperando que Israel não ataque as casas de oração muçulmanas", disse ainda Diskin.
O chefe de inteligência das Forças de Defesa israelense, Amos Yadlin, também falou na reunião do gabinete de segurança, que conta com a presença do primeiro-ministro, Ehud Olmert, e de todo o gabinete ministerial.
Ele afirmou, segundo o "Haaretz", que o Hamas foi duramente atingido pela ofensiva militar israelense, que "matou centenas de terroristas e prejudicou sua habilidade de construir armas".
Yadlin afirmou ainda que a população palestina deve se tornar cada vez mais crítica do poder do Hamas na região. "Hamas se fez um objeto de ódio no mundo e na região, jogando-se entre os piores do mundo, com o Irã e a Síria", disse.
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