Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/06/2009 - 14h24

Veja os principais pontos do discurso do líder supremo do Irã

Publicidade

da Folha Online

Em sua primeira aparição pública desde o início da crise política no Irã, o líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, defendeu a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, rejeitou as denúncias da oposição de fraude eleitoral e alertou os manifestantes que devem parar com os protestos que ocupam as ruas de Teerã há seis dias.

Nas ruas próximas à Universidade de Teerã, centenas de milhares de pessoas escutaram as declarações de Khamenei sob o sol e a chuva, sentados sobre tapetes e jornais. Desde a manhã, dezenas de ônibus e carros levaram uma multidão de pessoas que, de todos os pontos do país, se dirigiram para emblemática Avenida Equelab, que ficou lotada.

A maioria levou fotos do fundador da República Islâmica, o aiatolá Ruhollah Khomeini, e do próprio líder, que subiu ao palanque excepcionalmente na Universidade Teerã para dar o sermão de sexta-feira.

Com a chegada de Khamenei à Universidade, uma multidão gritou "mataremos quem atacar Khamenei" e "pelo líder daremos nosso sangue" diante da imprensa.

Veja os principais pontos do discurso de Khamenei

Vitória definitiva

Khamenei rejeitou as acusações de fraude afirmando que é impossível fraudar 11 milhões de votos --a diferença entre os votos do presidente Ahmadinejad e o principal candidato da oposição, Mir Hossein Mousavi.

"Há uma diferença de 11 milhões de votos. Como alguém pode fraudar 11 milhões de votos?", disse. "O povo escolheu quem queria. A eleição demonstrou a confiança no regime islâmico", disse, argumentando que o pleito teve uma participação recorde de 85%.

Este discurso encerra todas as chances da oposição de conseguir uma recontagem total dos votos ou mesmo a anulação do pleito, já que Khamenei controla o Conselho dos Guardiães, órgão responsável por ratificar os resultados da eleição.

Fim dos protestos

Khamenei alertou ainda os manifestantes, em sua maioria apoiadores de Mousavi, que encerrem os protestos nas ruas e que eles serão responsáveis pelo caos causado caso insistam em continuar com as manifestações diárias.

"As eleições são ganhas nas urnas e não nas ruas", disse Khamenei. "Os confrontos nas ruas são inaceitáveis. É um desafio à democracia depois da conclusão das eleições".

"É um erro acreditar que com movimentos de rua se consiga que os responsáveis do sistema iraniano atuem a favor de seus interesses. Se os atos continuam voltarei a falar de forma mais clara", ameaçou.

Culpa

Khamenei culpou ainda os países ocidentais e a mídia estrangeira --nomeando especificamente o Reino Unido e os EUA-- de tentar criar os distúrbios políticos e encorajar caos no Irã.

Esse é um discurso comum aos líderes iranianos, que culpam inimigos estrangeiros por planos de derrubar a teocracia iraniana. O tom do discurso de Khamenei, contudo, não foi visto como o fim dos esforços pelo diálogo entre Irã e EUA.

"Depois dos protestos nas ruas, algumas potências estrangeiras [...] começaram a interferir nos assuntos do Estado questionando o resultado do voto. Eles não conhecem a nação iraniana. Eu condeno duramente tal interferência", disse Khamenei.

Festa histórica

Khamenei classificou ainda de uma "festa histórica" a eleição presidencial do último dia 12 e afirmou que o "povo escolheu quem queria" como presidente do Irã, na votação da semana passada criticada pela oposição e que terminou com a reeleição do presidente Ahmadinejad.

"A eleição demonstrou a confiança no regime islâmico", afirmou.

Comentários dos leitores
Valentin Makovski (217) 03/11/2009 15h23
Valentin Makovski (217) 03/11/2009 15h23
Eu não duvido de nada, se os EUA em alguns anos, implantarem algumas bases de mísseis de longo alcance no Iraque, pois estão lá e tem mais de 100 mil soldados, agora lógico. A Russia esta fazendo o mesmo apoio ao Irã, Pra ser mais exato, a guerra fria ainda não acabou só mudou de época. Lógico com vantagem dos EUA, mas a Russia tem seus prô e contras, ainda tem tecnologia suficiente e possui o maior arsenal de bombas atômicas. EUA estão no paquistão não para combater o Taliban, estão presentes numa região que demanda conflitos eternos, e que sempre terá um para vender armas, e tecnologia. Sabemos de praxe Srs (as) que guerras são grande negócios, em valores astronômicos. Antes não se dava ênfase á aquela região, hoje em dia a região é estratégica para as super potencias, envolve muito dinheiro e conflitos a vista. Por isso tanto interesse e tanta movimentação bélica. sem opinião
avalie fechar
J. R. (1126) 18/10/2009 13h21
J. R. (1126) 18/10/2009 13h21
RU treina soldados iraquianos para proteger seus poços de petróleo.
"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
1 opinião
avalie fechar
J. R. (1126) 28/09/2009 14h07
J. R. (1126) 28/09/2009 14h07
Alguns não querem que o Brasil se aproxime do Irã, outros não querem que se aproxime do criminoso Israel, porém lembrem-se que estão num país que não tem rabo preso. O presidente do Irã virá, o ministro de Israel, Kadafi, Obama. Isso é liberdade e autodeterminação. De que adianta essa panacéia com relação ao mundo árabe? Nada. 1 opinião
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (471)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página