Publicidade
Publicidade
Veja os principais pontos do discurso do líder supremo do Irã
Publicidade
da Folha Online
Em sua primeira aparição pública desde o início da crise política no Irã, o líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, defendeu a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, rejeitou as denúncias da oposição de fraude eleitoral e alertou os manifestantes que devem parar com os protestos que ocupam as ruas de Teerã há seis dias.
Nas ruas próximas à Universidade de Teerã, centenas de milhares de pessoas escutaram as declarações de Khamenei sob o sol e a chuva, sentados sobre tapetes e jornais. Desde a manhã, dezenas de ônibus e carros levaram uma multidão de pessoas que, de todos os pontos do país, se dirigiram para emblemática Avenida Equelab, que ficou lotada.
A maioria levou fotos do fundador da República Islâmica, o aiatolá Ruhollah Khomeini, e do próprio líder, que subiu ao palanque excepcionalmente na Universidade Teerã para dar o sermão de sexta-feira.
Com a chegada de Khamenei à Universidade, uma multidão gritou "mataremos quem atacar Khamenei" e "pelo líder daremos nosso sangue" diante da imprensa.
Veja os principais pontos do discurso de Khamenei
Vitória definitiva
Khamenei rejeitou as acusações de fraude afirmando que é impossível fraudar 11 milhões de votos --a diferença entre os votos do presidente Ahmadinejad e o principal candidato da oposição, Mir Hossein Mousavi.
"Há uma diferença de 11 milhões de votos. Como alguém pode fraudar 11 milhões de votos?", disse. "O povo escolheu quem queria. A eleição demonstrou a confiança no regime islâmico", disse, argumentando que o pleito teve uma participação recorde de 85%.
Este discurso encerra todas as chances da oposição de conseguir uma recontagem total dos votos ou mesmo a anulação do pleito, já que Khamenei controla o Conselho dos Guardiães, órgão responsável por ratificar os resultados da eleição.
Fim dos protestos
Khamenei alertou ainda os manifestantes, em sua maioria apoiadores de Mousavi, que encerrem os protestos nas ruas e que eles serão responsáveis pelo caos causado caso insistam em continuar com as manifestações diárias.
"As eleições são ganhas nas urnas e não nas ruas", disse Khamenei. "Os confrontos nas ruas são inaceitáveis. É um desafio à democracia depois da conclusão das eleições".
"É um erro acreditar que com movimentos de rua se consiga que os responsáveis do sistema iraniano atuem a favor de seus interesses. Se os atos continuam voltarei a falar de forma mais clara", ameaçou.
Culpa
Khamenei culpou ainda os países ocidentais e a mídia estrangeira --nomeando especificamente o Reino Unido e os EUA-- de tentar criar os distúrbios políticos e encorajar caos no Irã.
Esse é um discurso comum aos líderes iranianos, que culpam inimigos estrangeiros por planos de derrubar a teocracia iraniana. O tom do discurso de Khamenei, contudo, não foi visto como o fim dos esforços pelo diálogo entre Irã e EUA.
"Depois dos protestos nas ruas, algumas potências estrangeiras [...] começaram a interferir nos assuntos do Estado questionando o resultado do voto. Eles não conhecem a nação iraniana. Eu condeno duramente tal interferência", disse Khamenei.
Festa histórica
Khamenei classificou ainda de uma "festa histórica" a eleição presidencial do último dia 12 e afirmou que o "povo escolheu quem queria" como presidente do Irã, na votação da semana passada criticada pela oposição e que terminou com a reeleição do presidente Ahmadinejad.
"A eleição demonstrou a confiança no regime islâmico", afirmou.
Leia mais notícias sobre a eleição iraniana
- Líder supremo do Irã nega fraude em eleição e alerta manifestantes
- Analistas veem disputa entre clero e militares no Irã
- Líder supremo do Irã defende Ahmadinejad e culpa "inimigos do Islã" por crise
Outras notícias internacionais
- Obama reafirma compromisso com ampla reforma migratória
- União Europeia pede libertação "imediata" de opositora birmanesa
- Líder supremo do Irã endossa vitória de Ahmadinejad; assista
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice
avalie fechar
"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
avalie fechar
avalie fechar