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03/10/2009 - 18h50

Oposição protesta em Honduras; Zelaya faz nova oferta de diálogo

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da Folha Online

Centenas de pessoas participaram neste sábado, no bairro El Pedregal, em Tegucigalpa, capital hondurenha, de um protesto para exigir a restituição do presidente deposto Manuel Zelaya e a suspensão do decreto de estado de sítio de domingo passado (27) que restringe por 45 dias as liberdades civis. Refugiado na embaixada brasileira desde o dia 21 de setembro, Zelaya fez uma nova proposta de diálogo para solucionar a crise política causada pela sua destituição.

Veja a cronologia da crise política em Honduras
Veja galeria de imagens do conflito hondurenho

Desafiando o estado de sítio que restringe as liberdades de locomoção, de reunião e de expressão do pensamento e autoriza as detenções sem ordem judicial prévia, a Frente de Resistência contra o Golpe de Estado organizou um festival de arte no bairro onde, há duas semanas, ocorreram saques e choques entre manifestantes e policiais.

Oswaldo Rivas/Reuters
Manifestantes que apoiam o presidente deposto Manuel Zelaya participam de protesto em bairro da capital Tegucigalpa
Manifestantes que apoiam o presidente deposto Manuel Zelaya participam de protesto em bairro da capital Tegucigalpa

Muitos vestiam camisetas verdes, que se converteram no símbolo de repúdio às restrições impostas pelo governo à liberdade de expressão.

Em outro setor da capital, na movimentada avenida Morazán, diante das instalações da emissora favorável a Zelaya, a Rádio Globo, que foi fechada nesta semana em cumprimento ao decreto, um grupo de jornalistas e funcionários também protestou.

Rafael Alegría, dirigente camponês da frente, afirmou que vários protestos estão sendo realizados por todo o país.

Ele afirmou à agência France Presse que os protestos chegaram à Penitenciária Nacional, no norte de Tegucigalpa, onde 38 agricultores hondurenhos iniciaram neste sábado uma greve de fome por tempo indeterminado para exigir a volta de Zelaya ao poder.

Os agricultores foram presos em uma operação da polícia de Honduras na quarta-feira passada (30) para desocupar o prédio do Instituto Nacional Agrário (Ina), onde eles moravam há três meses, desde que Zelaya foi deposto em golpe de Estado, em 28 de junho.

Os candidatos presidenciais também retomaram neste sábado as ações de campanha em Tegucigalpa e no interior, após uma pausa de uma semana.

Proposta

Da embaixada brasileira, Zelaya propôs neste sábado uma agenda de três pontos para iniciar o diálogo por uma solução à crise política.

Segundo o assessor de Zelaya, Carlos Eduardo Reina, citado pela agência Efe, o presidente deposto está disposto a discutir modificações no Acordo de San José, proposta apresentada pelo mediador da crise, o presidente da Costa Rica, Oscar Arias, e que inclui a restituição de Zelaya ao poder sob um governo de coalizão.

O acordo foi aceito por Zelaya, mas rejeitado reiteradamente pelo governo interino liderado por Roberto Micheletti que não aceita negociar sua restituição ao poder.

"O primeiro ponto é a aprovação e assinatura do Acordo de San José; o segundo, as mudanças que possam ser feitas no acordo do presidente Arias, e o terceiro, que seja cumprido com fiadores nacionais e internacionais", disse Reina.

Segundo Reina, Zelaya aceita modificações no Acordo de San José, porque o cenário que havia quando propôs seu plano, em meados de julho, era diferente do atual, mas não precisou os pontos que seriam modificados.

Prazo

Zelaya anunciou a proposta com a expectativa que na próxima semana o diálogo seja retomado e, com isso, encontrada uma solução para crise, precedida de intensas gestões diplomáticas e encontros discretos entre representantes políticos e de outros setores de ambas as partes.

O diálogo seria assim retomado durante a visita de uma missão de chanceleres da OEA (Organização dos estados Americanos) em mais um esforço da comunidade internacional para mediar a crise, que, desde a volta de Zelaya ao país, não avançou para um diálogo.

Antes da missão de chanceleres, chegou um grupo técnico da OEA que se encarregará de preparar a reunião dos chanceleres com diferentes setores sociais do país, a fim de superar a crise por causa do golpe de Estado contra Zelaya.

Comentários dos leitores
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Sobre o comentário do nosso estimado Diplomata, dizendo ele, que o nosso país inspira o desarmamento mundial; apenas brinco: "Nosso Amorim é um gozador!... sem opinião
avalie fechar
sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
como tem pirado escrevendo e enviando os seus comentários. os textos chegam ser manifestações de humorismo involuntário.
Peço àqueles que discordam das bobagens escritas, sejam condescentes com os pirados da silva.
Pai, perdoi, eles não sabem o que escrevem. Descansem em paz, pirados.
sem opinião
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John Reed (41) 02/02/2010 03h21
John Reed (41) 02/02/2010 03h21
A realidade é inexorável.
Ideologias fajutas não passam de blá-blá-blá porque são míopes para enxergar qualquer coisa. Mas certamente não querem ver nada porque acham que já pensaram em tudo. Aí quando a realidade contraria a 'verdade' ideológica as coisas começam a ficar violentas.
Já viu uma criança contrariada? Pois é. Parece que o brinquedo favorito do Coronel Presidente Hugo Chávez se recusa a funcionar como ele deseja. E isso acaba refletindo em alguns nesse fórum, que contrariados produzem textos violentos tanto no estilo quanto no conteúdo.
Uma política carioca, médica, disse (isso ninguém me contou), no ocaso dos países comunista pós Muro, que o ideal e modelo de país a ser seguido eram os da Albânia. Caramba! Isso tem 20 anos.
É pra dar medo: o que a crença em ideologias ou dogmas pode fazer com uma pessoa culta e inteligente. Como já disse, a realidade é desagradavelmente real para alguns.
2 opiniões
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