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30/12/2009 - 12h15

Aiatolá iraniano critica repressão e pede soltura de presos no Irã

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da Efe, em Teerã

O aiatolá iraniano Ali Mohamad Dastgheib pediu nesta quarta-feira, em comunicado divulgado no site opositor Nasim e Farda, que os seus colegas rompam com a "lei do silêncio" e evitem atos que contradizem a sharia (lei islâmica), ainda que eles sejam cometidos sob a justificativa de proteger o sistema.

O alto clérigo xiita, que vive na cidade meridional de Shiraz, pediu a prisão dos responsáveis pelas mortes ocorridas nos protestos de domingo (27), dia da Ashura, a mais sagrada festa xiita. Houve confronto entre manifestantes opositores do governo e as forças de segurança. Segundo o governo, oito morreram, incluindo o sobrinho do opositor Mir Hussein Mousavi. Para a oposição, porém, os mortos somam 15.

"Peço aos verdadeiros ulemás de todas as cidades que rompam o silêncio e cumpram seu dever e peçam ao sistema que respeite a Constituição para que a Revolução [...] fique livre dos fanáticos", disse. "Volto a repetir que o Conselho deve escutar as demandas lógicas do povo muçulmano, seguir o Alcorão, a Sunna e a Constituição do Irã, soltar os presos e evitar os atos que contradizem a sharia com a desculpa de proteger o sistema", afirmou o aiatolá.

O chefe da polícia iraniana, o general Esmail Ahmadi Moghadam, disse nesta quarta-feira que o país prendeu mais de 500 pessoas suspeitas de envolvimento nos protestos de domingo das quais cerca de 300 permanecem sob a custódia do Estado.

Entre os presos há pelo menos dez importantes nomes da oposição reformista do país, além da irmã da advogada iraniana Shirin Ebadi, prêmio Nobel da Paz em 2003, e o jornalista sírio Reza al Basha, 27, que trabalha para a TV oficial de Dubai.

 

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