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Em golpe aos EUA, Israel reafirma que manterá construções em Jerusalém Oriental
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da Folha Online
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou neste domingo que o país não vai restringir as construções em Jerusalém Oriental, território ocupado sem o reconhecimento internacional e que os palestinos pleiteiam como capital de um futuro Estado.
O anúncio, feito horas antes de viajar aos Estados Unidos, foi um golpe a Washington, que pede que Israel congele as construções para que possa haver negociação com a Autoridade Nacional Palestina (ANP).
A presidência da ANP acusou Israel neste domingo de impor obstáculos ao reatamento do diálogo com sua política de colonização de Jerusalém Oriental e de responder aos esforços diplomáticos com o assassinato de palestinos.
Ao abrir a reunião semanal que tem com seus ministros, Netanyahu disse que "a mensagem de Israel durante a visita aos EUA será clara e incisiva: nossa política (de construção) em Jerusalém é a mesma de 42 anos atrás", quando os israelenses começaram a ocupar o lado leste da cidade após a vitória na Guerra dos Seis Dias (1967).
"Construir em Jerusalém é como construir em Tel Aviv, e temos que deixar isto claro aos americanos", declarou o premiê.
Netanyahu e o ministro da Defesa, Ehud Barak, viajam na noite deste domingo para os EUA, onde participarão da convenção anual dos lobistas do Comitê de Assuntos Públicos Americano-Israelense (Aipac, na sigla em inglês).
Durante a visita, o chefe do Executivo israelense conversará com representantes do governo de Barack Obama sobre paz, segurança, Irã e Jerusalém, segundo a edição eletrônica do jornal "Yedioth Ahronoth".
O emissário americano para o Oriente Médio, George Mitchell, convidou Netanyahu, a se encontrar com o presidente Obama na próxima terça-feira (23) em Washington.
A tensão entre Israel e os EUA começou na semana passada, quando as autoridades israelenses aprovaram um plano para a construção de 1.600 casas em Jerusalém Oriental.
O anúncio da ampliação da colônia foi feito durante a visita do vice-presidente americano, Joe Biden, à região e um dia depois de o enviado americano George Mitchell ter divulgado a retomada das conversas de paz indiretas entre israelenses e palestinos.
A conduta de Israel foi considerada um "insulto e Biden condenou com firmeza a decisão das autoridades israelenses. O episódio foi considerado uma crise histórica entre os dois aliados.
O episódio deixou Netanyahu em uma situação difícil para encontrar uma fórmula para reparar as relações com os EUA e não afastar os partidos conservadores da coalizão governista.
Com agências internacionais
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