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11/11/2004 - 03h11

Saiba mais sobre Suha, a mulher de Arafat

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da Folha Online

Suha Tawil, 42, separada há anos de seu marido, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) Iasser Arafat, continua sendo uma de suas aliadas mais fiéis, mesmo que criticada por seu estilo de vida, julgado por muitos críticos como "extravagante", e sua falta de tato.

Criada no seio de uma rica família cristã, conheceu Arafat quando era estudante da Universidade de Paris-Sorbonne, na França.

AP
Suha, mulher de Arafat
Depois, Suha foi contratada para atuar na área de Relações Públicas da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), quando Arafat estava exilado na Tunísia. Mais tarde, Suha se tornou a conselheira financeira do líder, antes de se casar com Arafat secretamente em 1990.

A filha única do casal, Zahwa, nasceu há nove anos em um hospital em Paris. A partir do nascimento da menina, a vida conjugal do casal rapidamente se encaminhou para uma separação de fato.

O gosto de Suha por roupas luxuosas, totalmente criticado, é oposto aos costumes de Arafat, com seu eterno uniforme de veterano militar, seu modo austero de vida e sua obsessão pela política.

Suha, que se converteu ao islamismo, queixou-se uma vez --em declarações a um jornal egípcio-- que Arafat nunca lhe presenteava com jóias e que levava uma vida "celibatária" ao lado do marido.

"Me oferece como presentes símbolos da revolução palestina", disse em uma das entrevistas concedidas.

"Casada com um mito", segundo suas próprias palavras, Suha permaneceu leal ao sonho de um Estado palestino, acalentado por Arafat.

A mulher do líder chegou a afirmar também que a "maior honra" seria sacrificar um filho pela causa palestina e aprovou, várias vezes, os atentados suicidas.

Nesta sexta-feira, Suha foi até Ramallah encontrar Arafat, já debilitado pela doença, para acompanhar o marido até a França.

Militante

Suha esteve várias vezes em confronto direto com autoridades ocidentais, ao tratar sobre a causa palestina.

Uma vez, ao saudar a então primeira-dama Hillary Clinton, como uma das personagens políticas que mais admirava, a mulher de Arafat lançou uma série de acusações contra Israel, dizendo que o país era responsável pelo aumento da taxa de câncer entre os palestinos.

Um alto funcionário palestino, na época, foi obrigado a pedir desculpas oficiais a Washington.

No ano passado, a França abriu uma investigação preliminar sobre a transferência de altas somas financeiras, de origem suspeita, a conta bancária de Suha, em um banco parisiense.

Suha acusou o inimigo jurado de Arafat, o primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, de instigar a imprensa contra ela.

Com France Presse

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