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11/11/2004
-
11h40
da France Presse, em Jerusalém
O líder do Partido Trabalhista israelense, Shimon Peres, que compartilhou o Prêmio Nobel da Paz em 1994 com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser Arafat, afirmou nesta quinta-feira que o líder palestino cometeu um "erro ao tomar a via do terrorismo."
"Arafat cometeu um grande erro ao ir pelo caminho do terrorismo e todos nós pagamos por isso", afirmou Peres nesta quinta-feira, durante um pronunciamento à rádio militar israelense.
"Nos últimos anos ele tentou ser popular, mas um dirigente, às vezes, deve saber ir contra a corrente da opinião pública", acrescentou Peres, um dos autores dos acordos para a autonomia palestina assinados em 1993 entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), dirigida por Arafat.
Peres disse ainda que o líder palestino percorreu parte do caminho certo ao reconhecer as fronteiras de Israel demarcadas em 1967, sem o qual, segundo ele, nenhum avanço seria possível.
"Os sucessores, Abu Mazen [Mahmoud Abbas, o número dois da OLP] e Abu Ala [Ahmed Korei, o primeiro-ministro palestino], são pessoas sérias que desejam a paz, mas não estão dispostas a fazer concessões facilmente. As negociações com eles também serão difíceis", afirmou o político.
"É necessário dar aos dois meios para atuar", disse, lembrando que a morte de Arafat vira uma página e oferece uma oportunidade histórica para a concretização de um acordo de paz entre palestinos e israelenses.
O dirigente opositor também considerou necessário aplicar o plano de retirada unilateral da faixa de Gaza, elaborado pelo primeiro-ministro israelense Ariel Sharon. "Temos de seguir com este projeto e verificar se há outras possibilidades", afirmou.
Peres disse que não irá aos funerais em Ramallah [Cisjordânia] porque os seus "laços com Arafat" foram quebrados há dois anos, por motivos de segurança.
Peres e Yitzhak Rabin, primeiro-ministro israelense assassinado em 1995, receberam o Prêmio Nobel da Paz ao lado de Arafat. Ambos haviam participado da cerimônia de assinatura dos acordos de autonomia em setembro de 1993, nos jardins da Casa Branca.
Arafat, 75 , morreu na madrugada desta quinta-feira em um hospital militar na França, onde estava internado desde o dia 29 de outubro.
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"Arafat cometeu um grande erro ao ir pelo caminho do terrorismo e todos nós pagamos por isso", afirmou Peres nesta quinta-feira, durante um pronunciamento à rádio militar israelense.
"Nos últimos anos ele tentou ser popular, mas um dirigente, às vezes, deve saber ir contra a corrente da opinião pública", acrescentou Peres, um dos autores dos acordos para a autonomia palestina assinados em 1993 entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), dirigida por Arafat.
Peres disse ainda que o líder palestino percorreu parte do caminho certo ao reconhecer as fronteiras de Israel demarcadas em 1967, sem o qual, segundo ele, nenhum avanço seria possível.
"Os sucessores, Abu Mazen [Mahmoud Abbas, o número dois da OLP] e Abu Ala [Ahmed Korei, o primeiro-ministro palestino], são pessoas sérias que desejam a paz, mas não estão dispostas a fazer concessões facilmente. As negociações com eles também serão difíceis", afirmou o político.
"É necessário dar aos dois meios para atuar", disse, lembrando que a morte de Arafat vira uma página e oferece uma oportunidade histórica para a concretização de um acordo de paz entre palestinos e israelenses.
O dirigente opositor também considerou necessário aplicar o plano de retirada unilateral da faixa de Gaza, elaborado pelo primeiro-ministro israelense Ariel Sharon. "Temos de seguir com este projeto e verificar se há outras possibilidades", afirmou.
Peres disse que não irá aos funerais em Ramallah [Cisjordânia] porque os seus "laços com Arafat" foram quebrados há dois anos, por motivos de segurança.
Peres e Yitzhak Rabin, primeiro-ministro israelense assassinado em 1995, receberam o Prêmio Nobel da Paz ao lado de Arafat. Ambos haviam participado da cerimônia de assinatura dos acordos de autonomia em setembro de 1993, nos jardins da Casa Branca.
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