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05/02/2006 - 17h27

Greve convocada por guerrilha maoísta pára capital do Nepal

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da Efe, em Katmandu

Uma greve geral convocada pela guerrilha maoísta do Nepal para tentar impedir a realização das eleições municipais da próxima quarta-feira (8) parou neste domingo a capital do país, Katmandu.

Enquanto as lojas do interior da cidade estavam abertas, os principais shoppings permaneceram fechados, assim como os centros educacionais e as instituições privadas do país.

Apesar da segurança reforçada em todo país, quase todos os quartéis da polícia e do Exército foram fechados diante do temor de outros ataques.

No entanto, o movimento em Katmandu não diminuiu tanto como nas greves gerais anteriores.

O Ministério do Interior nepalês afirmou que estava disposto a adotar medidas duras para prevenir qualquer tentativa de greve.

Além disso, fora da capital e em áreas como Nepalganj, Pokhara e Biratnagar, a vida normal foi paralisada por causa da greve, e várias estradas importantes do país ficaram desertas após as ameaças dos rebeldes maoístas de que haviam colocado bombas nas vias.

Embora não haja informações de incidentes violentos no primeiro dia da greve, um grupo de supostos maoístas incendiou um ônibus na estrada Prithvi ontem à noite.

Segundo as fontes de segurança, todos os passageiros foram salvos, mas o veículo ficou totalmente destruído.

Os maoístas realizaram este ataque para garantir o sucesso da greve geral que convocaram entre os dias 5 e 11 de fevereiro como forma de se oporem às eleições municipais do país, afirmam testemunhas.

A decisão dos rebeldes pela greve geral foi tomada apesar do apelo dos sete partidos políticos da oposição.

Hoje de manhã, a polícia prendeu mais de vinte ativistas políticos da oposição na cidade oriental de Biratnagar. Eles foram detidos quando realizavam uma manifestação pacífica contra a realização das eleições municipais

A guerrilha maoísta pegou em armas em 1996 para derrotar a monarquia e defender um regime comunista neste pequeno país do Himalaia.

A crise política do país se agravou muito há pouco mais de um ano, quando o rei Gyanendra destituiu o governo do primeiro-ministro Sher Bahadur Deuba, assumiu o poder absoluto e passou a governar o país com mão de ferro.

A guerrilha maoísta, os principais partidos políticos do país e a comunidade internacional exigem a restauração da democracia no reino.

Os grupos políticos e os rebeldes são contrários à convocação de eleições municipais por um governo que consideram inconstitucional e ilegal.

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