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06/02/2006 - 15h31

Irã corta laços comerciais com Dinamarca em repúdio a charges

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da Folha Online

O Irã cortou todos os vínculos comerciais com a Dinamarca em razão da publicação das charges do profeta Maomé, declarou o ministro iraniano do Comércio, Massoud Mirkazemi, citado pela agência de notícias ISNA.

"Todos os laços comerciais com a Dinamarca foram cortados", declarou Mirkazemi em entrevista à imprensa.

O ministro informou que, a partir de amanhã, todos os produtos dinamarqueses serão barrados na alfândega do país. O Irã importa anualmente cerca de US$ 280 milhões em bens da Dinamarca.

No Oriente Médio foram feitas ameaças no último final de semana contra a Dinamarca, queimadas bandeiras do país escandinavo e está sendo realizada uma campanha de boicote aos produtos dinamarqueses.

Dezenas de comerciantes palestinos da rua Saladino, de Jerusalém Oriental, colocaram na entrada de suas lojas bandeiras dinamarquesas para serem usadas como capachos para limpar os pés em protesto contra a publicação das caricaturas do profeta Maomé.

Além disso, dezenas de jovens palestinos jogaram pedras no sábado (4) contra a sede da União Européia em Gaza, ferindo policiais palestinos.

Em Nazaré, norte de Israel, milhares de muçulmanos protestaram pelas ruas da cidade contra a publicação das caricaturas na Europa.

Em Londres, cerca de 400 pessoas protestaram ante a embaixada da Dinamarca contra a publicação das charges, pedindo que a totalidade dos países europeus pressione seus meios de comunicação.

Afeganistão

Centenas de afegãos entraram em confronto com policiais e soldados nesta segunda-feira durante uma manifestação contra a publicação de charges do profeta Maomé em jornais europeus. Duas pessoas morreram e seis ficaram feridas.

Na cidade de Mehtarlam (centro), policiais dispararam contra manifestantes depois que um homem na multidão atirou contra a polícia e outros lançaram pedras e facas, segundo Dad Mohammed Rasa, porta-voz do Ministério do Interior.

Em Cabul (capital), um grupo de 200 manifestantes tentou invadir o escritório da missão diplomática dinamarquesa, mas foi impedido por policiais. O grupo então lançou pedras contra o prédio e agrediu policiais.

Alguns manifestantes se dirigiram à base do Exército americano em Cabul e lançaram pedras contra as janelas do prédio. Veículos das tropas de paz da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que estavam abandonados no centro da cidade também foram apedrejados.

Cerca de 3.000 pessoas realizaram protestos pacíficos em outras cidades.

Na cidade de Taluqan (norte), mais de 2.000 pessoas marcharam pelas ruas e atiraram pedras contra um prédio do governo e postos das polícia, segundo o comandante Mohammed Zaman. Não houve relato de vítimas.

Com agências internacionais

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