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18/02/2006
-
19h24
da France Presse, em Trípoli
Onze pessoas, entre elas quatro estrangeiros, morreram e outros 35 ficaram feridas na sexta-feira, durante uma manifestação de protesto contra as caricaturas do profeta Maomé ante o consulado italiano de Benghazi, no leste da Líbia, anunciou neste sábado Seif al Islam Kadhafi, filho do dirigente líbio.
O primeiro secretário da embaixada da Itália em Trípoli, Dominico Bellatoni, informou na véspera que eram dez os manifestantes mortos.
As palavras "provocadoras e ofensivas" contra o islã do ministro italiano Roberto Calderoli foram responsáveis pelo protesto de sexta-feira, afirmou neste sábado a Fundação Kadafi.
Em função da repercussão de seus atos, Calderoli apresentou neste sábado sua renúncia, que havia sido pedida pelo primeiro-ministro Silvio Berlusconi e pelos dirigentes de todos os partidos no governo após as violentas manifestações de sexta-feira.
Segundo a polícia, nenhum italiano ficou ferido quando os cerca de mil manifestantes atacaram o prédio consular e incendiaram seu primeiro andar.
Segundo a televisão líbia, as autoridades de Benghazi pediram à promotoria que investigue o comportamento da polícia frente aos manifestantes. A polícia tentou impedi-los de se aproximar do consulado, mas não conseguiram impedir que alguns ateassem fogo ao prédio.
A manifestação de Benghazi foi a primeira registrada contra interesses italianos num país muçulmano desde que a crise surgida com a publicação das charges de Maomé na Europa.
Paralelo a isso, as manifestações contra as caricaturas continuaram no Paquistão, onde a crise adquiriu uma dimensão diplomática com o fechamento temporário da embaixada da Dinamarca em Islamabad e a convocação para consultas do embaixador paquistanês em Copenhague.
Em seu comunicado deste sábado, a Fundação --dirigida por Seif el-Islam Kadafi, filho do presidente líbio, Muammar Kadafi-- solicitou também que Roma tomasse "medidas urgentes contra esse ministro racista e rancoroso", sob pena de "ver suas relações (com a Líbia) passarem por uma fase delicada e decisiva de reavaliação".
A nota da Fundação Kadafi denunciou "as declarações racistas e rancorosas (do ministro italiano) contra o islã e os muçulmanos", considerando que "deram lugar a reações (hostis) sob o efeito da provocação, da injúria e do dano a algo sagrado".
O ministro demissionário havia multiplicado nas últimas semanas seus ataques contra o islã e se vangloriou, diante da TV italiana, de usar uma camiseta com as controvertidas charges.
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Onze pessoas, entre elas quatro estrangeiros, morreram e outros 35 ficaram feridas na sexta-feira, durante uma manifestação de protesto contra as caricaturas do profeta Maomé ante o consulado italiano de Benghazi, no leste da Líbia, anunciou neste sábado Seif al Islam Kadhafi, filho do dirigente líbio.
O primeiro secretário da embaixada da Itália em Trípoli, Dominico Bellatoni, informou na véspera que eram dez os manifestantes mortos.
As palavras "provocadoras e ofensivas" contra o islã do ministro italiano Roberto Calderoli foram responsáveis pelo protesto de sexta-feira, afirmou neste sábado a Fundação Kadafi.
Em função da repercussão de seus atos, Calderoli apresentou neste sábado sua renúncia, que havia sido pedida pelo primeiro-ministro Silvio Berlusconi e pelos dirigentes de todos os partidos no governo após as violentas manifestações de sexta-feira.
Segundo a polícia, nenhum italiano ficou ferido quando os cerca de mil manifestantes atacaram o prédio consular e incendiaram seu primeiro andar.
Segundo a televisão líbia, as autoridades de Benghazi pediram à promotoria que investigue o comportamento da polícia frente aos manifestantes. A polícia tentou impedi-los de se aproximar do consulado, mas não conseguiram impedir que alguns ateassem fogo ao prédio.
A manifestação de Benghazi foi a primeira registrada contra interesses italianos num país muçulmano desde que a crise surgida com a publicação das charges de Maomé na Europa.
Paralelo a isso, as manifestações contra as caricaturas continuaram no Paquistão, onde a crise adquiriu uma dimensão diplomática com o fechamento temporário da embaixada da Dinamarca em Islamabad e a convocação para consultas do embaixador paquistanês em Copenhague.
Em seu comunicado deste sábado, a Fundação --dirigida por Seif el-Islam Kadafi, filho do presidente líbio, Muammar Kadafi-- solicitou também que Roma tomasse "medidas urgentes contra esse ministro racista e rancoroso", sob pena de "ver suas relações (com a Líbia) passarem por uma fase delicada e decisiva de reavaliação".
A nota da Fundação Kadafi denunciou "as declarações racistas e rancorosas (do ministro italiano) contra o islã e os muçulmanos", considerando que "deram lugar a reações (hostis) sob o efeito da provocação, da injúria e do dano a algo sagrado".
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