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14/07/2006 - 12h50

Israel mantém ofensiva contra o Líbano; rádio vira alvo de ataque

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da Folha Online

Aviões israelenses realizaram novos ataques nos subúrbios de Beirute, no sul do Líbano, nesta sexta-feira, atingindo uma estação de rádio pertencente ao grupo terrorista Hizbollah, segundo fontes do grupo.

Segundo a rede de TV Al Manar, aviões israelenses lançaram um míssil em um ponto próximo da estação de rádio de Al Nour, na região de Haret Hreik, ao sul de Beirute, mas não atingiram o alvo e os mísseis caíram sobre um prédio de apartamentos.

Não houve relato de vítimas e a estação continuou realizando transmissões.

Foi a segunda vez que aviões israelenses atingiram edifícios na região sul de Beirute, bastião da liderança xiita do grupo extremista Hizbollah. Anteriormente, aviões de Israel lançaram mísseis contra estradas da região, bloqueando a passagem e danificando uma delas.

Também nesta sexta-feira, aviões israelenses voltaram a atacar o aeroporto internacional de Beirute, além de atingirem estradas, centrais de elétricas e de comunicação. Foi a terceira vez que Israel atingiu o aeroporto desde o início da campanha contra o Hizbollah, há dois dias.

Há informações que Israel bombardeou, por ar e mar, a ponte de Zaharani, 50 km ao sul de Beirute, segundo a emissora TV libanesa LBC. A ação teria deixado mortos e feridos e atingido a maior central de energia elétrica desta região.

A força aérea de Israel também atacou a principal estrada que liga Beirute a Damasco e reforçou o cerco aéreo, naval e terrestre ao Líbano.

Três pessoas morreram e outras 40 ficaram feridas nos novos ataques, segundo fontes da segurança. Com as novas mortes, o número de pessoas --em sua maioria civis-- mortas no Líbano desde o início da ofensiva israelense chega a 60. O total de feridos já soma 143.

Entre os mortos, está uma família de brasileiros, o professor libanês Akil Merhi, 34, sua mulher, Ahlam Merhi, 28, e dois filhos do casal. Eles moravam em Foz do Iguaçu (PR), estavam em férias no Oriente Médio e deveriam retornar para casa no fim de julho.

Hizbollah

Segundo o Exército de Israel, mais de 130 foguetes Katyusha foram lançados pelo Hizbollah contra territórios israelenses nas últimas 48 horas, matando dois civis e ferindo mais de cem. De acordo com o Exército, a sede do Hizbollah no sul de Beirute está entre os alvos atacados hoje.

O Hizbollah --que deseja libertar prisioneiros detidos em Israel-- realiza ataques freqüentes com foguetes na fronteira do sul do Líbano desde 1996, quando Israel realizou uma ofensiva compra o grupo extremista na região, que durou 17 dias.

A atual crise teve início há dois dias, quando o grupo extremista anunciou o seqüestro de dois soldados israelenses. Em troca da libertação dos dois reféns, o grupo exige a libertação de detentos.

Entre eles, está o extremista Samir al Quntar, que cumpre 542 anos de prisão e é acusado de um seqüestro ocorrido em 1979, no qual o israelense Danny Haran, 28, e sua filha de quatro anos foram mortos. Autoridades israelenses rejeitaram a exigência.

UE

O chefe da diplomacia da União Européia (UE), Javier Solana, viajará amanhã ao Oriente Médio para se reunir com autoridades israelenses, libanesas e palestinas, segundo informações oficiais.

Israel acusa o Líbano de ser responsável pelas ações do Hizbollah, grupo apoiado pela Síria e pelo Irã que possui membros no Parlamento e no governo libanês.

O governo libanês pediu ao Conselho de Segurança da ONU que intervenha para que Israel suspenda a ofensiva em sua reunião nesta sexta-feira.

No entanto, até o momento, o premiê israelense, Ehud Olmert, e autoridades da segurança de Israel optara, por acirrar os ataques.

Nesta quinta-feira, dois foguetes Katyuscha atingiram o porto de Haifa, a terceira mais importante de Israel, que fica a cerca de 50 km ao sul da fronteira com o Líbano. De acordo com informações do Exército de Israel, não houve registro de vítimas.

Israel atribui os ataques ao Hizbollah, que nega a ação.

Aviso

Aviões israelenses lançaram folhetos nos subúrbios de Beirute e em algumas cidades do sul do Líbano, pedindo aos moradores que mantenham distância dos escritórios do Hizbollah, gerando rumores de que o líder do grupo, Sayyed Hassan Nasrallah, pode ser alvejado.

O presidente americano, George W. Bush, afirmou que Israel tem o direito de se defender, mas não deve enfraquecer o governo libanês. A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, pediu que Israel se contenha e exigiu que a Síria controle o Hizbollah.

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou nesta quinta-feira que qualquer ataque de Israel contra a Síria gerará uma "dura resposta" do mundo islâmico.

A União Européia (UE) e a Rússia criticaram a ação de Israel, dizendo que ela é "exagerada".

Síria

A mais recente onda de violência envolvendo Israel e Líbano desencadeou uma fuga em massa de brasileiros e outros estrangeiros que vivem no sul do território libanês em direção à Síria.

A Síria fechou a entrada por sua fronteira com o Líbano devido ao grande número de pessoas que tentam deixar o país em direção a Damasco após a ofensiva militar israelense lançada ontem, segundo o cônsul-geral do Brasil em Beirute, Michael Gepp.

De acordo informações de agências internacionais, cerca de 12 mil turistas deixaram o Líbano nesta quinta-feira.

Com agências internacionais

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