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18/07/2006 - 12h25

Israel e Hizbollah mantêm ofensivas; fuga alcança 1 milhão

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da Folha Online

O governo dos Estados Unidos ordenou nesta terça-feira que cinco navios de guerra norte-americanos se dirijam ao Líbano para retirar seus cidadãos do país. Esta é a maior operação de retirada dos EUA, que envolve navios, helicópteros e porta-aviões. A ONU calcula que mais de 1 milhão de pessoas tenham abandonado suas casas no Líbano.

A fuga em massa teve início após Israel intensificar seus ataques. O estopim da atual crise entre os dois países foi o seqüestro de dois solados israelenses, além da morte de outros oito militares, em uma ação levada a cabo pelo grupo terrorista Hizbollah, no último dia 12.

Reuters
Israelenses inspecionam áerea atingida por foguete Katyusha do Hizbollah, em Haifa
Desde então, o governo Israel tem realizado ininterruptos ataques por ar, terra e mar, principalmente contra o sul do Líbano, onde o Hizbollah se concentra.

A idéia de Israel é destruir a infra-estrutura da região para enfraquecer as ações do grupo e conseguir resgatar os dois soldados seqüestrados. Em resposta, o Hizbollah lança diariamente dezenas de foguetes Katyusha contra o território israelense. O saldo da agressão de ambos os lados é bastante negativo: mais de 250 mortos --25 deles do lado israelense (12 civis e 13 soldados)-- e cerca de 700 feridos, divididos em partes quase iguais.

Mas não são apenas os EUA que aceleram a retirada de cerca de 8.000 cidadãos norte-americanos do Líbano. A exemplo do que ocorreu pouco antes da Guerra do Iraque, em março de 2003, a ONU anunciou nesta terça-feira a retirada do Líbano de todos os funcionários da organização que não tenham papel essencial no Líbano.

Países da Europa e da América do Sul, como Brasil, também estão retirando seus cidadãos aos poucos e da forma como é possível ser feito --alguns fugiram de carro. Como a maioria das pistas dos aeroportos foram destruídas pelos ataques israelenses, a saída por avião a partir do Líbano se tornou impossível e expõe aqueles que desejam deixar o país a uma viagem de ônibus que leva cerca de 20 horas até a Turquia --cuja rota utiliza saídas para Damasco (Síria), estradas-alvo de Israel.

Violência

Nesta terça-feira, 13 pessoas da mesma família morreram em ataques israelenses após a casa em que viviam ser atingido por mísseis, em Aitarum (sul do país). Outras nove morreram em dois quartéis nas regiões de Yamur e Ifashim, no sudeste de Beirute.

Reuters
Membro da Defesa Civil do Líbano examina escombros após ataque de Israel, no sul de Beirute
A ação israelense prioriza o subúrbio de Beirute, em especial o bairro de Dahia, onde fica o quartel-general do Hizbollah, assim como a região cristã de Biblos, para onde foram milhares de pessoas que tentam escapar das bombas. Apesar dessa migração, cerca de 8.000 moradores de Biblos já fugiram do local, segundo a ONU.

Ataques israelenses na madrugada desta terça-feira também atingiram um quartel do Exército libanês nas cercanias de Beirute [que fica próximo do palácio presidencial]. Outras explosões foram registradas em Cana, na região sul da cidade de Tiro. Lá, o ataque a dois edifícios deixou pessoas soterradas. Até o momento, não foi divulgado o saldo das vítimas.

Nesta terça-feira, o Hizbollah lançou cerca de 40 foguetes contra cidades no norte de Israel, causando uma morte. Os foguetes caíram nas cidades de Safed, Nahariya, Hatzor, Carmiel e Haifa [onde não houve registro de vítimas]. Haifa é terceira maior cidade de Israel e o principal alvo do Hizbollah.

O subchefe das Forças Armadas de Israel, general Moshe Kaplisky, disse hoje que não descartava, caso seja necessário, operações por terra contra o Líbano [o que sinaliza uma invasão de território].

Mas fontes militares israelenses indicaram em entrevistas por TV e rádio que o conflito pode terminar nesta semana ou no início da próxima. Se confirmada, a informação estaria relacionada às ações da ONU, cujos membros se reuniram nesta terça-feira com a ministra israelense das Relações Exteriores, Tzipi Livni, a fim de chegar a um acordo que ponha fim à violência entre os dois países.

Com agências internacionais

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