Publicidade
Publicidade
03/03/2003
-
05h53
da Folha de S.Paulo, na Suíça
A moeda usada na Suíça é o franco suíço (US$ 1 equivalia a 1,35 franco suíço na semana passada), mas o euro é aceito em praticamente todos os lugares. Os preços aparecem quase sempre nas duas moedas, mas o troco é dado em francos suíços.
A não-adesão à União Européia vem da tradição de neutralidade do país. Revisada só em 1874 e em 1978, a Constituição proíbe o uso do Exército em outros países, a não ser para defesa. O código de leis foi criado em 1848, mesmo ano da criação da Confederação Helvética, nome oficial do país.
A neutralidade e o isolamento garantiram alguns benefícios econômicos à Suíça e permitiram que ela se tornasse um mediador em crises internacionais.
Por outro lado, tornaram-se alvo de preocupações, demonstradas na Expo 02 (megaexposição realizada no país no ano passado) e na adesão do país à Organização das Nações Unidas, que aconteceu só em março de 2002, embora a sede européia da entidade fique em Genebra. A mesma proposta havia sido rejeitada em 1986, numa consulta semelhante.
"A democracia e a organização suíças são excelentes", diz o historiador português Manoel Martins, 48, que mora em Engelberg.
Ele conta que nas pequenas cidades há consultas à população quando é preciso fazer obras importantes. "As pessoas vão à praça e votam a favor ou contra a realização do investimento."
Quase todas as decisões importantes do país são tomadas com a participação dos habitantes. Uma petição com 100 mil assinaturas basta para convocar um referendo que introduza alguma emenda constitucional. Além disso, foi aprovada recentemente uma lei que dá à população o direito de contestar os tratados internacionais assinados pelo país. Assim, os suíços são convidados a votar em média três vezes por ano.
A urbanização também é uma preocupação. As construções respeitam a arquitetura local. "Aqui você compra a casa, e não o terreno, que é do governo", explica Martins. Casas vizinhas construídas em 1754 e 1994 têm as mesmas características. Como elas são enormes, abrigam várias famílias em diferentes andares, como se fossem apartamentos.
Especial
Veja galeria de imagens da Suíça
Leia mais
Cenas bucólicas ocultam uma Suíça radical
Conheça alguns esportes radicais praticados na Suíça
Romanche é falado por 70 mil suíços
Passe de trem torna giro pela Suíça mais barato
Coca-Cola custa quase R$ 20 na Suíça
Relevo montanhoso favorece alpinismo
Jungfrau integra lista da Unesco
Engelberg tem 82 km de pistas
Genebra ultrapassa as fronteiras da Suíça
Confira pacotes para visitar a Suíça
Calmaria dá ar de interior à capital suíça
Ciclistas têm vias próprias em Berna
Ursos fazem a festa das crianças
Berna inspirou Einstein e Tobler
Catedral gótica arrepia visitantes em Berna
Suíça tem uns três referendos por ano
FRED ECKSCHIMIDTda Folha de S.Paulo, na Suíça
A moeda usada na Suíça é o franco suíço (US$ 1 equivalia a 1,35 franco suíço na semana passada), mas o euro é aceito em praticamente todos os lugares. Os preços aparecem quase sempre nas duas moedas, mas o troco é dado em francos suíços.
A não-adesão à União Européia vem da tradição de neutralidade do país. Revisada só em 1874 e em 1978, a Constituição proíbe o uso do Exército em outros países, a não ser para defesa. O código de leis foi criado em 1848, mesmo ano da criação da Confederação Helvética, nome oficial do país.
A neutralidade e o isolamento garantiram alguns benefícios econômicos à Suíça e permitiram que ela se tornasse um mediador em crises internacionais.
Por outro lado, tornaram-se alvo de preocupações, demonstradas na Expo 02 (megaexposição realizada no país no ano passado) e na adesão do país à Organização das Nações Unidas, que aconteceu só em março de 2002, embora a sede européia da entidade fique em Genebra. A mesma proposta havia sido rejeitada em 1986, numa consulta semelhante.
"A democracia e a organização suíças são excelentes", diz o historiador português Manoel Martins, 48, que mora em Engelberg.
Ele conta que nas pequenas cidades há consultas à população quando é preciso fazer obras importantes. "As pessoas vão à praça e votam a favor ou contra a realização do investimento."
Quase todas as decisões importantes do país são tomadas com a participação dos habitantes. Uma petição com 100 mil assinaturas basta para convocar um referendo que introduza alguma emenda constitucional. Além disso, foi aprovada recentemente uma lei que dá à população o direito de contestar os tratados internacionais assinados pelo país. Assim, os suíços são convidados a votar em média três vezes por ano.
A urbanização também é uma preocupação. As construções respeitam a arquitetura local. "Aqui você compra a casa, e não o terreno, que é do governo", explica Martins. Casas vizinhas construídas em 1754 e 1994 têm as mesmas características. Como elas são enormes, abrigam várias famílias em diferentes andares, como se fossem apartamentos.
Especial
Leia mais
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- De centenárias a modernas, conheça as 10 bibliotecas mais bonitas do mundo
- Legoland inaugura parque temático de artes marciais com atração 3D
- Na Itália, ilha de Ischia é paraíso de águas termais e lamas terapêuticas
- Spa no interior do Rio controla horário de dormir e acesso à internet
- Parece Caribe, mas é Brasil; veja praias paradisíacas para conhecer em 2017
+ Comentadas
Sobre a Folha | Expediente | Fale Conosco | Mapa do Site | Ombudsman | Erramos | Atendimento ao Assinante
ClubeFolha | PubliFolha | Banco de Dados | Datafolha | FolhaPress | Treinamento | Folha Memória | Trabalhe na Folha | Publicidade
Copyright Folha.com. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicaçao, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha.com.