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03/03/2003 - 06h20

Genebra ultrapassa as fronteiras da Suíça

ROBERTO DE OLIVEIRA
da Folha de S.Paulo, na Suíça

A língua é francesa, assim como o charme, o modo de vida dos habitantes e a forte influência gastronômica. Porém basta uma caminhada pelo parque de rosas, em frente a galerias e restaurantes e ao redor do lago de Genebra, para perceber que não se trata de apenas uma "cidade-síntese" da Suíça alemã, francesa e italiana.

Genebra é cosmopolita, lugar por onde se cruzam os caminhos não só de uma Europa globalizada, como de todo o mundo. Visto de qualquer parte da cidade, o Jato d'Água (Jet d'Eau), cartão-postal de Genebra, que atinge 140 metros de altura, jorrando 70 toneladas de água, parece nos avisar que é preciso estar desperto, de olhos e mente bem abertos, para perambular por essa pequena porção de fronteiras.

Com cerca de 200 mil habitantes, quase a metade estrangeira, Genebra não é só metrópole de bancos internacionais, indústrias de relógios, chocolates. Organizada, a cidade sabe como receber o visitante. O segredo talvez esteja no fato de ela abrigar a Escola de Hotelaria de Genebra, uma das mais conceituadas do mundo.

Sede de mais de 200 organizações internacionais, como a ONU e a Cruz Vermelha, Genebra atrai gente de toda parte do planeta, atrás de negócios, diversão e arte. Agrada a gregos e troianos com história, cultura, museus, parques de área verde, ótimos restaurantes e lojas sofisticadas.

Essa mistura de beleza natural e arquitetônica, aliada à boa receptividade, ajuda a entender por que Genebra foi adotada por tantos filósofos, escritores, músicos e artistas que a elegeram como fonte de inspiração.

Escolha um café, bar ou restaurante ao redor do lago, chamado ali de Lac Léman. Ele passa a jorrar água diariamente em diferentes intervalos do dia a partir deste mês até outubro. O serviço de atendimento é irrepreensível. Saladas, cogumelos, peixes de água doce e frutas, um bom vinho suíço, além da indispensável torta de chocolate, tendo como vista o lago e seus transeuntes.

A sensação privilegiada faz o visitante brasileiro até esquecer a conversão na hora de pagar a conta, geralmente superior a 60 francos suíços. Não deixe a preguiça tomar conta de seu corpo enquanto você observa o espelho-d'água no jardim Anglais (inglês), famoso por seu relógio floral, bem ao lado da ponte Mont Blanc.

Preste atenção ao atravessá-la: quando você estiver no meio do percurso, repare que dá para ver, dependendo das condições climáticas, o próprio pico nevado Mont Blanc de um lado e, do outro, a pequenina ilha Rousseau, área praticamente ocupada pela estátua do filósofo francês Jean-Jacques Rousseau (1712-1778).

Para fazer a digestão do almoço, dê uma caminhada em direção ao centro antigo de Genebra (Vieille Ville), região tranquila, fácil de explorar, charmosa, cheia de antiquários, cafés, galerias de arte e livrarias do outro lado do rio Rhône. Pare para observar a imponente catedral de San Pierre, no estilo gótico/românico.

Em 1536, a catedral foi palco do primeiro culto protestante num templo católico da história. Se tiver fôlego, encare os 157 degraus até a torre, de onde se tem a melhor vista geral da cidade.

De volta ao chão, reserve ao menos o restante da tarde para alimentar a alma em outras igrejas, por exemplo, a alemã e a ortodoxa russa, também no centro antigo de Genebra.

Em tempos de vacas magras e real em baixa, cuidado para não enlouquecer na rua Rhône, reduto de grifes famosas (Armani, Gucci, Louis Vuitton), mas não faça as malas de volta ao Brasil sem antes visitar o castelo Chillon -um imponente rochedo que se tornou um feudo dos condes de Sabóia no século 12 e é aberto à visitação-, grudado ao lago, bem pertinho de Montreux.

Roberto de Oliveira viajou a convite da Swiss International Air Lines e do Switzerland Tourism.

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