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13/10/2003 - 06h18

Vendedor faz escolta cerrada em mercado

do enviado especial da Folha de S.Paulo ao Peru

"Amigo! Faça o seu preço." A marcação dos vendedores de artesanato peruanos é cerrada. Basta colocar o pé na rua, e cargas de roupas, de utensílios e de bijuterias são ofertadas por várias pessoas e ao mesmo tempo. A confusão colorida é divertida.

Solícitos, quase sempre os vendedores que ganham a batalha no leilão acabam acompanhando o comprador no passeio. O artesanato peruano é uma mistura de cores vivas e de técnicas apuradas.

Vende-se de tudo: bolsas, toalhas, chapéus, cintos, blusas, amuletos, quadros, pinturas, esculturas em pedra e madeira. Na verdade, o que se procura se acha. O pagamento pode ser feito em sol novo, a moeda local, ou em dólares americanos, com a cotação de cerca de três por um (cada US$ 1 vale em torno de três sóis novos).

Desde o tempo dos incas, os objetos culturais e de adorno peruanos eram concebidos muito mais pela utilidade funcional do que pela estética.

Habilidosos, eles transformam tecidos multicoloridos em mantas, cobertas ou toalhas, diferenciadas por sutilezas regionais de técnica de produção.

A cerâmica é usada quase sempre para representar as figuras mágicas e os deuses cultuados nas cerimônias religiosas.

As cores verde e rosa, características dos povos andinos, são aplicadas preponderantemente sobre fundo creme, tonalidade inserida no artesanato com a aceitação e a difusão da influência hispânica.

Desenhos geométricos, inspirados na cultura inca, são produzidos em larga escala para o mercado turístico.

Encontram-se facilmente correntes de prata e pedras coloridas. A prata e o ouro não tinham valor comercial para os incas, mas, também pela influência da cultura hispânica, tiveram o valor mercadológico estabelecido no período colonial.

O artesanato peruano embute técnicas hispânicas, inspiradas em costumes europeus.

No norte do país, na região amazônica, as comunidades nativas também manifestam suas culturas por meio do artesanato.

Ao longo do rio Amazonas, colares, brincos e cocares, além de peças em cerâmicas, caprichosamente pintadas por índias, são vendidos em pequenas aldeias.

Os índios, que não participam da produção artesanal, apenas observam e cuidam do dinheiro obtido com as vendas. Cabe a eles o trabalho da caça e da pesca para o sustento da aldeia.

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