26/04/2004 - 05h05

Até o prédio do Orsay é uma obra de arte

do enviado especial da Folha de S.Paulo a Paris

Na margem oeste do Sena, o museu d'Orsay (www.musee-orsay.fr) foi aberto ao público em 1986. Tomou de assalto o lugar onde, de 1898 a 1930, funcionou a estação ferroviária Paris-Orleáns, como denuncia o imenso relógio que coroa a sua fachada. Em 1973, abandonada, a construção foi considerada monumento nacional e, em 1978, a arquiteta italiana Gae Aulenti transformou o interior da estação em museu.

Hoje, em 45 mil metros quadrados de espaço expositivo estão guardadas 4.000 obras, entre pinturas, esculturas, desenhos e peças de mobiliário espalhadas por três andares.

Ingres, Delacroix, Van Gogh, Pissaro, Renoir, Gauguin, Toulouse-Lautrec e Bonnard estão entre os artistas que têm trabalhos exibidos no museu d'Orsay, cuja nave central, uma estrutura metálica de 135 metros de altura, permite a entrada de luz natural.

Entre as obras-primas, muitas vieram do museu do Louvre. "As Portas do Inferno" (1880-1917), escultura de Rodin, e o óleo "Doutor Paul Gachet", pintado por Van Gogh no ano de sua morte (1890), são especialmente importantes. Idem uma escultura de bailarina, de 1881, obra de Edgar Degas muito semelhante à que pertence ao Masp, de São Paulo.

Para chegar a esse museu de metrô, desça na estação Soférino. O Orsay funciona de terça a sábado, das 10h às 18h; e, aos domingos, das 9h às 18h.


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