Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
26/04/2004 - 05h32

Paris intensifica sua onda de restaurações

SILVIO CIOFFI
editor de Turismo da Folha de S.Paulo

No ponto culminante dos Champs-Elysées, o Arco do Triunfo está parcialmente coberto por uma tela. Avenida abaixo, os prédios do Grand e do Petit Palais estão em franca reconstrução. Já os detalhes dourados das fontes da praça da Concorde, onde fica o estrelado Hôtel de Crillon, estão mais faiscantes do que nunca.

Silvio Cioffi/Folha Imagem

Ópera de Paris, maior teatro lírico do mundo, projetado por Charles Garnier e edificado de 1862 a 1875


Idem o telhado dourado do domo dos Invalides, do outro lado da cidade, onde Napoleão Bonaparte está sepultado: hoje, tudo em Paris está sendo restaurado.

Mas as obras não são novas e datam dos anos 1980, quando o presidente François Mitterrand (1916-1996) iniciou a era de renovação urbanística conhecida como "Os Grandes Trabalhos". Mitterrand construiu ainda, ao lado do museu do Louvre, as polêmicas pirâmides de vidro concebidas pelo arquiteto I.M. Pei.

Embora sempre dê para visitar a Cidade Luz navegando pelo site oficial, www.franceguide.com (da Maison de la France), ver "in loco" a fachada da Ópera, que agora parece nova em folha, as pontes que cruzam o rio Sena e os grandes museus --Louvre, Orsay e Georges Pompidou-- também é de enlouquecer.

Novíssimos trabalhos

Há cerca de 20 dias, Bertrand Delanoë, o ambicioso prefeito parisiense --socialista como Mitterrand--, anunciou, em entrevista ao jornal "Le Monde", quatro novos projetos de renovação do Les Halles e da Ile-de-France, locais por onde circulam diariamente cerca de 800 mil pessoas.

Costurando todos esses lugares, o visitante que já tiver conferido as pirâmides do Louvre pode contemplar Paris do alto de um dos ônibus de dois andares, fazendo um trajeto circular pelos principais bairros e pontos turísticos.

Para isso gastará 22 euros (caso da empresa Les Cars Rouges) ou 27 euros (preço do L'Open Tour) por um passe de dois dias que permite ao turista subir e descer em diversos lugares.

Outra oferta que faz a festa do viajante que não perde tempo é o Carte Musée Monumentes/Paris Museum Pass. O passe dá direito a entrada em uma infinidade de museus, mas só vale a pena se for intensivamente usado, pois custa 22 euros por dia; 42 euros por dois dias ou 63 euros por três dias. Vale lembrar que a entrada nos principais museus custa em média 10 euros.

Há, no entanto, um clima de policiamento ostensivo, como em todas as grandes cidades européias, assustadas com possíveis atentados terroristas. Em Paris, há muitos policiais de uniforme azul (a cavalo, a pé, de patinete) e, em algumas esquinas, cavaletes impedem o estacionamento no entorno da rua de comércio chique Faubourg St. Honoré -especialmente atrás da Embaixada dos EUA e do Ministério do Interior.

Com uma oferta cultural que não encontra paralelo, esbanjando museus e ostentando inúmeros locais bafejados pela história, a capital francesa peca hoje pelos preços altos. Em tempo de euro forte e dólar fraco, o turista brasileiro caiu na real, aderindo ao piquenique no quarto na hora do jantar --o que não chega a ser um problema--, com as guloseimas vendidas nos supermercados, como o Monoprix, que estão por todo lado. Mesmo nas lojas de gastronomia Fauchon (www.fauchon.com), abertas diariamente das 8h às 23h em 13 endereços, os preços não assustam (as porções individuais para levar custam, em média, 10 euros).

Os franceses mais renitentes que não nos ouçam, mas há turistas trocando os tradicionais bistrôs pelo McDonald's da Champs-Elysées, onde cartões de crédito são aceitos e um lanche de McChicken, Coca-Cola e salada de alface com camarõezinhos e salmão (servida num medonho copo de plástico!) custa 7,60 euros.

Pequenos lugares comerciais para almoçar oferecem menus impecáveis, com prato principal, sobremesa e, eventualmente, vinho, por cerca de 20 euros.

Silvio Cioffi viajou a convite da Maison de la France (SP), da companhia aérea Air France e das empresas de consultoria hoteleira X-Mart e GP Marketing.

Leia mais
  • Capital da França tem museus de fechar o comércio
  • Beaubourg expõe as entranhas
  • Até o prédio do Orsay é uma obra de arte
  • Hotéis-palácio são as estrelas de Paris
  • Chef francês preserva sabor do produto
  • Pacotes para Paris, preços por pessoa em quarto duplo
  • Em Paris, casacos custam uma kitchinette
  • Ônibus de dois andares dá uma geral de Paris
  • Mundo da moda fala francês com sotaque
  • Estilista é mãe do cor-de-rosa-choque

    Especial
  • Veja galeria de fotos de Paris
  •  

    Sobre a Folha | Expediente | Fale Conosco | Mapa do Site | Ombudsman | Erramos | Atendimento ao Assinante
    ClubeFolha | PubliFolha | Banco de Dados | Datafolha | FolhaPress | Treinamento | Folha Memória | Trabalhe na Folha | Publicidade

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade