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28/07/2005
-
11h40
Diretora-executiva da Folha Online
CAIO VILELA
Colaboração para a Folha de S.Paulo, no Irã
Famosa por abrigar os túmulos de Hafez e SaAdi, poetas consagrados do século 15, Chiraz, a capital da filosofia e da poesia persas, recebe visitantes de todo o Irã interessados em visitar seus sofisticados jardins e mausoléus.
Pode parecer estranho, mas quem chega pela primeira vez à cidade percebe logo o motivo de tanto deslumbramento.
Ainda hoje, seus jardins evocam uma imagem de paraíso, de um lugar encantado que coloca fim à aridez do deserto. Divididos em quatro quadrantes, seguindo a tradição dos jardins persas, parecem ainda ser banhados pelos quatro rios do paraíso: água, vinho, leite e mel.
O clima agradável o ano todo reforça sua fama. Não por coincidência a palavra paraíso vem do persa antigo "par dés".
No jardim de Eram, imensos ciprestes com mais de 200 anos dividem espaço com laranjeiras e romãzeiras, cujos perfumes se misturam ao das rosas que ladeiam os caminhos.
Antes da Revolução Islâmica, a região produzia o famoso vinho shiraz, a partir de uma variedade de uva hoje utilizada por vinicultores no mundo todo. O vinho escuro e frutado embalava os encontros dos intelectuais da cidade (famosa também por suas universidades), que se reuniam para discutir a histórica poesia.
Luxuosos hotéis recebiam as então centenas de turistas, que chegavam para conhecer as ruínas de Persépolis, a 70 km dali. Ainda hoje, os vôos baratos a partir de Teerã (cerca de US$ 60) chegam lotados, e os poucos estrangeiros em viagem independente terão que enfrentar uma maratona para comprar as poucas passagens remanescentes no aeroporto da capital.
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ANA LUCIA BUSCHDiretora-executiva da Folha Online
CAIO VILELA
Colaboração para a Folha de S.Paulo, no Irã
Caio Vilela |
Mesquita Vakil, em Chiraz |
Pode parecer estranho, mas quem chega pela primeira vez à cidade percebe logo o motivo de tanto deslumbramento.
Ainda hoje, seus jardins evocam uma imagem de paraíso, de um lugar encantado que coloca fim à aridez do deserto. Divididos em quatro quadrantes, seguindo a tradição dos jardins persas, parecem ainda ser banhados pelos quatro rios do paraíso: água, vinho, leite e mel.
O clima agradável o ano todo reforça sua fama. Não por coincidência a palavra paraíso vem do persa antigo "par dés".
Caio Vilela |
Tumba do poeta Hafez, em Chiraz |
Antes da Revolução Islâmica, a região produzia o famoso vinho shiraz, a partir de uma variedade de uva hoje utilizada por vinicultores no mundo todo. O vinho escuro e frutado embalava os encontros dos intelectuais da cidade (famosa também por suas universidades), que se reuniam para discutir a histórica poesia.
Luxuosos hotéis recebiam as então centenas de turistas, que chegavam para conhecer as ruínas de Persépolis, a 70 km dali. Ainda hoje, os vôos baratos a partir de Teerã (cerca de US$ 60) chegam lotados, e os poucos estrangeiros em viagem independente terão que enfrentar uma maratona para comprar as poucas passagens remanescentes no aeroporto da capital.
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