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05/10/2006
-
11h05
Colaboração para a Folha
Voltar de Buenos Aires para São Paulo nem é tão triste quando o retorno ainda inclui lugares como as planícies alagadas na fronteira do Uruguai com o Brasil, uma praia freqüentada por lobos-marinhos, a cidade histórica de Colônia de Sacramento, o grupo de cânions que divide os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com as praias de águas azuis de Florianópolis.
Passar o rio da Prata, rumo ao Uruguai, é o próximo passo dessa maratona, e há duas travessias possíveis: por terra, em seis horas, e por uma de balsa (www.buquebus.com) que parte do bairro portenho de Puerto Madero. Para quem está de carro, o passeio custa cerca de 200 pesos.
A vantagem da balsa é que a travessia é mais rápida, demora três horas e meia. Mas quem economiza os 200 pesos não vai perder muito. A viagem por terra, inclusive, oferece belas paisagens, como os campos uruguaios, entre a pequena cidade de Fray Bentos e a histórica Colônia de Sacramento.
De barco, ainda, não dá para notar como o Uruguai é um país pouco habitado --cerca de 3,5 milhões de pessoas. Às vezes dirige-se por quilômetros a fio e não aparece um carro, um ser humano ou um posto de gasolina. Logo, vale encher o tanque antes de entrar no Uruguai. E a gasolina, na Argentina, é bem mais barata.
De Colônia de Sacramento até a serra Gaúcha, passando por Montevidéu e Punta del Este, a paisagem ganha a brisa do litoral, com o mar sempre à vista, até Chuí, a cidade mais austral do Brasil, que é metade uruguaia, metade brasileira.
Perto dali, ainda em território uruguaio, há duas atrações: o forte de São Miguel e a fortaleza de Santa Teresa, que marcavam a separação entre as terras de Portugal e Espanha.
O litoral uruguaio ainda esconde as casas suspensas de San José Ignácio, região sempre sujeita a alagamentos. E Cabo Polônio, a maior reserva de lobos-marinhos da América do Sul, próximo à cidade de Torres, mas com acesso apenas para carros com tração nas quatro rodas. Deixar o automóvel estacionado e pegar um coletivo é uma boa solução para quem faz questão do passeio.
Logo depois da fronteira entre Uruguai e Brasil, a estrada piora, com trechos sem acostamento e com buracos. A polícia brasileira faz batidas constantes ali para evitar contrabando de mercadorias eletrônicas, principalmente.
É uma das partes mais desagradáveis da viagem. Mas depois de passar Pelotas e Porto Alegre, a serra Gaúcha traz recompensas.
Canela e Gramado têm movimento, infra-estrutura, boas opções de hospedagem.
Mas Itaimbezinho e Cambará do Sul são as cidades favoritas para quem quer natureza e paisagens desconcertantes. Estão à beira dos cânions que prenunciam a passagem para Santa Catarina. Para chegar até lá, o melhor caminho é a Rota do Sol, que atravessa pastos, riachos, plantações. Pouco movimento, bom asfalto e paisagens lindas.
Desta parada até a BR-101, que passa por Florianópolis, há um longo trecho de estrada de terra, em declive.
A chegada na BR-101 já traz ares de São Paulo, com aquela movimentação chata de caminhões. A ilha de Santa Catarina encerra, enfim, o roteiro (leia nas págs. F12 e F13). Um belo desfecho para a historinha que você vai remontar depois em um álbum gigante de fotos.
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GUSTAVO FIORATTIColaboração para a Folha
Voltar de Buenos Aires para São Paulo nem é tão triste quando o retorno ainda inclui lugares como as planícies alagadas na fronteira do Uruguai com o Brasil, uma praia freqüentada por lobos-marinhos, a cidade histórica de Colônia de Sacramento, o grupo de cânions que divide os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com as praias de águas azuis de Florianópolis.
Passar o rio da Prata, rumo ao Uruguai, é o próximo passo dessa maratona, e há duas travessias possíveis: por terra, em seis horas, e por uma de balsa (www.buquebus.com) que parte do bairro portenho de Puerto Madero. Para quem está de carro, o passeio custa cerca de 200 pesos.
A vantagem da balsa é que a travessia é mais rápida, demora três horas e meia. Mas quem economiza os 200 pesos não vai perder muito. A viagem por terra, inclusive, oferece belas paisagens, como os campos uruguaios, entre a pequena cidade de Fray Bentos e a histórica Colônia de Sacramento.
De barco, ainda, não dá para notar como o Uruguai é um país pouco habitado --cerca de 3,5 milhões de pessoas. Às vezes dirige-se por quilômetros a fio e não aparece um carro, um ser humano ou um posto de gasolina. Logo, vale encher o tanque antes de entrar no Uruguai. E a gasolina, na Argentina, é bem mais barata.
De Colônia de Sacramento até a serra Gaúcha, passando por Montevidéu e Punta del Este, a paisagem ganha a brisa do litoral, com o mar sempre à vista, até Chuí, a cidade mais austral do Brasil, que é metade uruguaia, metade brasileira.
Perto dali, ainda em território uruguaio, há duas atrações: o forte de São Miguel e a fortaleza de Santa Teresa, que marcavam a separação entre as terras de Portugal e Espanha.
O litoral uruguaio ainda esconde as casas suspensas de San José Ignácio, região sempre sujeita a alagamentos. E Cabo Polônio, a maior reserva de lobos-marinhos da América do Sul, próximo à cidade de Torres, mas com acesso apenas para carros com tração nas quatro rodas. Deixar o automóvel estacionado e pegar um coletivo é uma boa solução para quem faz questão do passeio.
Logo depois da fronteira entre Uruguai e Brasil, a estrada piora, com trechos sem acostamento e com buracos. A polícia brasileira faz batidas constantes ali para evitar contrabando de mercadorias eletrônicas, principalmente.
É uma das partes mais desagradáveis da viagem. Mas depois de passar Pelotas e Porto Alegre, a serra Gaúcha traz recompensas.
Canela e Gramado têm movimento, infra-estrutura, boas opções de hospedagem.
Mas Itaimbezinho e Cambará do Sul são as cidades favoritas para quem quer natureza e paisagens desconcertantes. Estão à beira dos cânions que prenunciam a passagem para Santa Catarina. Para chegar até lá, o melhor caminho é a Rota do Sol, que atravessa pastos, riachos, plantações. Pouco movimento, bom asfalto e paisagens lindas.
Desta parada até a BR-101, que passa por Florianópolis, há um longo trecho de estrada de terra, em declive.
A chegada na BR-101 já traz ares de São Paulo, com aquela movimentação chata de caminhões. A ilha de Santa Catarina encerra, enfim, o roteiro (leia nas págs. F12 e F13). Um belo desfecho para a historinha que você vai remontar depois em um álbum gigante de fotos.
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