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07/12/2006
-
08h21
Enviado especial da Folha de S.Paulo à França e à Bélgica
Na terra do champanhe, até a principal igreja exalta a bebida que fez a fama da região. Trata-se da catedral de Reims, que tem entre seus vitrais uma série que homenageia o champanhe, mostrando desde o cultivo da uva e a colheita nos vinhedos até a elaboração final da bebida.
Esse conjunto de vitrais fica situado no braço direito do transepto (a galeria que corta transversalmente a nave).
Em duas cenas surge dom Pérignon, o criador do champanhe, que viria a dar nome a uma marca do produto. Ele aparece medindo ingredientes usados na produção da bebida e organizando garrafas numa adega.
Obra-prima gótica
Esses vitrais, porém, estão longe de ser a única atração da catedral de Reims, considerada patrimônio cultural da humanidade. É uma das mais belas catedrais góticas da França.
Sua construção, no mesmo local onde duas outras já haviam sido erguidas -ambas, como a atual, consagradas a Nossa Senhora--, foi iniciada em 1211 e só finalizada em 1475.
Apesar de a obra ter levado tanto tempo, os arquitetos seguiram com fidelidade o desenho original. A alta fachada, ornada por mais de 2.300 figuras, dá a impressão de que a igreja se eleva rumo ao céu. O portal esquerdo contém a estátua de um anjo sorridente, tratado na cidade quase como um mascote. O interior, com 38 m de altura e relativamente estreito, transmite uma grande leveza.
Contornando a catedral pela esquerda, o portal do transepto norte inclui um alto-relevo do Juízo Final em que se vêem um rei, um bispo e um juiz entre os condenados ao Inferno. Embora várias figuras tenham sido danificadas ao longo dos séculos, é um conjunto imperdível.
Bombardeios
O templo, aliás, foi seriamente avariado em setembro de 1914, quando um bombardeio alemão durante a Primeira Guerra Mundial provocou um incêndio que destruiu ou danificou grande parte dos vitrais e das imagens. Os estragos forçaram o fechamento da catedral por 20 anos depois da guerra.
Vários danos ainda são nítidos, particularmente na parede interna da fachada -obra única na história da arquitetura gótica, pela sucessão de nichos com imagens e cenas bíblicas. Muitas das situadas na parede à direita da entrada ficaram quase disformes pela ação das chamas. Parte das estátuas originais da catedral fica em exibição no vizinho Palais du Tau.
Os vitrais são um capítulo à parte na catedral, ainda que muitos dos originais não tenham resistido às guerras. Além da série sobre o champanhe, destacam-se a rosácea da fachada, do século 13, dedicada à Virgem, e os vitrais desenhados em 1974 por Marc Chagall, numa capela bem no final da igreja. De um azul profundo, representam cenas bíblicas, como a crucificação de Cristo.
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Rota borbulhante: Até mesmo catedral gótica celebra o vinho espumante
MÁRIO MOREIRAEnviado especial da Folha de S.Paulo à França e à Bélgica
Na terra do champanhe, até a principal igreja exalta a bebida que fez a fama da região. Trata-se da catedral de Reims, que tem entre seus vitrais uma série que homenageia o champanhe, mostrando desde o cultivo da uva e a colheita nos vinhedos até a elaboração final da bebida.
Esse conjunto de vitrais fica situado no braço direito do transepto (a galeria que corta transversalmente a nave).
Em duas cenas surge dom Pérignon, o criador do champanhe, que viria a dar nome a uma marca do produto. Ele aparece medindo ingredientes usados na produção da bebida e organizando garrafas numa adega.
Obra-prima gótica
Esses vitrais, porém, estão longe de ser a única atração da catedral de Reims, considerada patrimônio cultural da humanidade. É uma das mais belas catedrais góticas da França.
Sua construção, no mesmo local onde duas outras já haviam sido erguidas -ambas, como a atual, consagradas a Nossa Senhora--, foi iniciada em 1211 e só finalizada em 1475.
Apesar de a obra ter levado tanto tempo, os arquitetos seguiram com fidelidade o desenho original. A alta fachada, ornada por mais de 2.300 figuras, dá a impressão de que a igreja se eleva rumo ao céu. O portal esquerdo contém a estátua de um anjo sorridente, tratado na cidade quase como um mascote. O interior, com 38 m de altura e relativamente estreito, transmite uma grande leveza.
Contornando a catedral pela esquerda, o portal do transepto norte inclui um alto-relevo do Juízo Final em que se vêem um rei, um bispo e um juiz entre os condenados ao Inferno. Embora várias figuras tenham sido danificadas ao longo dos séculos, é um conjunto imperdível.
Bombardeios
O templo, aliás, foi seriamente avariado em setembro de 1914, quando um bombardeio alemão durante a Primeira Guerra Mundial provocou um incêndio que destruiu ou danificou grande parte dos vitrais e das imagens. Os estragos forçaram o fechamento da catedral por 20 anos depois da guerra.
Vários danos ainda são nítidos, particularmente na parede interna da fachada -obra única na história da arquitetura gótica, pela sucessão de nichos com imagens e cenas bíblicas. Muitas das situadas na parede à direita da entrada ficaram quase disformes pela ação das chamas. Parte das estátuas originais da catedral fica em exibição no vizinho Palais du Tau.
Os vitrais são um capítulo à parte na catedral, ainda que muitos dos originais não tenham resistido às guerras. Além da série sobre o champanhe, destacam-se a rosácea da fachada, do século 13, dedicada à Virgem, e os vitrais desenhados em 1974 por Marc Chagall, numa capela bem no final da igreja. De um azul profundo, representam cenas bíblicas, como a crucificação de Cristo.
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