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04/08/2012 - 00h01

Saiba quem faz a alegria da garotada (e dos pais) nos teatros paulistanos

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GABRIELA ROMEU
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A "Folhinha" destaca nesta edição dez dos principais grupos teatrais que atuam na cidade.

Confira abaixo:

Karime Xavier/Folhapress

Recreio

Toca o terceiro sinal no teatro, e a Banda Mirim entra em cena. Mas daria para dizer que está em pleno recreio. "É tão divertido estar junto que nem parece trabalho", diz Marcelo Romagnoli, diretor do grupo, que existe há oito anos e ganhou 14 prêmios.

Se um dos ingredientes do sucesso da banda -formada por músicos, circenses e atores- é curtir fazer teatro entre amigos, parece que não há uma receita para criar os espetáculos.

Cada montagem é cheia de experimentações.

Eles estrearam no musical "Felizardo", em que brincavam sobre pernas de pau.

Banda Mirim
Espetáculos: "Felizardo" (2006); "O Menino Teresa" (2007); "Sapecado" (2008); a opereta "Espoleta" (2010)
Características: Ótimos musicais, em que a plateia sai do teatro cantarolando as canções de Tata Fernandes
Estreia: Para 2013, está previsto um musical de suspense que acontece numa estação de rádio (uma radionovela)

Karime Xavier/Folhapress

Tradição

No teatro infantil, há trupes que seguem a antiga tradição de companhias familiares.

É o caso da Cia. Ópera na Mala, formada por Cris Miguel e Sérgio Serrano, que se conheceram no circo, de cara pintada.

Os dois fazem tudo -escolhem as histórias, escrevem os diálogos, compõem as músicas, interpretam os personagens.

Tocam ainda instrumentos diferentões, como harpa celta.

A dupla também é habilidosa em interagir com a plateia. E já fizeram isso até em Sarajevo, quando decoraram o texto para falar em bósnio.

Claro, as crianças riam e corrigiam a pronúncia dos atores, a deixa perfeita para as brincadeiras.

Cia. Ópera na Mala
Espetáculos: "Os Fantasmas da Ópera" (1999); "As Joias de Krishna" (2002); "Raimundo e a Menor Banda do Mundo" (2007); "O Buda e a Baleia" (2011)
Características: Canções inspiradas e ótima interação da dupla com as crianças
Estreia: Acabaram de estrear "Gepeto"

Karime Xavier/Folhapress

Mentirinha

"Uma mentira contada com boas intenções." O diretor Beto Andreetta explica ser esse o significado do nome da companhia Pia Fraus, que vem do latim.

As "mentiras" contadas pelo grupo já rodaram a Espanha, a Índia, a Bolívia, a Eslovênia e o Timor Leste.

Os bonecos infláveis --girafas, elefantes e onças-- são a marca da companhia.

Mas há ainda bonecos construídos com palhas e cabaças.

São feitos também de surpresa: uma tartaruga gigante, por exemplo, pode virar uma oca, uma floresta e um ninho.

Pia Fraus
Espetáculos: "Gigantes de Ar" (1996); "As Aventuras de Bambolina" (2008); "Filhotes da Amazônia" (2009)
Características: Peças com bonecos atraentes que dançam nas mãos do elenco
Estreia: Nenhuma prevista

Karime Xavier/Folhapress

Brincadeira

Saber brincar é o segredo do trabalho de Claudio Saltini, da Cia. Circo de Bonecos.

"Como as crianças, imaginamos que três caixinhas de fósforos formam um trem e que a almofada é um bicho narigudo", diz.

A companhia mistura mágica, dança, palhaçada, acrobacia e bonecos em peças que arrancam gargalhadas da plateia.

Os bonecos, feitos com objetos inusitados, ganham características próprias, com voz e trejeitos.

Quem os movimenta é o "ator-manipulador". "Mas quem dá vida a esses bonecos é a imaginação do espectador", conta Saltini.

Cia. Circo de Bonecos
Espetáculos: "Circo de Bonecos" (2008); "Circo de Pulgas" (2010)
Características: Mistura manipulação de bonecos e objetos com a arte do circo
Estreia: "Coisas de Circo", prevista para este ano

Karime Xavier/Folhapress

Gargalhada
Carla Candiotto e Alexandra Golik botam o reino dos contos de fadas de ponta cabeça.

Elas se conheceram em Paris e lá resolveram criar a companhia Le Plat du Jour, que significa "o prato do dia', em francês.

"A gente achou legal porque todos os restaurantes franceses tinham o nosso nome!", brinca Alexandra.

Em suas peças, os Três Porquinhos já viraram açougueiros, e Alice, aquela do País das Maravilhas, ganhou ares circenses.

Cia. Le Plat du Jour
Espetáculos: "Chapeuzinho Vermelho" (2001); "Os Três Porquinhos" (2003); "Pinóquio" (2009)
Características: Adaptações divertidas também para os pais
Estreia: Planejam uma versão de Rapunzel

Karime Xavier/Folhapress

Afinados

Comandar uma trupe de atores é uma tarefa e tanto. E quem tem esse papel na Cia. da Revista é o diretor Kléber Montanheiro.

Com o projeto Clássicos para Menores, a companhia já adaptou histórias de dramaturgos (autores de peças) como o francês Molière (1622-1673) e o inglês Shakespeare (1564-1616) para a criançada.

E foi premiada com a montagem "A Odisseia de Arlequino" (2009), com um elenco para lá de afinado.

Montanheiro conta que a função do diretor é justamente estimular os atores a dominar a situação no palco.

"Assim, eles criam um compromisso com o público. Quando isso ocorre, a gente percebe na plateia, pois ela não consegue tirar os olhos da cena", diz.

Cia. da Revista
Espetáculos: "O Rouxinol" (2002); "O Doente Imaginário" (2007); "Sonho de Uma Noite de Verão" (2008); "Cada Qual no Seu Barril" (2011)
Características: Espetáculos com elenco talentoso e figurinos inventivos
Estreia: Nenhuma prevista

Karime Xavier/Folhapress

Palhaçada

A companhia Vagalum Tum Tum traz o nome de uma brincadeira de infância do diretor Angelo Brandini, o palhaço Dr. Zorinho, do grupo do Doutores da Alegria.

"Era um canto que usávamos lá na cidade de Paracatu [MG], onde nasci, para atrair vaga-lumes nas noites quentes."

Dos tempos de menino, ele trouxe também o jeito meio do avesso de olhar as coisas.

Diz que é assim também o olhar do palhaço, figura que inspira as adaptações de clássicos.

"Só conto as histórias como se fosse um palhaço ou uma criança, que pensam do mesmo jeito", afirma.

Cia. Vagalum Tum Tum
Espetáculos: "Othelito" (2007); "Senhor Dodói" (2008); "O Bobo do Rei" (2010); "O Príncipe da Dinamarca" (2011)
Características: Adaptações inusitadas
Estreia: Prevê montar "A Megera Domada" ou "Ricardo 3º" (ambos de Shakespeare)

Karime Xavier/Folhapress

Interação

Em espetáculos da Kompanhia do Centro da Terra, o público interpreta o papel de herói, e o elenco faz as vezes de coadjuvante.

Dirigido por Ricardo Karman, o grupo é cheio de experiências marcadas pela interação.

Mas não daquelas em que os pais se encolhem na cadeira para não participar ou as crianças ficam perdidas no palco.

Em "O Ilha do Tesouro", pais e filhos viram piratas. Juntos, enfrentam obstáculos na história e no teatro, que vira uma instalação.

"O maior desafio é não infantilizar o teatro. Os estereótipos e lugares comuns moram em nós, não nas crianças", diz o diretor.

O grupo ganhou neste ano o Prêmio Femsa com "Biliri e o Pote Vazio".

Kompanhia do Centro da Terra
Espetáculos: "O Ilha do Tesouro" (2005); "Biliri e o Pote Vazio" (2011)
Características: Experiências de interação com a plateia e uso de tecnologias
Estreia: Sem previsão, mas as peças do grupo estão em cartaz no Teatro do Centro da Terra (www.centrodaterra.com.br)

Karime Xavier/Folhapress

Aparecidos

No teatro de animação, vale dar vida a bonecos, sombras e objetos. No caso da Cia. Truks, as figuras animadas parecem amigos dos atores-manipuladores.

Desde o início, lá nos anos 90, a Truks usa uma técnica de manipulação japonesa chamada "bunraku", em que artistas atuam com capuzes pretos e tentam ficar "invisíveis".

Mas eles descobriram um jeito diferente de fazer a manipulação -além de os atores não se esconderem, eles interagem com os bonecos.

Isso surgiu por acaso, na peça "A Bruxinha" (1990), quando uma atriz acabou ganhando um beijinho de um boneco.

"A plateia fez um longo "ohhhh!", lembra Henrique Sitchin, diretor da companhia. "E essa passou a ser a nossa marca."

Cia. Truks
Espetáculos: "Cidade Azul" (1997); "Vovô" (2002); "Zoo-Ilógico" (2004); "E Se as Histórias Fossem Diferentes" (2008)
Características: Manipulação de bonecos e objetos
Estreias: "Sonhatório", acabou de entrar em cartaz, e "Por Uma Estrela", em setembro

Karime Xavier/Folhapress

Melodia

Um grupo de meninas e uma porção de histórias.

Esses são ingredientes de As Meninas do Conto, que inovou nos palcos misturando encenação com narração.

Há 15 anos, essas atrizes garimpam histórias da tradição oral.

Seus espetáculos trazem sempre boas canções entoadas ao vivo, que ajudam a contar a história.

A plateia sai do teatro com as músicas grudadas na cabeça.

"São melodias simples, mas marcantes", diz a diretora Simone Grande, que vai incluir meninos no elenco, mas numa nova companhia.

As Meninas do Conto
Espetáculos: "Por que o Mar Tanto Chora?" (2002); "As Velhas Fiandeiras" (2004); "Papagaio Real" (2005); "Buuuu! A Casa do Bichão" (2008); "Pedro Palerma e Outras Histórias" (2010); "Bruxas, Bruxas... e Mais Bruxas" (2012)
Características: Ótimas atrizes e música ao vivo
Estreia: Planejam montar peça com contos caipiras

 

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