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10/03/2013 - 14h00

Autores da América Latina ainda têm dificuldade para publicar no Brasil

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BRUNO MOLINERO
ENVIADO ESPECIAL A BOGOTÁ

Terminou ontem (9) a segunda edição do Cilelij (Congresso de Língua e Literatura Infantil e Juvenil), que aconteceu em Bogotá, na Colômbia. Durante quatro dias de evento, autores e ilustradores da América Latina e da Espanha discutiram os caminhos da produção de livros para crianças e jovens.

Nesse cenário, o Brasil ainda aparece como um país deslocado. Autores latino-americanos encontram dificuldades para entrar no mercado brasileiro. Enquanto livros nacionais também não têm grande circulação nos países vizinhos.

"Esse acesso continua muito difícil", diz o escritor e ilustrador Ricardo Azevedo, que acompanhou o congresso.

De acordo com a escritora Marina Colasanti, porém, a barreira não é mais a tradução entre o português e o espanhol. "Faltam agentes literários no Brasil. O autor jovem ou estreante dificilmente tem acesso a um. Isso faz com que só os livros clássicos cheguem aos países vizinhos."

A relação dos livros infantis com a educação também atrapalha. "O professor não conhece o autor estrangeiro. Ele vai ter mais trabalho para apresentá-lo aos seus alunos, por exemplo. Isso pode ser um mau negócio para a editora", acredita Colasanti.

Vencedora do Prêmio Jabuti em 2010, a escritora, porém, vê um avanço no intercâmbio de livros entre Brasil e os demais países da América Latina.

"Já melhorou muito. Há 20 anos, quando participava de feiras e congressos nesses países, eu não conhecia ninguém. E ninguém me conhecia. Não adiantava nem levar meu livro em português, porque eles não entendiam o que estava escrito. Pelo menos isso já mudou", diz.

O jornalista Bruno Molinero viajou a convite de Edições SM Brasil

 

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