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21/05/2011 - 08h00

Na Semana Mundial do Brincar, a Folhinha pega carona no faz de conta

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GABRIELLA MANCINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ilustrações Nina Anderson
Bicicleta se transforma em carruagem
Bicicleta se transforma em carruagem

Kiria dos Santos Lima, 5, distribuiu os papéis. "Você é o médico, você é a empregada, e eu sou o leão." Mais uma criança quis participar, quem ela será? "Você pode ser a Cinderela."

Mas, no meio da brincadeira, ops, foram parar em outro lugar. "Faz de conta que estamos numa casinha." A princesa virou filha, a coroa se transformou em panela. A mãe foi comprar remédio. Na volta, encontrou a casa bagunçada e reclamou com as filhas. "Não tem graça nenhuma. Vão ficar de castigo!" Que nada, foram todas mergulhar na banheira-mar.

No faz de conta, vale misturar personagens e cenários, ser adulto, ter poderes, morrer e reviver.

Às vezes, a fantasia é tão real que até nos confunde. Ao ver a enfermeira dando vacina em sua filha "chorona", Camila Vitali, 5, perguntou: "Vocês estão brigando de verdade ou de mentirinha?". Mas respirou aliviada, "ufa!", quando o choro se transformou em sorriso travesso.

Sopa de lobo espanta o medo
Sopa de lobo espanta o medo

Lugar de imaginar
No quarto de Nicole Rosenthal Staufacar, 7, cobertor vira capa de princesa, beliche se transforma em torre, bicicleta vira carruagem e ela é Rapunzel, jogando seus cabelos lá de cima. Na sala, ela pega sua varinha de condão e se transforma no bruxo Harry Potter. "Subo na escada fingindo que é torre, fico apontando para os objetos fingindo que eles desaparecem."

Sopa de lobo
Alice Ligabue, 2, vivia falando do seu pavor de lobo, que via por todo lugar. Até que achou um jeito de liquidar o malvado. Um dia, na hora de comer, imaginou uma sopa de lobo. Desde então, a cada colherada, ela diz: "Agora, vou comer o braço do lobo; agora, o rabo; agora, a perna!". É brincando assim que a menina espanta o medo.

Ao ar livre
Uma falha num tronco de árvore é o suficiente para Nairê Paixão e Silva, 5, imaginar uma boca de fogão. Com uma "colherona" (galho comprido), o menino cozinhou várias "comidas" (folhas e flores). Perto dele, Maria Vitória Oliveira, 5, Joana Costa Ramos, 4, e duas amigas brincavam em uma árvore que servia de castelo. Quem sentava em um galho mais alto era a princesa. "Faz de conta que é uma torre."

Mundo adulto
Na cabecinha de Rubi Assumpção, 9, a imaginação faz hora extra. Quando ela ajuda a mãe a regar as plantas, transforma-se em bombeiro e inventa que as "casas" (plantas) estão pegando fogo. No banho, sabonete, xampu e escova viram pai, mãe e filha. Rubi coloca todos para dormir, cobrindo-os com uma fronha.

Heróis e vilões
Milena Salerno, 8, se fantasia de Batman e vai cuidar dos amigos. Outras crianças preferem inventar heróis e vilões. Valentina Bonassi, 7, bolou a Superpé Gelado, para salvar quem não usa sapato. E Lorenzo Michelazzo, 9, criou o Homem-Cebola. "Ele é do mal. Solta raios de cebola que fazem os 'do bem' chorarem."

Homem Cebola, criado por Lorenzo, 9
Homem Cebola, criado por Lorenzo, 9

Realidade e faz de conta
O que é notícia na vida real pode servir de tema para brincadeiras. Cecília Scrivanti, 3, e Alice Carnaval, 3, brincavam no pátio de casamento real, imitando o príncipe William. A princesa segurava folhas fingindo ser o bouquet e as flores serviam de coroa.

O que você quer ser quando crescer?
Sofia Awad Roxo da Fonseca, 6, e as amigas gostam de brincar de ter uma profissão. Uma é professora, a outra é cantora e a terceira trabalha na marcenaria. Divertem-se atrapalhando o emprego da amiga. "Uma chega no trabalho da outra e fala: 'Quer tomar um picolé?'", conta Sofia. Dentista, policial, enfermeira e médica estão entre as profissões preferidas das crianças.

Agradecimento: creche central da USP, EMEI Monteiro Lobato, colégio Meu Castelinho e escola Quimbernau

 

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