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Clássico de Arthur Miller volta à Broadway
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ISABELLE MOREIRA LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM NY
Um texto clássico, um elenco prestigiado, um diretor premiado e a opção de ser fiel. Essa combinação está em cartaz na Broadway até o dia 2 de junho, na montagem de "A Morte de Um Caixeiro Viajante", de Arthur Miller.
Dirigida por Mike Nichols, ganhador de dois Tonys e responsável por filmes como "A Primeira Noite de um Homem" (1967) e "Closer" (2004), a produção respeitou cada indicação de cena presente no texto, trilha sonora original e a mesma disposição de cenário criada para a primeira montagem, de Elia Kazan, em 1949.
A peça conta a história de Willy Loman, um caixeiro viajante que, aos 62 anos, está abatido, cansado do trabalho e com a saúde combalida. No entanto, segue viajando porque tem de arcar com o pagamento da casa, do seguro e sustentar a família, formada pela mulher superprotetora e por dois filhos sem futuro.
O coração da peça está na relação entre Willy e Biff, o filho mais velho, que, aos 34, encontra-se desempregado e sem perspectiva. Conflituoso, o relacionamento ganha cores mais pungentes com os "flashbacks" que mostram a paixão do pai pelo filho e a promessa de futuro que Biff representava como jogador de futebol americano.
Bryan-Brown/Brigitte Lacombe/Associated Press | ||
Philip Seymour Hoffman na montagem de Mike Nichols |
LOMAN PRECOCE
Na montagem de Nichols, Philip Seymour Hoffman (de "Capote" e "Dúvida") interpreta Loman, em uma atuação intensa e grandiosa que recebeu elogios enfáticos e algumas críticas, pois Hoffman tem 44 anos, quase 20 a menos do que o personagem.
Quando entra em cena, no entanto, faz com que o público esqueça esse detalhe. Hoffman mais do que convence --ele envelhece, está cansado, perdido, confuso ou cegamente apaixonado e esperançoso com o futuro de Biff.
Outras críticas dizem respeito a uma inclinação sombria do ator, comumente escalado para interpretar personagens soturnos --traço que o tornaria incapaz de mostrar a leveza de Willy.
Mas Hoffman parece dominar uma máquina do tempo e ganha ou perde 20 anos a cada flashback.
A grande surpresa da montagem, no entanto, é Andrew Garfield (de "A Rede Social"), que encarna Biff. O ator também é mais novo do que o personagem e não corresponde à imagem de um fortão que prometia ser estrela do esporte. Apesar do rosto de bom menino, ele consegue imbuir o personagem de complexidade e desalento.
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