Festival de cinema de Pernambuco anuncia programação mais enxuta

O festival de cinema de Pernambuco --oficialmente Cine PE-- é conhecido pela participação do público, que costuma lotar o Teatro Guararapes, no centro de convenções de Pernambuco, em Olinda. A 16ª edição do evento, que tomará forma entre 26 de abril e 2 de maio, deverá atrair a mesma atenção, mas a programação está bem mais enxuta.

Ao contrário dos anos anteriores, o festival não terá dois longas em competição por noite, mas apenas um --e três curtas. De acordo com o diretor do evento, Alfredo Bertini, não é uma consequência de crise financeira ou criativa, mas uma evolução. "Temos uma programação plural, que é algo que todo festival almeja", falou na noite de lançamento do Cine PE, nesta quarta (11), em uma cerimônia realizada na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.

Na mostra competitiva de sete concorrentes, o grande destaque vai para a première do inédito "À Beira do Caminho", longa-metragem de Breno Silveira, diretor de "2 Filhos de Francisco" (2005). O filme conta a história de um caminhoneiro (João Miguel), que sofre um grande trauma e sai pelo Brasil.

A pré-estreia compensa a decepção da organização não ter conseguido a exibição de "360", novo trabalho de Fernando Meirelles, que será homenageado no festival. "Fomos até a marca do pênalti, mas não fizemos o gol", fala Bertini. O 16º Cine PE ainda homenageará o diretor Cacá Diegues com uma exibição da cópia restaurada de "Xica da Silva" (1976), e o ator Ney Latorraca.

Os longas da mostra competitiva do 16º Cine PE

À Beira do Caminho, de Breno Silveira

Boca, de Flávio Frederico

Corda Bamba, História de uma Menina Equilibrista, de Eduardo Goldenstein

Estradeiros, de Sérgio Oliveira e Renata Pinheiro

Jorge Mautner - O Filho do Holocausto, de Pedro Bial e Heitor D'Alincourt

Na Quadrada das Águas Perdidas, de Wagner Miranda e Marcos Carvalho

Paraísos Artificiais, de Marcos Prado